O pluvial é um manto amplo, aberto à frente que os clérigos usam em algumas circunstâncias.
O uso do pluvial é muito antigo, estando presente em representações da liturgia muito tempo. Atualmente, preserva ainda um apêndice, fruto de um antigo capuz que tais capas possuíam.
O pluvial possui, à frente, um objeto, geralmente metálico, chamado alamar. Este funciona como um broche, unindo as duas partes do manto. O alamar pode ser fixo no pluvial ou removível.
Seu uso apesar de pequenas modificações e simplificações mantém-se semelhante ao longo dos séculos. Justamente em função de seu uso vem recebendo diferentes nomes através do tempo. Um nome muito conhecido é "capa de asperges" recebe esse nome em função de o celebrante usar-se dela durante o rito de asperges ao início da missa no rito extraordinário, entretanto, no rito ordinário, o celebrante não usa mais o pluvial, aspergindo os fiéis revestido com casula.
Um nome pouco conhecido, mas que já fora outrora usado para designá-lo é "casula processionária", isto se dá pelo fato de ser usada em várias procissões, tanto no rito ordinário quanto no extraordinário. Recebeu ainda o nome, isto mais atualmente, de "capa de bênção" por ser usada na bênção com o Santíssimo Sacramento. A grosso modo, podemos dizer que os sacerdotes usam o pluvial em celebrações fora da missa e em procissões extraordinárias. Abaixo vemos duas figuras do antigo uso do pluvial, no caso, o uso por bispos.
Seu uso apesar de pequenas modificações e simplificações mantém-se semelhante ao longo dos séculos. Justamente em função de seu uso vem recebendo diferentes nomes através do tempo. Um nome muito conhecido é "capa de asperges" recebe esse nome em função de o celebrante usar-se dela durante o rito de asperges ao início da missa no rito extraordinário, entretanto, no rito ordinário, o celebrante não usa mais o pluvial, aspergindo os fiéis revestido com casula.
Um nome pouco conhecido, mas que já fora outrora usado para designá-lo é "casula processionária", isto se dá pelo fato de ser usada em várias procissões, tanto no rito ordinário quanto no extraordinário. Recebeu ainda o nome, isto mais atualmente, de "capa de bênção" por ser usada na bênção com o Santíssimo Sacramento. A grosso modo, podemos dizer que os sacerdotes usam o pluvial em celebrações fora da missa e em procissões extraordinárias. Abaixo vemos duas figuras do antigo uso do pluvial, no caso, o uso por bispos.
Como podemos ver, o pluvial é um paramento de grande tradição no rito romano. Seu não uso provoca uma perda às celebrações litúrgicas não apenas no que tange a tradição, mas também na beleza dos ritos. Adiante, listamos suas formas de utilização e as ocasiões em que ocorre. Lembremo-nos que o pluvial, como quaisquer outros paramentos, na falta de determinada cor litúrgica, pode-se usar este paramento na cor branca em substituição. Assim, as paróquias menos favorecidas economicamente podem adquirir um pluvial de cor branca e utilizá-lo enquanto ainda não possuírem pluviais das outras cores litúrgicas.
Quem usa e como usa?
Na forma ordinária do rito romano usam pluvial apenas padres e bispos e, em restritas circunstâncias, diáconos. Na forma ordinária, os sacerdotes usam em todos os casos descritos abaixo, os diáconos apenas quando presidem a bênção solene com o Santíssimo Sacramento.
O pluvial pode ser usado sobre alva, sobre sobrepeliz ou roquete, ou ainda sobre as vestes corais; sempre com estola. Obviamente, quando usado em alguma procissão que faça parte de uma missa, usa-se com alva uma vez que ao retirar o pluvial, o sacerdote imediatamente veste a casula (que não pode ser usada sobre sobrepeliz, roquete ou vestes corais). As rubricas especificam a utilização em cada rito. Quando o sacerdote caminha, os diáconos levantam as pontas do pluvial.
O Papa Bento XVI, com pluvial sobre vestes corais, nota-se claramente a murça vermelha.
O papa Bento XVI, com pluvial sobre a alva, cíngulo e estola; observa-se ainda as pontas do pluvial sendo seguradas pelos diáconos-assistentes.
O Papa com pluvial roxo, sendo as pontas deste seguradas pelos cardeais-diáconos.
O papa Bento XVI, com pluvial sobre a alva, cíngulo e estola; observa-se ainda as pontas do pluvial sendo seguradas pelos diáconos-assistentes.
O Papa com pluvial roxo, sendo as pontas deste seguradas pelos cardeais-diáconos.
Uso em procissões dentro da missa
Um dos usos do pluvial mais conhecidos é durante a celebração da missa em certas circunstâncias:
- Procissão de domingo de Ramos;
- Início da Celebração da Vigília Pascal;
- Procissão de Corpus Christi;
- Procissão na festa da Apresentação do Senhor;
- entre outros.
Nestas circunstâncias, o sacerdote inicia a celebração fora da igreja onde se celebra, com pluvial, este é usado durante toda a procissão, para a incensação do altar no momento que chega. Só então o sacerdote, retirando o pluvial reveste-se com a casula. Ou, no caso de Corpus Christi, celebra a missa toda usando casula, a depõe e reveste-se com o pluvial para a procissão. Nestas circunstâncias, o pluvial é da cor da missa que se celebra (na falta de um pluvial desta cor, usa-se branco). Na falta do pluvial, o padre usa casula em seu lugar.
Festa da Apresentação do Senhor 2001Procissão por ocasião do Jubileu diocesano, observe o uso do pluvial sobre a batina filetada.
Presidir a missa sem celebrá-la
Quando o bispo encontra-se impossibilitado de celebrar a missa, ou ainda quando a utilidade pastoral aconcelhe que um padre ou outro bispo a celebre por alguma causa especial (falecimento de um familiar do padre, aniversário de ordenação etc) o bispo preside a celebração da missa, mas não oferece o Santo Sacrifício. Neste caso ele usa pluvial da cor da missa que se celebra e o sacerdote que celebra usa casula.
Papa João Paulo II, presidindo a missa que está sendo celebrada por outro sacedote. O papa à frente da Sede, de pluvial e o sacerdote ao altar de casula.
Presbítero Assistente
Na forma extraordinária do rito romano, existe ainda o presbítero assistente na missa pontifical. Este, revestindo-se de pluvial assiste ao bispo durante toda a celebração.
Liturgia das Horas
Na liturgia das horas quando celebradas com solenidade, principalmente as horas mais importantes, Laudes e Vésperas, o sacerdote usa pluvial. Tanto na forma ordinária quanto na extraordinária do rito romano, o pluvial segue a cor do tempo ou da festa que se celebra.
padres com pluviais brancos/dourados.
Papa celebrado as vésperas com pluvial roxo na cidade de Roma em 2007.
Papa celebrando as vésperas com pluvial dourado nos Estados Unidos.
Papa celebrado as vésperas com pluvial roxo na cidade de Roma em 2007.
Papa celebrando as vésperas com pluvial dourado nos Estados Unidos.
Com o Santíssimo Sacramento
Um dos usos mais comuns é para bênçãos e procissões com o Santíssimo Sacramento. Nestas ocasiões o sacerdote usa pluvial durante a celebração e, para a bênção, usa ainda o véu-umeral sobre este. Quando a celebração envolve somente a bênção e algum rito de adoração a cor do pluvial é branca, quando é feita a celebração de alguma Hora Canônica com exposição do Santíssimo , usa-se paramentos da cor da liturgia das horas.
Bênção com o Santíssimo Sacramento
Bênção com o Santíssimo Sacramento
Sacramentos e Sacramentais fora da missa
O pluvial pode ser usado ainda em todos os sacramentos e sacramentais celebrados fora da missa, em alguns casos é obrigatório (segundo as rubricas de cada celebração). Para cada celebração uma cor específica, algumas da cor do tempo outras da cor referente ao sacramento/sacramental, a seguir destacamos alguns:
Funerais
O Cerimonial dos Bispos e demais livros litúrgicos, prescrevem que nas celebrações exequiais feitas fora da missa ou em procissões entre a casa do falecido e a igreja e da igreja ao cemitério/cripta, usa-se pluvial de cor fúnebre. Tal cor é tradicionalmente negra, podendo ser substituída na forma ordinária pela roxa.
- Instituição de Acólitos e Leitores fora da missa;
- Colocação da pedra fundamental na construção de Igrejas;
- Batismo, Crisma, Casamentos e Unção dos Enfermos fora da missa;
- Assembleias quaresmais;
- Celebração comunitária de penitência, com ou sem sacramento da confissão;
- Funerais;
- Para bênçãos (de pia batismal, de nova cruz de cemitério);
- Celebração da Palavra.
Funerais
O Cerimonial dos Bispos e demais livros litúrgicos, prescrevem que nas celebrações exequiais feitas fora da missa ou em procissões entre a casa do falecido e a igreja e da igreja ao cemitério/cripta, usa-se pluvial de cor fúnebre. Tal cor é tradicionalmente negra, podendo ser substituída na forma ordinária pela roxa.
Uso por diáconos
Todos os casos acima mencionados referem-se apenas ao uso do pluvial pelos celebrantes, ou seja, os casos resumem-se ao uso do pluvial por presbíteros e bispos. O uso do pluvial por diáconos resume-se um caso, bênção com o santíssimo sacramento, quando o diácono abençoa com o Santíssimo na âmbula ou no ostensório.
Diácono usando pluvial, observe a estola a tiracolo por baixo do pluvial.
Papa Bento XVI na Basilica Papal de São Paulo fora dos Muros.
Cardeais de pluvial em procissão, à frente a mitra e o triregnum.
Uso do pluvial pelos acólitos-assistentes
Na forma extraordinária do rito romano, além do presbítero-assistente também os acólitos-assintentes
usam pluvial. Seu uso se dá somente nas missas pontificais do trono.
Eles não usam estola. Caso portem a mitra, o báculo ou o solidéu, usam vimpas sob o pluvial.
Papa Bento XVI na Basilica Papal de São Paulo fora dos Muros.
Cardeais de pluvial em procissão, à frente a mitra e o triregnum.
Missa presidida (mas não celebrada) pelo Papa Sixto IV na Capela Sixtina
Uso de pluvial em um mosaico do século XIII na Basílica de San Marco em Veneza
Uso de pluvial em um mosaico do século XIII na Basílica de San Marco em Veneza
Boa matéria, gostaria de lhe pedir permissão para postá-la em nosso blog, se possível nos envie a fonte dos textos para tornar a postagem mais interessante a novas pesquisas litúrgicas e acadêmicas. Um fraterno abraço! Paz e bem!
ResponderExcluirVocês não estão autorizados a replicar textos do Salvem a Liturgia!. Pedimos que seja retirado o texto de imediato do blog, devido aos respectivos direitos autorais.
ResponderExcluirAtt,
Kairo Rosa Neves de Oliveira.