sexta-feira, abril 30, 2010

Amor Sacramentado

jesussacramentado4 300x217 Amor Sacramentado
Amado!
Sacramentado…
Tão sublime amor!
No altar, te adoro majestade.
Santíssimo sacramento,
Jesus, Cordeiro imolado.
Amor sacramentado
Esposo, amado meu,
Meu esposo amado!
Deus, Deus é amor
Amor, amor sacramentado
Sacramento de amor.
Jesus sacramentado,
Me incendeia de amor
E concede que essas chamas
Se espalhem por todos os vossos filhos e filhas
Que andam frios e vivem escravos do mundo.

Ir. Francisco Menor Filho do Silêncio
Fraternidade Missionária O Caminho

quarta-feira, abril 21, 2010

A Igreja se faz mais bela com a fidelidade à vocação daqueles que testemunham com o seu estilo de vida pobre, casto e obediente

A inveja e o ciúme são formas de fraqueza humana que as vezes insidiam também as pessoas religiosas: salientou Bento XVI na audiência geral desta quarta feira dedicada a São Boaventura, o grande teólogo franciscano que sentiu o fascínio da radicalidade evangélica da regra de São Francisco de Assis, mas teve de experimentar depois também amarguras devidas aos limites humanos dos seus irmãos religiosos.
Para o Papa a Igreja torna-se mais luminosa e bela graças à fidelidade à vocação daqueles seus filhos e filhas que não só põem em pratica os preceitos evangélicos mas, pela graça de Deus são chamados a observar os conselhos evangélicos e testemunham assim, com o seu estilo de vida pobre, casto e obediente, que o Evangelho é fonte de alegria e de perfeição.
O Papa disse que propondo este tema, advertia uma certa saudade, porque pensava nas investigações que, quando era um jovem estudioso, efetuou precisamente sobre São Boaventura que lhe é particularmente querido.
O seu conhecimento incidiu não pouco na minha formação – disse o Papa, dirigindo-se aos cerca de 8 mil pessoas congregadas na Grande aula das audiência do Vaticano.
Veja agora a síntese da catequese proposta por Bento XVI em português.
Queridos irmãos e irmãs,
“Na terra, podemos contemplar a imensidão divina através da razão e do assombro; já na pátria celeste –onde seremos semelhantes a Deus – por meio da visão e do êxtase, entraremos na alegria de Deus”: são palavras de São Boaventura, importante personagem franciscano do século XIII [treze], que foi objeto das minhas pesquisas de jovem estudante. Curado na juventude de uma grave doença, pela intercessão de São Francisco de Assis, Boaventura decide fazer-se franciscano. Depois de um breve período como professor, foi eleito Ministro Geral dos Frades Menores, procurando garantir a fidelidade da Ordem ao carisma do Santo Fundador através de visitas às províncias e com escritos. Ensinava: «A Igreja se faz mais luminosa e bela com a fidelidade à vocação daqueles seus filhos e filhas que testemunham, com o seu estilo de vida pobre, casto e obediente, que o Evangelho é fonte de alegria e perfeição». Nomeado Cardeal, recebe a missão de preparar o II [segundo] Concílio Ecumênico de Lião, morrendo durante a sua realização. * * * Acolho cordialmente todos os peregrinos de língua portuguesa que vieram à Roma encontrar o Sucessor de Pedro: que a perseverança na prática das boas obras possa vos conduzir sempre mais à união com Jesus Cristo. Desça a Sua Bênção sobre cada um de vós e vossas famílias.”
Bento XVI deixou ainda um apelo ao reforço da ação da Igreja em favor dos ciganos, ao saudar os participantes no encontro de diretores nacionais para esta área da pastoral na Europa, reunidos no Vaticano.
“Desejo que as Igrejas locais saibam trabalhar em conjunto para um compromisso cada vez mais eficaz em favor dos ciganos”, disse o Papa no final da audiência geral
Fonte: Radio Vaticana

Papa convida jovens a descobrir a vocação ao amor

O Papa convidou os jovens a descobrirem sua própria vocação, que é sempre “ao amor”, ainda que se expresse de forma concreta em estados de vida diferentes.

Em sua mensagem aos participantes do 10º Fórum Internacional dos Jovens, que está sendo realizado na localidade italiana de Rocca di Papa, sobre o tema “Aprender a amar”, o Papa afirma que o amor “é central na fé e na vida cristã”.

Na mensagem, divulgada no dia 24, o Pontífice afirmou que, “pelo fato de que Deus é amor e o homem é à sua imagem e semelhança, compreendemos a identidade profunda da pessoa, sua vocação ao amor”.

“O homem foi feito para amar; sua vida se realiza plenamente só quando vive no amor”, sublinhou.

Neste sentido, instou os jovens a “descobrirem sua vocação ao amor, como pessoas e como batizados. Esta é a chave de toda a existência”.

