Clausura: sinônimo de silêncio e meditação
O recolhimento dos filhos  e filhas da Toca  de Assis
Por  João Paulo Costa  Jr.
“A  clausura é uma maneira de viver profundamente à Paixão de Cristo numa  vida contemplativa vivendo em constante oração e penitência. É um voto  de solidão e de recolhimento para encontrar sabedoria em Deus”, afirma a  irmã Leocádia, da Toca de Assis de Betim, Sítio Tão Sublime Sacramento.  
A  clausura é um dos  preceitos dos Filhos e Filhas da Pobreza do  Santíssimo Sacramento. Por suas  próprias escolhas, ambos entregam-se ao recolhimento e meditação renunciando ao mundo  externo. Este modelo de vida contemplativa existe em diferentes  religiões, seja no budismo, cristianismo, hinduísmo, islamismo, etc. 
O  significado da palavra  clausura remete ao estado ou condição de quem  não pode sair do claustro, ou  seja, do recolhimento que é  sempre voluntário e se faz num regime meditativo. É um carisma próprio,  de caráter personalíssimo daquele(a) que opta por viver a fé  primando pela oração, adoração e também pelo silêncio.
Segundo  irmã Samira,  “este clima de  recolhimento e de silêncio facilita a oração, a ordem, a paz da pessoa  no encontro com Deus, passando a ser sacrifício de louvor oferecido ao  Pai em  nome dos homens”.
A  rotina dos  enclausurados(as) começa cedo, com a oração da manhã e  depois uma pausa para os trabalhos  domésticos da Casa Fraterna. Após os cuidados com a  Casa  e acolhidos, mais oração e recolhimento. Depois de uma hora ou duas  horas  de recreação e estudos bíblicos, oração de novo até o fim do  dia. 
Irmã  Samira que já viveu  enclausurada e agora é a administradora da Casa de  Betim, destaca que  as   religiosas vivem felizes na  clausura, na pobreza e na penitência. “É muito bom  para as irmãs  que não reclamam, muito pelo contrário, ao  orarem com a mente  e  coração, não oram sozinhas,  oram com amor e pelo amor de Cristo”. Ela recorda ainda que antes de  entrar para a Toca, era funcionária pública, tinha uma vida agitada e  somente após a escolha de se tornar filha da pobreza e passar pela  consagração em longos períodos de clausura, encontrou paz interior.  “Senti um impulso muito forte para uma vida de oração. Só que no mundo  lá fora, pela agitação, não tem como fazer isso. Hoje, por tudo que  tenho  vivido, pelas orações que são diárias, mesmo não estando em  clausura, me sinto muito melhor e um pouco mais completa”. 


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