Fraternidade  Pobres De Jesus Cristo
 


A Intuição
Intuição  é algo que começa dentro   d’alma, e à medida que o tempo passa, vai se  manifestando e tomando   forma de maneira mais clara. A Fraternidade  nasceu assim, como uma   intuição! No princípio era algo confuso,  incerto, velado, intuitivo… A   única coisa que eu sabia era que o Bom  Deus me havia tocado, suave, mas   poderosamente, de um modo como jamais  o fizera. Sentia o peito arder em   chamas de divino amor, o coração  acelerar e uma enorme vontade de  mudar,  de ser diferente. A isso, eu  chamo de conversão! Como tudo isso   começou? É difícil precisar o  momento exato e creio, que isso se dê  pelo  fato da conversão ser um  processo gradativo e não algo instantâneo  ou  estanque, capaz de ser  fotografado. O que consigo enxergar como  sendo  algo mais próximo dessa  grande explosão, que deu inicio a essa  vida  nova, foi o meu contato  com jovens que vinham do satânico e  obscuro  mundo das drogas e que  depois de um verdadeiro encontro pessoal  com  Nosso Senhor, faziam um  esforço sobre-humano para se manterem  “limpos”,  sem o uso dos  diabólicos grilhões do tóxico que até então os   aprisionavam. Lembro da  conversa com um deles que me dizia entre   ofegantes respirações, com o  suor banhando sua face: “Não tá fácil cara!   Tô dando o melhor de mim,  mas o ‘bagulho’ tá difícil de segurar”. Isso   me soou como um tapa no  rosto. Como um jovem que, não tendo nada a   perder, fazia um violento  esforço para se manter sóbrio e eu, que um dia   resolvera ser todo de  Deus, configurando minha vida à de Cristo, Nosso   Senhor, pela santa  consagração religiosa, continuava levando uma vida   medíocre, sem  sequer fazer um terço do esforço que aquele jovem fazia,   para mudar  minha vida? Envergonhei de mim mesmo e a partir daquele   bendito dia me  propus , como num tom de juramento, diante do Céu e da   Terra: “Deus,  aconteça o que acontecer, eu vou mudar!!!”. Era o inicio   da grande  história de amor que o Santíssimo Deus queria realizar de modo    profundo comigo e que, só agora, depois de um longo e terrível tempo  eu   aceitara viver. E agora? Que rumo tomar? Não sabia! Foi quando pouco  a   pouco, a Sabedoria Divina colocou pessoas no meu caminho. Deus bem o    sabia que sozinho eu não conseguiria, não teria forças. Ninguém muda    sozinho! Deus mandou dois anjos, Sônia e Márcia e pôs cada uma delas ao    meu lado. Elas foram as primeiras testemunhas do que a Misericórdia de    Deus fizera comigo. Com elas passava longas horas de santo convívio,  de   santas conversações, rasgava o coração, sonhava, rezava… surge a    primeira sementinha daquilo que mais tarde se tornaria O Caminho. Sônia,    hoje chamada Ir. Serva das Chagas Ocultas do Crucificado, deixando    tudo, família, emprego, sonhos, seguranças, tornou-se a mãe e    co-fundadora da obra.
Márcia até  hoje  continua muito próxima  a nós, exercendo seu ministério em meio aos   jovens, sobretudo na área  da educação. São muitos os detalhes, a   riqueza de cada encontro, as  pessoas que foram chegando, que seria   impossível citá-las todas aqui,  entretanto a história continua…

O Nome
Precisávamos  de um nome para a criança que estava sendo  gerada,  já no ventre da Mãe  Igreja. Rezávamos pedindo a Deus que fosse  Ele  próprio a dar o nome para  aquilo que Ele estava criando. Foi  quando num  momento de profunda  oração e intimidade com o Altíssimo,  nos veio o  texto bíblico: Saulo,  respirando ainda ameaças de morte  contra os  discípulos do Senhor,  dirigiu-se ao sumo sacerdote. Foi  pedir-lhe  cartas para as sinagogas de  Damasco, a fim de poder trazer  para  Jerusalém, presos, os que lá  encontrassem pertencendo ao Caminho,  quer  homens, quer mulheres.(Atos  9, 1-2). É isso que queremos  ser!  Homens e mulheres do Caminho, como  eram conhecidos os primeiros   seguidores do Doce Cristo. Foi somente em  Antioquia que os discípulos,   pela primeira vez, receberam o nome de  cristãos. (cf. Atos 11,26). Daí   foi que emergiu com toda vitalidade, com  toda a potência, uma   espiritualidade da itinerância, dos peregrinos  rumo à Pátria   definitiva, como costumo sempre dizer: dos andarilhos do  Reino.