Esta vocação “assume diferentes formas, segundo os estados de vida”. Uma delas é o sacerdócio: “Chamados por Deus para entregar-se inteiramente a Ele, com coração íntegro, as pessoas consagradas no celibato são um sinal eloquente do amor de Deus para o mundo e da vocação a amar a Deus acima de tudo”.

Outra é o matrimônio, do qual o Papa convidou a “descobrir sua grandeza e beleza”. “A relação entre o homem e a mulher reflete o amor divino de maneira completamente especial; por isso, o vínculo conjugal assume uma dignidade imensa”.

“Em um contexto cultural em que muitas pessoas consideram o casamento como um contrato temporal que pode ser rompido, é de vital importância compreender que o verdadeiro amor é fiel, dom de si definitivo”, sublinhou.

Esta fidelidade não é impossível, pois “Cristo consagra o amor dos esposos cristãos e se compromete com eles”; assim, a fidelidade “é o caminho para entrar em uma caridade cada vez maior. Dessa forma, na vida cotidiana de casal e de família, os esposos aprendem a amar como Cristo ama”.

Bento XVI concluiu sua mensagem marcando um encontro com os jovens, na Praça de São Pedro, onde se levará a cabo a solene celebração do Domingo de Ramos e da 25ª Jornada Mundial da Juventude.

“Este ano, o tema de reflexão é ‘Bom Mestre, que devo fazer para alcançar a vida eterna?’. A esta pergunta, apresentada por um jovem rico, Jesus responde com um olhar de amor e um convite à entrega total de si, por amor a Deus. Que este encontro possa contribuir para a resposta generosa de cada um ao chamado e aos dons do Senhor!”, acrescentou.

Não tenhamos medo de testemunhar que Jesus está vivo e no meio de nós!

Nesta segunda-feira da Oitava de Páscoa, Bento XVI rezou a oração mariana do Regina Coeli que, neste período pascal, substitui o Angelus.
O Santo Padre proferiu a oração do balcão central da residência pontifícia de Castel Ganfolfo e convidou os fiéis e peregrinos a pensarem no que Jesus ressuscitado disse aos apóstolos: “Como o Pai me enviou, assim também eu vos envio” (Jo 20,21); e comunicou-lhes o seu Santo Espírito.
O Papa ressaltou “que assim como Jesus foi o anunciador do amor de Deus Pai, nós também devemos sê-lo, da caridade de Cristo: somos mensageiros de sua ressurreição, de sua vitória sobre o mal e sobre a morte, portadores de seu amor divino” – disse o Santo Padre, acrescentando: “certamente, permanecemos, por natureza, homens e mulheres, mas recebemos a missão dos ‘anjos’, mensageiros de Cristo: ela é dada a todos no Batismo e no Crisma. De modo especial, a recebem através do Sacramento da Ordem, os sacerdotes, ministros de Cristo – é bom recordá-lo, neste Ano sacerdotal”.
Bento XVI pediu a Maria, Rainha dos Céus, que nos ajude a acolher plenamente a graça do mistério pascal e a tornarmo-nos mensageiros corajosos e alegres da Ressurreição de Cristo.
Após a oração do Regina Coeli, o Papa saudou os fiéis e peregrinos em várias línguas, convidando-os a irradiar a alegria da Páscoa e a beleza da esperança cristã.
“Não tenhamos medo de testemunhar que Jesus está vivo e presente entre nós. Que como as mulheres da passagem do Evangelho de hoje, todos nós, especialmente aqueles batizados nesta Páscoa, mantenhamos vivos em nossos corações a nossa surpresa e alegria diante do Senhor ressuscitado” – frisou Bento XVI.
“Que o triunfo de Cristo sobre o pecado e a morte preencha suas vidas de alegria e de paz, e os ajude sempre a ser coerentes com sua condição de cristãos. Não tenham medo. Cristo ressuscitou e vive entre nós. Sua presença amorosa acompanha o caminho da Igreja e a sustenta em meio às dificuldades. Com esta certeza em seu coração, ofereçam ao mundo um testemunho sereno e corajoso da vida nova que brota do Evangelho” – disse ainda o Papa aos fiéis e peregrinos.
Bento saudou as Autoridades e os moradores de Castel Gandolfo. “Um pensamento carinhoso aos peregrinos que participam deste encontro de oração na Praça São Pedro. A todos desejo que passem com serenidade esta segunda-feira do Anjo, na qual o anúncio da Páscoa ecoa com alegria” – concluiu o Papa.

