sábado, maio 15, 2010

O Santo Sacrificio da Missa



“Toda Missa implora o teu perdão junto da justiça divina”. (Santo Agostinho)
Toda a Trindade está presente no Sacrifício do Altar. Por vontade do Pai e com a cooperação do Espírito Santo, o Filho se oferece em oblação redentora. Aprendamos a ganhar intimidade com a Trindade Beatíssima, Deus Uno e Trino: três Pessoas divinas na unidade da sua substância, do seu amor e da sua ação santificadora cheia de eficácia.
O homem moderno precisa redescobrir a beleza de participar da Santa Missa. Precisa redescobrir que sem a Eucaristia desfalecemos, fracassamos, morremos…
A Santa Missa é o grande legado de Cristo, é por meio dela que nos encontramos diretamente com o Senhor, nela experimentamos as delicias que toda corte angelical cobiça e almeja, e a partir deste Sacrifício somos impulsionados a uma santidade mais plausível.
Se na Santa Missa recebemos todas as graças necessárias para nossa vida, porque ainda cometemos a insanidade de negligenciarmos este Santo Sacrifício de amor. Verdadeiramente débil é a alma que comete essa falta, pois ficará sem a Salutar Hóstia diária, pois um dia não substitui o outro, Deus prepara uma Hóstia para cada dia.
Na Missa, a oração ao Pai é constante. O sacerdote é um representante do Sacerdote eterno, Jesus Cristo, que é ao mesmo tempo a vítima. E a ação do Espírito Santo na Missa não é menos inefável nem menos certa. Pela virtude do Espírito Santo, escreve São João Damasceno, “efetua-se a conversão do pão no Corpo de Cristo”.
Somente a “alma fiel” alcançará as maiores graças diante do Senhor. Deus se agrada de uma alma fiel! Mas eu pergunto o que é uma alma fiel? É aquela que mesmo diante de ventos e tempestades se coloca aos pés do Senhor e encontra tempo para participar da solene audiência com o Justo Juiz, a santa Missa.
O que torna uma alma fiel é nada mais que ter a consciência de que Ele (Jesus) é aquele que é, e nós não somos um nada, sendo assim somos acorridos à fonte inexaurível de graça, ao banquete celestial preparado para os pequenos.
O Santo Sacrifício é ação divina, trinitária, não humana. O sacerdote que celebra está a serviço dos desígnios do Senhor, emprestando-lhe seu corpo e sua voz. Não atua, porém, em nome próprio, mas in persona et in nomine Christi, na Pessoa de Cristo e em nome de Cristo.
Como é triste saber que muitas almas ainda têm deixado este Solene Sacrifício para viverdes neste mundo encontros passageiro. Sem a Eucaristia nossa alegria é passageira, sem a Eucaristia a eternidade é aniquilada pelo amanhã sombrio, sem a Eucaristia o sofrimento é o fim de tudo. A Missa não é uma conveniência, é questão de sobrevivência!
O tempo que dedicamos ao Senhor nesta vida passageira é a antecipação do Kairós. Na Missa é o Sacrifício de Cristo, oferecido ao Pai com a cooperação do Espírito Santo, oblação de valor infinito, que eterniza em nós a Redenção que os sacrifícios da Antiga Lei não podiam alcançar.
A Santa Missa abrange ou realiza os quatro fins do Sacrifício: o latrêutico ou de adoração; o eucarístico ou de ação de graças; o propiciatório ou de expiação; e o impetratório ou de súplica. O fiel, unindo-se por esses atos a Jesus Cristo, que, na Missa como na Cruz, é ao mesmo tempo, Sacerdote e Vítima, participa dos frutos da Redenção e cumpre os seus deveres fundamentais para com Deus. Desses frutos também participam todos os fiéis espalhados pelo mundo.
O segredo da eternidade está na Santa Missa, tesouro da Igreja que é Sacramento de Salvação. Se chegar o dia que o Sacrifício da Missa não for celebrado, o mundo morrerá de frio, fadado ao inverno da alma, pois “A Missa é o sol da Igreja” como dizia São Francisco de Sales.


Ir. Raphael Estevão da Santa Cruz, PJC.
Forania Nossa Senhora da Assunção – São Paulo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário