Este dia marca o início da Semana Santa, período em que Jesus Cristo  se apresenta como o “Servo sofredor”, que dá sua vida em martírio na  cruz. Ele mostra o caminho da não violência. A vida não é fruto de  vingança, de projetos maquinados, mas de entrega e respeito fraterno.
Numa cultura marcada por tanta violência, o povo acaba perdendo o  ânimo, caindo em prostração e desesperança. É hora de construir a  esperança, que vem sendo minada com as atitudes desumanas e  destruidoras, diariamente acontecendo ao nosso redor.
O que assistimos, a todo instante no cenário da violência, revela uma  falta de fé e de confiança em Deus muito grande. É perda de  sensibilidade humana, de respeito e de valor da pessoa na sua dignidade.  Deus não abandona o seu povo, e é nele que devemos buscar socorro e  força.
As pessoas de cabeça erguida devem demonstrar firmeza e determinação  em profunda solidariedade com os abatidos e cansados. É hora de espalhar  o fermento novo da justiça e da caridade. Tudo isto supõe escuta atenta  da Palavra de Deus, que é fonte de vida.
O Domingo de Ramos abre caminho para o clima da Semana Santa, quando  Cristo é recebido de forma triunfal em Jerusalém, acolhido pelo povo com  ramos nas mãos. O seu jeito simples e coerente, montado em um jumento,  atraía multidões, mas provocava a ira orgulhosa das autoridades  judaicas.
Agora é, para ele, um caminho de mais sofrimento, mesmo tendo passado  a vida fazendo o bem e sendo fiel ao projeto do Pai. Jesus, com todo o  poder, tinha um lugar social diferente das autoridades do seu tempo.  Despojado de poder, era solidário com os fracos e pequenos. Isto fazia a  diferença.
As cenas da Semana Santa são de humilhação para o Servo sofredor.  Jesus caiu nas mãos dos zombadores, foi desnudado, coroado de espinhos,  cuspido no rosto e recebeu injúrias. O motivo principal é porque tinha  que ia destruir o Templo, onde o Sinédrio alimentava seu poder e  manipulava o povo.
Fonte: CNBB
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