Testemunhas do Ressuscitado

Na Encarnação Jesus assumiu nossa natureza humana e todas aquelas realidades que a ela pertencem; mortalidade, temporalidade, necessidades e fraquezas.
No presépio era uma criancinha débil que dependia de todos os cuidados maternos para sobreviver e a medida que foi crescendo sentia, como qualquer um de nós, fome (Mt 4,2), sede (Jo 19,28), sono (Mt 8,24), cansaço (Jo 4,6), dor (Mc 15,37), emoção (Lc 19,41), indignação (Mt 21,12), etc. Assim, Ele partilhou, de tudo o que nos faz ser gente, menos o pecado (Heb 4,15).
Com a sua ressurreição, porém, desapareceu tudo o que antes era fraqueza. Já não há n’Ele nem fome, nem sede, nem sono, nem cansaço, nem qualquer outro tipo de debilidade.
Se assim o é, poderíamos nos perguntar; então, seu corpo já não é real? Evidentemente que sim! É o mesmíssimo corpo nascido de Maria e que padeceu os suplícios da Cruz. Ele mesmo testemunha isso. Na tarde da ressurreição quando aparece aos onze que ficam tomados de espanto, Ele diz; “Por que estais perturbados, e por que essas dúvidas nos vossos corações? Vede minhas mãos e os meus pés, sou eu mesmo; apalpai e vede: um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que tenho” (Lc 24,38-39).
Sou Eu mesmo, porém, agora, ressuscitado, imortalizado e glorificado. Foi morto uma vez, mas, agora está vivo para Deus; “Viventes Deo” (Rm 6,10).
A ressurreição é a certeza de que o Pai atendera ao seu pedido quando fazia sua oração de despedida; “Agora, pois, Pai, glorifica-me junto de ti, concedendo-me a glória que tinha junto de ti, antes que o mundo fosse criado” (Jo 17,5). O Pai o fez “sentar-se a sua direita no céu, acima de todo principado, potestade, virtude, dominação e de todo nome que possa haver neste mundo como no futuro. E sujeitou a seus pés todas as coisas, e o constituiu chefe supremo da Igreja” (Ef 1,20-22). Desde então Jesus Cristo tornou-se para sempre nossa única fonte de salvação.
Meus diletos irmãos em Cristo o que nos resta fazer diante de tão excelso mistério? Contentar-nos em contemplá-lo somente? Satisfazer nossa razão cartesiana especulando tal verdade? Respondo-vos que não! A glória que o Pai dá a Jesus deve nos transformar em testemunhas do Ressuscitado.
Em todos os lugares, por toda a parte e em qualquer situação, proclamemos que Deus constituiu Jesus em Senhor; “E toda língua confesse, para a glória de Deus Pai, que Jesus Cristo é Senhor” (Flp 2, 11).
Confessar aqui não tem o sentido de uma declaração particular e inaudível, mas, como nos revela a própria palavra no grego – ekomologesetai – tem o sentido de uma declaração pública como fizera Pedro diante da grande multidão que se encontrava em Jerusalém; “Pedro então, pondo-se de pé em companhia dos onze, com voz forte lhes disse: Homens da Judéia e vós todos que habitais em Jerusalém: seja-vos isto conhecido e prestai atenção às minhas palavras… Que toda a casa de Israel saiba, portanto, com maior certeza de que este Jesus, que vós crucificastes, Deus o constituiu Senhor e Cristo” (At 2,14-36).
Hoje, no dia em que comemoramos a Ressurreição de Cristo, já tive oportunidade de proclamar diante de um pai e de seus filhos (uma adolescente de 14 anos e um guri de 10), que acabaram de perder a mãe por causa de um câncer, que maior que a dor e a saudade é a nossa fé que nos leva a crer que se Jesus ressuscitou nossa esperança não é vã. Dizia-lhes; “todas as vezes que vocês se lembrarem dela, precisam acreditar que ela já não sente mais dor ou sofrimento e que agora repousa feliz nos braços do Pai do Céu e ao lado de seu Filho Jesus que nos garantiu que nos prepararia um lugar para passarmos a eternidade com Ele” (cf. Jo 14,2-4).
À medida que “confessava publicamente” para aquele sofrido pai e seus filhos a certeza que tenho na Eternidade e a fé de que é para ela que fomos criados, suas lágrimas foram dando lugar a certeza de que aquilo que lhes partilhava era verdadeiro. Só pela fé seremos capazes de superar os sofrimentos do tempo presente. Só pela fé podemos dar sentido a eles. Só pela fé podemos superar a saudade de quem partiu.
O que você está esperando? Seja você também uma testemunha do Ressuscitado.
“Se confessares com tua boca que Jesus é o Senhor e creres com teu coração que Deus o ressuscitou dos mortos, serás salvo” (Rm 10.9).
Para terminar gostaria de dizer ainda que no final da conversa nos demos as mãos e rezamos juntos “…mãe sabemos que a senhora está intercedendo por nós junto a Jesus e quanto a nós guardaremos sempre a sua memória no coração e prometemos cuidar um do outro como a senhora fazia”. Por fim convidei-os para vir a Santa Missa dizendo; “Quando queremos matar a saudade de quem amamos participemos da Missa, pois, ela reúne a Igreja triunfante, padecente e militante. A Missa é o Céu na terra”.
Feliz Páscoa e muita fé no Cristo ressuscitado!

