O verdadeiro bem é ficar perto de Deus, explica Bento XVI
Da Redação, com Rádio Vaticano
Reuters
Papa saúda peregrinos reunidos em Castel Cangolfo para o Ângelus deste domingo
O último lugar – disse o Papa aos peregrinos reunidos no pátio interno da Residência Apostólica de Castel Gandolfo – pode “de fato, representar a condição da humanidade degradada pelo pecado, condição da qual só a encarnação do Filho Único pode reerguê-la”.
“Por isso, Cristo mesmo tomou o último lugar no mundo - a cruz - e, precisamente com esta humildade radical nos redimiu e nos ajuda constantemente", acrescentou Bento XVI citando sua encíclica ‘Caritas in veritate'.
“Mais uma vez, portanto, - disse o Santo Padre - olhamos para Cristo como modelo de humildade e de gratuidade: d’Ele aprendemos a paciência nas tentações, a mansidão nas ofensas, a obediência a Deus na dor, esperando que Aquele que nos convidou nos diga: ‘Amigo, vem mais perto!’; o verdadeiro bem, de fato, é ficar perto d’Ele”.
O Papa citou em seguida São Luis IX, Rei da França que colocou em prática o que está escrito no Livro de Sirácida (ou Eclesiástico): “Quanto maior você for mais humilde deve ser, e você encontrará graça diante do Senhor”.
Bento XVI lembrou ainda que hoje recordamos o martírio de São João Batista, “o maior entre os profetas de Cristo, que soube renegar a si mesmo para dar espaço ao Salvador, e sofreu e morreu por causa da verdade”. E concluiu pedindo a São João e à Virgem Maria que nos guiem no caminho da humildade, para nos tornarmos dignos da recompensa divina.
Em seguida o Papa concedeu a todos a sua Benção Apostólica.
Antes de se despedir dos fiéis e peregrinos reunidos em Castel Gandolfo, Bento XVI destacou que no próximo dia 1º de setembro celebra-se na Itália o Dia da Salvaguarda da Criação, promovido pela Conferência Episcopal Italiana. É um evento já habitual, importante também no âmbito ecumênico.
“Este ano nos recorda que não pode existir paz sem o respeito pelo ambiente. De fato, temos o dever de entregar a terra às novas gerações em um estado tal que também elas possam dignamente habitá-la e conservá-la. Que o Senhor nos ajude nesta tarefa”.
Saudando os fiéis de língua espanhola o Papa recordou com afeto os mineiros que se encontram soterrados na mina de São José, na região chilena de Atacama.
“Confio eles e seus familiares à intercessão de São Lourenço, assegurando-lhes minha proximidade espiritual e minhas contínuas orações, para que mantenham a serenidade na espera de uma feliz conclusão dos trabalhos que estão sendo feitos para o seu resgate. E a todos – concluiu o Papa - convido a acolher hoje a Palavra de Cristo, para crescer na fé, na humildade e generosidade”.
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