Consagrados“Fraternitas   Pauperes Iesus Christi” –  Fraternidade dos Pobres de Jesus Cristo” 
Toda consagração religiosa tem sua   origem  numa história de amor e entrega entre Deus e o homem.A iniciativa   é  d’Ele. É Ele que chama e escolhe: “Não foram vocês que me  escolheram,   mas fui eu que vos escolhi e vos destinei para ir e dar  fruto e para   que o vosso fruto permaneça” (Jo 15, 16).Nossa resposta  livre e ansiosa  a  esse convite configura nossa vida a d’Ele,  tornando-nos assim um  alter  Christis – outro Cristo.Com Ele e por Ele  nós nos tornamos  pobres,  castos, e obedientes; vivendo em comunidade e  numa total  doação aos  pobres nos seus múltiplos rostos, irmãos e irmãs  em  situação de rua, de  drogadição, de prostituição, de prisão, de   degradação humana…Essa total  doação tem para nós valor sagrado, por   isso é que professamos também um  quarto voto que é de “total   disponibilidade aos pobres”.Nosso dia-a-dia  divide-se em momentos de   oração, adoração, reparação, Santa Missa,  meditação do Santo Rosário,   trabalhos manuais e domésticos, serviços aos  pobres, formação, etc…O   jovem que deseja abraçar nossa vida passa por  um processo que vai de   seis meses a um ano. Depois disso ele é admitido  como vocacionado   interno e as outras etapas que se sucedem: aspirantado,  postulantado e   noviciado. Ao final dessa última etapa que tem duração  de um ano,   professa publicamente os Conselhos Evangélicos.

Fundadores
Pe.  Gilson Sobreiro
FUNDADOR
Gilson  Sobreiro de Araújo ingressou no  seminário aos 15 anos  de idade e,  após sete anos de estudo, entrou na  congregação missionária  “Oblatos  de Maria Imaculada”.Após sua ordenação  sacerdotal partiu para  uma  experiência missionária na França e na  Alemanha, retornando a São   Paulo para fazer mestrado na área de  Antropologia, trazendo no coração o   ardente desejo de partir em missão  para a Índia.É formado em teologia   pelo Instituto Teológico São Paulo e  em filosofia pela Universidade  São  Francisco, especializou-se em  arqueologia indígena no Núcleo de  Altos  Estudos Amazônicos, da  Universidade Federal do Pará (NAEA-PA).  Foi  ordenado sacerdote em julho  de 1999.Padre Gilson Sobreiro é  fundador e  líder da Fraternidade  Missionária “O Caminho” e realiza  trabalhos  também na Federação Estadual  do Bem-Estar do Menor (FEBEM),  em  presídios e em prol de moradores de  rua.Em 2006, a Câmara Municipal  de  São Paulo concedeu ao Pe. Gilson o  título de cidadão  paulistano.Pe.  Gilson é autor de sete livros: Batalha  espiritual;  Santidade caminho  real e possível; Desmascarando o inimigo;  Ofício de  súplicas; Tão  sublime sacramento; Parábolas versículo por  versículo e  Consagração,  conversão levada ao extremo.