Pe. Gilson Sobreiro PJC
Fundador da Fraternidade O Caminho

domingo, abril 18, 2010

Abrace o Cristo Pobre
A Espiritualidade de Santa Clara de Assis (*)


Por Frei José Carlos Corrêa Pedroso, OFMCap


1. O "Ponto de partida"
Na sua segunda Carta a Inês de Praga, Santa Clara fez uma exortação premente: "Não perca de vista seu ponto de partida" (2CtIn 11).

Para entender toda a força do que ela quis dizer, é preciso ter em conta que essa carta era uma resposta a uma questão também premente de Inês sobre o que deveria fazer diante de uma ordem recebida do papa para que tivesse propriedades.

Para Clara, não era uma questão simples. Para ela, não querer ter propriedades não era uma veleidade: estava no núcleo de seu compromisso de amor pessoal com Jesus Cristo. Alguns anos antes, quando o papa Gregório IX quisera forçá-la a ter propriedades e chegara a dizer: - "Se o seu problema é o voto de pobreza, você sabe que eu sou o papa e posso dispensá-la", ela dissera com firmeza: - "Não me dispense de seguir o meu Senhor Jesus Cristo!". Não se tratava de nenhum voto formal de pobreza, mas de viver como Jesus, de ter "os mesmos sentimentos de Jesus, que não se achou grande por ser Deus: pelo contrário, esvaziou-se até ser encontrado como um servo, como um de nós, para nos salvar" (cf Fl 2).

Desde o começo, é importante deixar bem claro um dos fundamentos da espiritualidade francisclariana: Por que Clara, como Francisco, quer seguir os passos de Jesus Cristo, crucificado e pobre?

São João disse que "Deus é Amor". Ou Deus é o Amor? São Francisco diz que Deus é o Bem, todo o Bem, o sumo Bem ... É outra maneira de dizer que "Deus é o Amor".

Amar é dar-se. Quando nós amamos, nos damos à pessoa amada. Mesmo pensando que esse dar-se vai até o fim da vida, sabemos que nunca vamos nos dar totalmente, porque nunca chegaremos - pelo menos nesta terra - a nos conhecer inteiros, nem a conhecer a pessoa inteira para nos dar a ela inteira. Mas Deus, o Deus Pai e Filho e Espírito Santo, quando ama se dá inteiro. Se Deus é capaz de se dar inteiro, nós podemos concluir - dentro de nossa maneira limitada porque humana - que não sobra nada.

Foi ao pensar que Deus se dá inteiro sem sobrar nada que Francisco e Clara chegaram à conclusão de que Deus é o maior pobre.

Uma conseqüência: Quando damos tudo, ficamos plenamente livres. Como São João chegou à grande afirmação "Deus é o Amor", os Santos Padres chegaram à afirmação: Deus é a Liberdade. Então, Deus não é amoroso, ele é o próprio Amor. Deus não é livre, ele é a própria Liberdade.

Ora, se ele é todo o Amor, sempre que nós amamos vivemos o Deus Amor, partilhamos o seu Amor. Em outras palavras: estamos usando o Amor dele, estamos vivendo o Amor que Ele é. E se ele é toda a Liberdade, quando somos livres partilhamos da sua Liberdade. Em outras palavras: usamos a Liberdade dele, vivemos a Liberdade que Ele é.

Outra conseqüência: Quando o Verbo se fez Carne, esvaziou-se para nos ensinar a amar, esvaziou-se para nos ensinar a ser livres.

Mais uma conseqüência: percebemos melhor porque Francisco não entendia a obediência como um cumprir ordens, mas como um corresponder ao amor recebido. Entendemos por que Clara e Francisco quiseram seguir com tanto amor o Cristo crucificado e pobre: quanto mais eles amavam, mais se tomavam pobres; quanto mais pobres, tornavam-se mais livres. Pobres como Jesus, livres como Jesus.

Foi por isso que eles viveram um esponsal contínuo: um contínuo relacionamento de amor entre a própria pessoa e a pessoa muito concreta de Jesus Cristo.

***

Todos nós somos sedentos de amor, não é verdade? Todos nós somos sedentos de liberdade, não é mesmo? Teremos tudo isso na medida em que vivermos o nosso compromisso pessoal - o nosso compromisso esponsal - com Jesus Cristo. Aquele que se esvaziou para nos salvar.
Observemos: Salvar é a mesma coisa que libertar.
Por seu imenso amor a Jesus Cristo, Clara tinha partido da casa de seus pais sem propriedade alguma, totalmente livre depois de ter vendido e distribuído todos os seus bens, para "abraçar o Cristo pobre como uma virgem pobre", como escreveu logo adiante na mesma Carta 2 a Inês de Praga, que fora agraciada pela mesma vocação.

