
O Antigo Testamento não só prefigura o  Sublime Sacrifício da Cruz de Cristo, mas também prefigura o Santo  Sacrifício da Missa: “Sim, do levantar ao pôr do sol, meu nome será  grande entre as nações, e em todo lugar será oferecido ao meu nome um  sacrifício de incenso e uma oferenda pura” (Ml 1,11).
Esta profecia é uma perfeita  prefiguração do Santo Sacrifício da Missa. Quando o profeta diz que “em  todo lugar será oferecido ao meu nome um sacrifício de incenso e uma  oferenda pura”, não se está falando do sacrifício da cruz, pois este foi  realizado uma vez e em um lugar exato, mas está falando do Sacrifício  da Missa que se realiza sobre toda a face da terra. Estima-se que a cada  três minutos, celebra-se uma Santa Missa na terra, por isso se diz: “do  levantar ao pôr do sol”.
O Sacrifício da Missa:
A Santa Missa é a verdadeira e  substancial renovação do sacrifício da cruz.
O Sacrossanto Concílio de Trento nos  diz: “Tudo que se faz no calvário, faz-se agora no altar quanto á  substância – porque há diferença no modo – porquanto no calvário houve  verdadeiro derramamento de sangue e no altar tudo é mistério. O modo,  pois de realizar-se o sacrifício é diverso, mas a substância do  sacrifício é a mesma, porque é o mesmo Sacerdote e a mesma Vítima, Nosso  Senhor Jesus Cristo que se oferece a si mesmo”.
A celebração da Santa Missa é a  renovação perfeita e atual do sacrifício de Nosso Senhor Jesus Cristo na  Cruz, onde Ele se imolou por nós. Desde os documentos mais antigos da  Santa Igreja, como o Sacrossanto Concílio de Trento (1570) já citado,  até os mais recentes escritos como a Instrução Redemptiones Sacramentum  (2004) nos falam do caráter sacrificial da Santa Missa.
Vejamos algumas citações que  realçam o valor deste Santo Sacrifício:
“O Augusto Mistério é a mesma oblação, o mesmo sacrifício que ofereceu Jesus Cristo no calvário, quando morreu na Cruz e por isso, assistir a missa é o mesmo que assistir à morte do Salvador” (Conc. De Trento).
“O Augusto Mistério é a mesma oblação, o mesmo sacrifício que ofereceu Jesus Cristo no calvário, quando morreu na Cruz e por isso, assistir a missa é o mesmo que assistir à morte do Salvador” (Conc. De Trento).
“O Sacrifício da Cruz, porém, é  perpetuado na Igreja de Deus incessantemente no Sacrifício Eucarístico”  (Vat II, Cost. Sacrosanctum Concilium, n 47).
Percorramos ainda pela carta encíclica  “Ecclesia de Eucharistia” do Sumo Pontífice João Paulo II – cap I:
“A Igreja vive continuamente do  sacrifício redentor e tem acesso a ele não só através duma lembrança  cheia de fé, mas também com um contato atual, porque este sacrifício  volta a estar presente, perpetuando-se, sacramentalmente, em cada  comunidade que o oferece pela mão do ministro consagrado. Deste modo, a  Eucaristia aplica aos homens de hoje a reconciliação obtida de uma vez  para sempre por Cristo para a humanidade de todos os tempos. Com efeito,  o Sacrifício de Cristo e o Sacrifício da Eucaristia são um único  sacrifício”.
A Santa Missa, o Sacrifício de Cristo, é  um mistério muito grande e de igual grandeza em amor e misericórdia da  parte de Jesus que nos concedeu tamanho dom.
Quando participamos da Santa Missa,  devemos nos atentar para essa realidade, a fim de contemplarmos as  maravilhas do amor de Deus por nós.
Se dissermos que o Sacerdote que celebra  a missa é o mesmo do Sacrifício da Cruz, então é necessário que façamos  uma ligação imediata entre o sacerdote temporal e o Sumo-Sacerdote,  Jesus Cristo.
O sacerdote temporal é aquele que  participa do Sacerdócio de Cristo, não de uma forma passiva, mas de tal  forma que age por esse Sacerdócio. O sacerdote temporal é aquele que age  “in persona Christi”, na Pessoa de Cristo, em Nome de Cristo.
O Sacerdócio de Nosso Senhor Jesus  Cristo é infuso na alma do sacerdote de tal forma, que este recebe a  autoridade de fazer o que Jesus fez, ou seja, é o próprio Jesus que,  estando na alma do sacerdote age em favor dos homens. O sacerdote apenas  “empresta” para Jesus os olhos, as mãos e a voz.
Ao instituir o Sacrifício de Seu Corpo e  Seu Sangue, na Quinta-feira Santa, Jesus instituiu os autênticos  ministros para celebrá-lo. Naquela bendita noite, os Apóstolos receberam  de Jesus o sacerdócio quando Ele disse: “Fazei isto em memória de mim”  (Lc 22,19).
Ir. Hariel do Sacrifício Eucarístico,PJC
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