Ir. Serva da Chagas  Ocultas do  Crucificado
CO-FUNDADORA
Ao  lado de todo santo homem, há sempre  uma santa mulher. Isso  se  comprova facilmente quando vemos a história  dos grandes homens da   Igreja: São Francisco e Santa Clara, São João da  Cruz e Santa Tereza   D’Avila, Santo Agostinho e Santa Mônica, Nosso  Senhor Jesus Cristo e   Sua Mãe Maria Santíssima. Também com nosso Pai e  fundador aconteceu   algo semelhante…Nascida em São Paulo no dia 23 de  Abril do Ano da Graça   de 1961, Ir. Serva da Chagas Ocultas do  Crucificado (no século, Sônia   das Chagas) perdeu sua mãe quando tinha  apenas sete anos de idade,   passando assim a ter que ajudar a cuidar de  suas irmãs.Acostumada a   trabalhar desde cedo para manter a casa, sempre  foi uma mulher forte e   incansável. Mulher de inúmeras lutas e  sofrimentos, mas também de   muitas realizações.No Ano da Graça de 1976  teve sua primeira   experiência pessoal com Deus em um encontro de jovens e  a partir desta   data, tendo o coração abrasado de santa inquietação,  nunca mais deixou   de trabalhar na vinha do Senhor, participando de  retiros e dando   preferência aos jovens que contagiados por seu jeito  alegre de ser,   passaram a chamá-la de “tia Sônia”.Em um desses retiros,  Ir. Serva se   encontrou com Pe. Gilson que se apaixonou pelo trabalho com  os jovens   da periferia paulistana. Passaram assim a partilhar os mesmos    sonhos.Pouco tempo depois, Nosso venerável Pai e Fundador, lança um    convite à Ir. Serva: De que ela esteja à frente daquele grupo de jovens    que já partilhava os mesmos idênticos sonhos de ambos, e que mais  tarde   viria a se tornar a Fraternidade Missionária “O Caminho”.Marcada  por  uma  vida de intensa oração, Ir. Serva vai partilhando com as  ordens do   Senhor para esta pequena obra: Nome, símbolo, casa, carisma,  trabalho,   etc…Acostumada a lutar por aquilo que queria e nunca a  depender de   ninguém, precisou apreender a depender de Deus. Depender  da providência e   da misericórdia Divinas.Deixou sua casa, seu  trabalho, suas irmãs e   tudo aquilo que trazia de certezas. Não  precisava fazer nada disso, pois   já servia o Senhor de todo coração e  de toda alma, porém, Deus pediu   mais e com o coração totalmente  disponível para fazer a santíssima   vontade do Altíssimo, Ir. Serva deu  seu “Sim” definitivo, abraçando   também a vida religiosa.Ir. Serva  professou seus primeiros votos   religiosos no dia 14 de janeiro do Ano  da Graça de 2007, sendo dessa   forma desposada por Nosso Senhor.Assim é  a nossa Mãe e Co-Fundadora:   mulher de profunda espiritualidade dotada  de um imenso ardor   missionário, que unida ao Sumo Bem, Jesus  Crucificado, batalha a cada   dia por esta obra ensinando a cada um de  seus filhos a ser mais santos!











É tempo de cuidar do carisma!
“Jesus   todo, todo de Jesus”. Essa frase sintetiza a razão de ser do nosso   Carisma. Queremos Jesus todo. Jesus pobre, que não tinha onde   reclinar a cabeça; Jesus andarilho, que fez dos caminhos sua   casa e lugar privilegiado de encontro com os pobres; Jesus orante,   que passava longas horas em vigílias com o Pai; Jesus compassivo,   que se colocava no lugar dos que sofrem assumindo para si as suas   dores; Jesus obediente que em tudo fez a vontade do Pai, etc…   Queremos Jesus tal qual no-lo apresenta o Evangelho. Sem dele saltarmos   uma página e sem tampouco nada acrescentarmos. Na expressão de nosso   Papa Bento XVI, o Evangelho sine glossa, ou seja, sem direito a   interpretação particular. Respondemos ao ato de total doação de Jesus   por nós, dando-nos também totalmente a Ele. É justamente essa entrega   total da vida a Ele que chamamos de consagração. “O meu amado é meu e eu   sou d’Ele” (Ct 2, 16).
Lindo texto totalmente claro! Que Deus os conserve!!
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