Compreenderemos melhor essa maneira de dizer se nos lembrarmos de que para Clara - nesse ponto discípula de São Bernardo - virgindade era entendida de uma maneira significativamente diferente da nossa. É como se ela dissesse: "Sou tanto mais virgem quanto mais espaço dou dentro de mim para Deus". Sua vida era um correr ao encontro do Cristo pobre como uma virgem pobre. Esse haveria de ser o ponto de chegada; já tinha sido o ponto de partida.

Por essa mesma razão, Clara insiste com Inês, na sua segunda carta, que
"em rápida corrida, com passo ligeiro e pé seguro, de modo que seus passos nem recolham a poeira e avance confiante pelo caminho da bem-aventurança" (2Ctln 12).

A decisão de Clara é tão segura que ela tem a ousadia de dizer, logo diante:

"Não confie em ninguém, não consinta com nada que queira afastá-la desse propósito, que seja tropeço no caminho para não cumprir seus votos ao Altíssimo na perfeição em que o Espírito do Senhor a chamou ... Se alguém lhe disser outra coisa ou sugerir algo diferente, que impeça a sua perfeição ou parecer contrário ao chamado de Deus, mesmo que mereça a sua veneração, não siga o seu conselho. Abrace o Cristo pobre como uma virgem pobre" (2Ctln 14,17-18).

De fato, essa era a recomendação que São Francisco lhe dera pouco antes de morrer, quando lhe enviou a "Última Vontade":

"Eu, Frei Francisco, pequenino, quero seguir a vida de pobreza do Altíssimo Senhor Jesus Cristo e de sua santíssima Mãe e nela perseverar até o fim. Rogo-vos, senhoras minhas, e vos aconselho a que vivais sempre nessa santíssima vida e pobreza. Guardai-vos bastante de vos afastardes dela de maneira alguma, pelo ensinamento de quem quer que seja (RSC 6,7-9).

Como as outras três, essa segunda carta de Clara a Inês fala da sua 'espiritualidade dos esponsais", ou do caminho de relacionamento pessoal cada vez mais profundo entre a nossa pessoa e a pessoa de Jesus Cristo. Logo no início, Clara saúda Inês como "esposa digníssima de Jesus Cristo" (2Ctln 1-2). Depois recorda sua união "ao rei no tálamo celeste" (2Ctln 5), exortando-a a "olhar, considerar e contemplar o seu esposo, o mais belo entre os filhos dos homens feito por sua salvação o mais vil de todos, desprezado, ferido e tão flagelado em todo o corpo, morrendo no meio das angústias próprias da cruz" (2Ctln 20). No fim se despede dizendo: "Adeus, irmã querida, senhora minha pelo Senhor que é seu esposo" (2Ctln 24).

Realmente, a nota característica da espiritualidade de Santa Clara é ser uma "espiritualidade dos esponsais", com o mais sólido fundamento nas Sagradas Escrituras, nos Santos Padres e na experiência dos místicos que a precederam, como vamos ver.
"Abraçar o Cristo pobre como uma virgem pobre" vai ser a espinha dorsal do "ponto de partida" da espiritualidade de Santa Clara no estudo aprofundado que queremos fazer.

Para isso, devemos recordar alguns pontos:
Santa Clara nasceu em Assis, na Úmbria, Itália, em 1193 ou 1194 e morreu nessa mesma cidade em 1253. Com São Francisco, fundou a Ordem posteriormente chamada "das Clarissas". É uma santa extraordinária, que esteve durante séculos à sombra de seu conterrâneo mais famoso, mas esta sendo redescoberta como uma grande mestra espiritual desde o final do século XX. Neste nosso trabalho, estamos tentando apresentar - de maneira sucinta, mas bem fundamentada - como podemos entender a sua espiritualidade. Porque, além de ter colaborado validamente para o que sempre se conheceu por espiritualidade franciscana, ela teve valores muito próprios. Tanto que, a partir do século XX, começou-se a dizer que a espiritualidade do movimento franciscano pode ser chamada de espiritualidade francisclariana.
Nós vamos entendê-la à luz do que a Igreja conhece como espiritualidade dos esponsais, falando mesmo em teologia dos esponsais.

Quereis vós também retirar-vos? (Jo. 6, 67)

Estimado irmão e irmã em Cristo desejo que esse texto possa te ajudar a permanecer no discipulado do Divino Mestre quando muitos se retirarem e não andarem mais com Ele.

Drasticamente haviam diminuídos as fileiras dos seus discípulos como nos informa Jo 6, 66: “Desde então, MUITOS dos seus discípulos se retiraram e já não andavam com Ele”. Pelo que tudo indica restaram apenas os doze, pois é a eles que Jesus se dirige: “Então Jesus perguntou aos DOZE” (Jo 6, 67).

