sábado, maio 15, 2010

O Milagre de Ferrara - Itália


Uma antiga tradição datada do ano 454 dC fala de um lugar chamado – a capital, onde uma imagem Bizantina da mais Santa Virgem era venerada. Com o passar do tempo, o intenso número de fervorosos fiéis provocou a construção de uma pequena igreja. Esta igreja construída no vau de um rio, por volta do ano 657, apropriadamente chamada de Santa Maria Del Vado. Foi nesta pequena igreja que pouco mais de 500 anos, aconteceu o grande milagre Eucarístico.
Era domingo de Páscoa, a 28 de março de 1171. A Santa Missa estava sendo celebrada por Pe. Pietro de Verona, concelebrada por Pe. Bono, Pe. Leonardo e Pe. Aimone, todos membros da Ordem dos Cônegos Regulares Portuensi.
No momento em que a Hóstia consagrada era quebrada em duas partes, todos os presentes ficaram assombrados ao ver um fluxo de sangue jorrando da Hóstia. O movimento do sangue era tão violento e abundante que regava uma abóbada semicircular que estava situada um pouco atrás e acima do Altar. Os presentes não somente declararam ter visto o sangue, como também viram que a Hóstia tinha se transformado em carne.
A notícia do milagre rapidamente se espalhou. O Bispo Amato de Ferrara e o Arcebispo Gherardo de Ravena correram para lá e também viram a prova do milagre: O Sangue e a Hóstia que tinha se transformado em carne. Eles estavam de pleno acordo que o sangue era “o autêntico maravilhoso Sangue de Nosso Senhor”.
Sabe-se que o primeiro documento dando detalhes do milagre é intitulado como Gemma Ecclesiástica, escrito em 1197 por Geraldo Cambrense. Este manuscrito foi descoberto em 1981 por Mons. Antonio Samaritani, um historiador que vivia em Ferrara. O documento original, atualmente permanece em Londres. Uma cópia está no Vaticano. De todos os visitantes do Altar do milagre, o que mais se distinguiu foi o Papa Pio IX que viajou para a igreja em 1857.
Em 1500 a pequena igreja foi ampliada, valorizada, embelezada e transformada na presente Basílica. Durante a construção, a abóbada marcada ainda com gotas vermelhas de sangue, foi retirada do lugar onde ocorreu o milagre e colocada em um lugar de destaque em um lado da capela.
O Santo Sangue ainda é visível a olho nu e é admirado e venerado como uma excepcional relíquia.
Desde 1930 a Basílica tem sido cuidada pelos Missionários do Mais Precioso Sangue, filhos espirituais de São Gaspar de Búfalo, o grande apóstolo da devoção do Sangue do Salvador.


Ir. Suzana do Coração Agonizante de Jesus, PJC

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