Uma antiga tradição datada do ano 454 dC  fala de um lugar chamado – a capital, onde uma imagem Bizantina da mais  Santa Virgem era venerada. Com o passar do tempo, o intenso número de  fervorosos fiéis provocou a construção de uma pequena igreja. Esta  igreja construída no vau de um rio, por volta do ano 657,  apropriadamente chamada de Santa Maria Del Vado. Foi nesta pequena  igreja que pouco mais de 500 anos, aconteceu o grande milagre  Eucarístico.
Era domingo de Páscoa, a 28 de março de 1171. A Santa Missa estava  sendo celebrada por Pe. Pietro de Verona, concelebrada por Pe. Bono, Pe.  Leonardo e Pe. Aimone, todos membros da Ordem dos Cônegos Regulares  Portuensi.
No momento em que a Hóstia consagrada era quebrada em duas partes,  todos os presentes ficaram assombrados ao ver um fluxo de sangue  jorrando da Hóstia. O movimento do sangue era tão violento e abundante  que regava uma abóbada semicircular que estava situada um pouco atrás e  acima do Altar. Os presentes não somente declararam ter visto o sangue,  como também viram que a Hóstia tinha se transformado em carne.
A notícia do milagre rapidamente se espalhou. O Bispo Amato de  Ferrara e o Arcebispo Gherardo de Ravena correram para lá e também viram  a prova do milagre: O Sangue e a Hóstia que tinha se transformado em  carne. Eles estavam de pleno acordo que o sangue era “o autêntico  maravilhoso Sangue de Nosso Senhor”.
Sabe-se que o primeiro documento dando detalhes do milagre é  intitulado como Gemma Ecclesiástica, escrito em 1197 por Geraldo  Cambrense. Este manuscrito foi descoberto em 1981 por Mons. Antonio  Samaritani, um historiador que vivia em Ferrara. O documento original,  atualmente permanece em Londres. Uma cópia está no Vaticano. De todos os  visitantes do Altar do milagre, o que mais se distinguiu foi o Papa Pio  IX que viajou para a igreja em 1857.
Em 1500 a pequena igreja foi ampliada, valorizada, embelezada e  transformada na presente Basílica. Durante a construção, a abóbada  marcada ainda com gotas vermelhas de sangue, foi retirada do lugar onde  ocorreu o milagre e colocada em um lugar de destaque em um lado da  capela.
O Santo Sangue ainda é visível a olho nu e é admirado e venerado como  uma excepcional relíquia.
Desde 1930 a Basílica tem sido cuidada pelos Missionários do Mais  Precioso Sangue, filhos espirituais de São Gaspar de Búfalo, o grande  apóstolo da devoção do Sangue do Salvador.
Ir. Suzana do Coração Agonizante  de Jesus, PJC
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