Qual a razão dessa deserção em massa? A resposta é dada pelos próprios desertores: “DURO é este discurso, quem o pode ouvir?” (Jo 6, 60). Se é verdade que tal questionamento foi proferido pelos lábios de alguns de seus discípulos, convém perguntarmos que tipos de discípulos eram estes.

São aqueles tipos de discípulos que seguiam Jesus somente por causa das suas obras grandiosas como nos apresenta João no cap. 2, 23: “Enquanto Jesus celebrava em Jerusalém a festa da Páscoa, MUITOS creram no seu nome à vista dos sinais que ele fazia”. Por mais que tivessem crido Nele, Jesus sabia que esse era o tipo de discípulo que não se podia confiar: “Mas o próprio Jesus não se confiava a eles, porque os conhecia a todos” (Jo 2, 24).

Na parábola do semeador Jesus já havia falado sob essa espécie de discípulo: “É aquele que acolhe com alegria a palavra ouvida, mas não tem raízes, É INCONSTANTE sobrevindo uma tribulação ou uma perseguição por causa da Palavra, logo encontra uma ocasião de queda”, (Mt 13, 20-21). A fé que os movia não passava de uma excitação transitória provocada por causas externas.

No começo tudo é novidade, com o passar do tempo, porém, as coisas começam a se tornar exigentes e maçantes. Um fardo a carregar. O livro do Apocalipse ilustra muito bem tal realidade: “Tomei então o pequeno livro da mão do Anjo e o comi. De fato, em minha boca tinha a doçura do mel, mas depois de tê-lo comido, amargou-me as entranhas” (10,10).

A partir daí uma bola de neve começa a se formar. Os descontentamentos geram as murmurações (Jo 6, 61), as murmurações geram as críticas acirradas e estas por fim levam ao abandono do discipulado.

Jesus percebe esta bola de neve crescer no meio dos seus discípulos: “Sabendo Jesus que os discípulos murmuravam…” (Jo 6, 61) e que a única maneira de resolver tal situação era passar a “peneira” e separar os verdadeiros discípulos dos falsos discípulos. Jesus vai pro “tudo ou nada”. Primeiro faz com que assumam de uma vez por todas que Ele havia se tornado para muitos deles causa de escândalo (v. 61); Segundo, que muitos dos que O seguiam estavam em busca de comodidades passageiras (v. 63, cf. v. 26); e por fim que outros já não acreditavam mais n’Ele (v. 64).

Jesus não poupa sequer aqueles que lhe estavam mais próximos: “Quereis vós também retirar-vos?” (Jo 6,67). Na pergunta de Jesus está subtendida três perguntas: Eu também me tornei para vocês motivo de queda? Vocês também estão atrás de mim só buscando comodidades? Vocês ainda crêem nas minhas palavras?

Jesus precisava mais do que nunca testar-lhes a fé e a motivação pela qual haviam deixado tudo e O seguido. Sabia que os discípulos haviam de passar por outras “crises” e que só conseguiriam superá-las se estivessem convicto de que não haveria mais volta. É isso que Ele esperava e foi isso que Pedro respondeu.

A resposta de Pedro é a resposta de todos aqueles que descobriram que foram feitos para a Eternidade (Sl 41, 3). Pedro representa aqui todos nós que mesmo sendo debilitados desejamos estar com Ele, vivermos para Ele, como Ele. Representa a cada um de nós que mesmo quando pensamos em abandonar tudo, nos sentimos impossibilitados, porque ACREDITAMOS e SABEMOS que só Ele é que é a razão da nossa existência e da nossa felicidade.

“Senhor a quem iremos nós? Tu tens as palavras da Vida eterna. E nós já temos crido e sabemos que Tu és o Santo de Deus” (Jo 6, 68-69).

Pe. Gilson Sobreiro

Sacerdote: Nem Anjo, Nem Demonio, Siplismente Homem‏



Quem são estes que trazem em suas mãos e em seus lábios o poder de transubstanciar o Pão e o Vinho no Corpo e Sangue de Cristo?

Quem são estes, que o próprio Deus obedece, ao ouvir as Sagradas Palavras pronunciadas pelos seus lábios?

Quem são estes portadores da bênção, que aquilo que ligam na terra ligam no Céu, e o que desligam na terra, desligam no Céu?

Quase nunca nos atentamos ou buscamos aprofundar o mistério desses Homens do Altar, consumidos de amor por Deus e pelas almas.

Antes de tudo são homens, que assim como nós foram chamados a vida e a santidade, que possui suas fraquezas e suas limitações de ser humano, capazes de fazer o bem, mas também de fazer o mal.

Deus os separou para conduzir o seu rebanho ao Céu, e para tal missão, derramou sobre eles graças sobrenaturais, que os fazem vencer muitas lutas, mas esse mesmo Deus não anulou a sua humanidade, pois é através desta, que eles constroem a sua santidade, na luta do dia-a-dia, e podem compreender o povo a eles confiados pois eles mesmos não estão isentos de dores e de erros.

Homens que ao sentirem que o Senhor os chamava a uma vocação específica, mesmo conscientes de suas limitações e misérias, disseram com generosidade o seu SIM, e a partir de sua resposta, Deus derramou abundantes graças sobre eles, para que levem em frente e com fidelidade o SIM dado.

Homens que se decidiram viver do sobrenatural, das coisas eternas, mesmo estando na terra. Que optaram por viver a radicalidade do 1° mandamento “amar a Deus sobre todas as coisas”.

Homens que depois que foram tocados pelo sublime e grandioso amor de Deus, pode então exclamar como São Paulo, “ considero tudo como lixo, como perda”.

Homens comuns, que tem um coração a bater no peito, que sentem fome e sede, que sentem saudades, solidão, que choram, que riem, que se emocionam, que sentem dor, que ficam doentes, que vão ao médico, que também precisam de cuidados, que se dão, que aconselham, que trazem em si seus próprios desejos, aos quais precisam renunciar todos os dias para que a vontade de Deus se cumpra em suas vidas.

Homens que renunciaram a tudo e a todos por um bem maior, que é o próprio Deus, que foram selados pelo Céu, que trazem em si, em seus corações as Marcas do Eterno. Que pelo seu Sim, não se pertencem mais, mas pertencem a Deus, e na medida que o Coração de Deus os pede, pertencem a humanidade.

Nunca nos esqueçamos que eles são de Deus, são propriedade de Deus. Por isso, tomemos cuidado, pois quando nos aproximamos de um Sacerdote, precisamos lembrar disso, “eles são propriedades do Criador”, que seu Ministério pertence a nós, mas eles pertencem à Aquele que os chamou, e que este é ciumento: “Ai daqueles que tocam em um dos meus consagrados”!

Se é pecado cobiçar as coisas alheias, as coisas do próximo, imagine cobiçar aquilo que pertence a Deus?

Devemos zelar, cuidar dos Sacerdotes, porque sem eles morreremos de fome, pois eles trazem para nós o Pão da Vida Eterna, o perdão para os nossos pecados, e através de suas palavras que calam nossos corações, por serem as palavras do próprio Deus alívio as nossas dores.

O Sacerdote é mistério de amor, pequeno diante dos homens e grande aos olhos de Deus. E diante do mistério eu ajoelho e rezo!

(Oração indulgenciada por S. Pio X em 03/03/1905)

Ó Jesus, Pontífice Eterno, Divino Sacrificador, Vós que, no Vosso incomparável amor, deixastes sair do Vosso Sagrado Coração o sacerdócio cristão, dignai-Vos derramar, nos Vossos sacerdotes, as ondas vivificantes do Amor infinito.

Vivei neles, transformai-os em Vós, tornai-os, pela Vossa graça, instrumentos de Vossas Misericórdias.

Atuai neles e por eles, e fazei que, revestidos inteiramente de Vós pela fiel imitação de Vossas adoráveis virtudes, operem, em Vosso nome e pela força de Vosso espírito, as obras que Vós mesmo realizastes para a salvação do mundo.

Divino Redentor das almas, vede como é grande a multidão dos que dormem ainda nas trevas do erro; contai o número dessas ovelhas infiéis que ladeiam os precipícios; considerai a multidão dos pobres, dos famintos, dos ignorantes e dos fracos que gemem ao abandono.

Voltai para nós por intermédio dos Vossos sacerdotes. Revivei neles; atuai por eles, e passai de novo através do mundo, ensinando, perdoando, consolando, sacrificando, e reatando os laços sagrados do amor entre o Coração de Deus e o coração humano.

Amém.

Do livro «O Sagrado Coração e o Sacerdócio», de Madre Luísa Margarida Claret de La Touche


Irmã Judite do Coração Sacerdotal de Jesus
Religiosa da Fraternidade O Caminho
Fraternitas Ancilla Domine – Campo Mourão/PR

Jesus está em nossa casa!

É claro que a presença real de Jesus no Santíssimo Sacramento do Altar, em nossa bela Capela Sacramentum Caritatis, já nos fazia proclamar essa maravilhosa verdade: Deus mora conosco, ou melhor, nós moramos com Deus. Mas o que desejo partilhar com vocês é algo diferente, mas tão maravilhoso quanto:

SDC12338 224x300 Jesus está em nossa casa!Na noite de terça-feira, 13/04/10, fomos para as ruas de Belém, como de costume. Chegando num determinado ponto, encontramos muitos “irmãos e irmãs de rua”, lá distribuímos o pão, o suco, conversamos com eles, fizemos curativos,etc… Logo se aproximou um senhor sem os dois braços, cego de um olho, mudo, mas com um sorriso nos lábios e uma alegria tão contagiante que impressionava qualquer um.

Sentou-se conosco na calçada e ali começamos a dar-lhe o alimento em sua boca, uma vez que, não consegue comer (nem fazer nada) sozinho. Perguntamos o seu nome e ele mostrou uma tatuagem com a inscrição Antonio. Na “conversa” (se é que podemos chamar assim) fomos deduzindo algumas coisas e ele ia negando ou concordando com a cabeça. No fim, perguntamos se queria ir par nossa casa, morar conosco, ele logo balançou a cabeça dizendo que sim e deu mais uma vez um belo sorriso. Trouxemo-lo, demos-lhe um banho, trocamos sua roupa e o colocamos para dormir.

Naquele momento uma certeza invadiu meu coração: Jesus veio morar em nossa casa! Ele não tem braços, arrasta a perna, é mudo e cego de um olho, mas sorri como alguém feliz, mais do que muitos de nós que somos “perfeitos”.

SDC12330 300x224 Jesus está em nossa casa!Creio eu, poder dizer dele como disse o profeta Isaias a cerca do Servo sofredor: “Homem familiarizado com as dores” (Is 53, 3) . É Jesus na pessoa do pobre que vêm ficar conosco para lembrar-nos que as dores dessa vida, os sofrimentos dessa terra não tem o poder de nos tirar a certeza do céu. “Aqui choro, lá alegria; aqui dores, lá deleites da alma; aqui sofrimento, lá felicidade eterna!”

Acho que a alegria dele é uma antecipação da eternidade. Eu só peço a Deus que tenha misericórdia de mim e me conceda a graça de um dia o Sr. Antonio abrir as portas do céu para que eu possa entrar e participar da Jerusalém Celeste. Afinal, “Felizes são os pobres, porque deles é o Reino dos Céus!” (Mt 5,3)

Deus nos abençoe!

Ir. Kephas Filho das Santas Chagas.
Foranio da Região Norte.

Francisco, o amante que se tornou semelhante ao Amado....



São Boaventura na sua Legenda Maior vai nos dizer que Francisco transformou-se n’Aquele que em seu excesso de amor quis ser crucificado (LM 13,3). Cumpria-se assim, na vida de Francisco o que dissera o grande Apostolo dos gentios, São Paulo, “Já não sou que vivo é Cristo que vive em mim” (Gl 2,20).

É incontestável o fato de que foi concedida, pelo Altíssimo, uma graça especial para Francisco, por outro lado, é inegável também que desde a sua conversão ele procurou em tudo imitá-Lo.

Francisco era apaixonado por Jesus Crucificado. Começa a segui-Lo imitando sua nudez quando diante do bispo de Assis desfaz-se de suas roupas e nu vai seguir o Cristo nu da Cruz.

Como Cristo faz-se pobre com os pobres; mendigo entre os mendigos. Reproduz em si o Mistério da Encarnação de um Deus que se despojou de sua condição divina para assumir a condição de servo (Flp 2,6-7).

Como o Cristo que amou a sua Igreja e se entregou para santificá-la (Ef 5,25), também Francisco movido de abrasador amor pela esposa Amada do Senhor assume a convocação do Crucificado para ir e reconstruí-la.

Como Cristo que no início de sua vida pública chama seus primeiros seguidores, também Francisco, pela força da sua conversão atrai homens e mulheres para viverem o caminho da perfeição. “Desde que comecei a viver o Evangelho muitos começaram a me seguir”. Aqui também se ouve um eco das palavras do Apostolo Paulo; “Sede meus imitadores como eu sou de Cristo” (1Cor 11-1).

Imitou-O em tudo – pobreza, humildade, oração, serviço… – por isso O Amado decidiu tornar seu corpo semelhante ao d’Ele imprimindo-lhe as marcas da sua Paixão, como nos relata São Boaventura; “estando próxima a festa da Exaltação da Santa Cruz, eis que ele (Francisco) viu descer do alto do céu um Serafim de seis asas brilhantes como fogo.

Num rápido vôo chegou ele ao lugar onde estava o homem de Deus, e apareceu então um personagem entre as asas: era um homem crucificado, com as mãos e os pés estendidos e presos a uma cruz… Veio então a conhecer por revelação divina que essa visão lhe havia sido providencialmente apresentada para que, como amante de Cristo, compreendesse que devia transforma-se totalmente n’Ele…

No mesmo instante começaram a aparecer em suas mãos e pés os sinais dos cravos, iguais em tudo ao que antes havia na imagem do Serafim Crucificado” (LM 13, 3).

Diletos filhos da Santa Mãe Igreja, a vida de Francisco é um convite para que nestes dias santos em que contemplamos os sagrados Mistérios da Vida, Paixão, Morte e Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo, nos decidamos por também nós sermos seus imitadores. Sejamos, eu e você, um alter Christis – outro Cristo; sejamos um outro Francisco.
Francisco, o mundo tem saudades de ti! (Papa João Paulo II)


Pe. Gilson Sobreiro, PJC
Fundador da Fraternidade O Caminho