segunda-feira, agosto 30, 2010

Comunidades contemplativas da Terra Santa recebem intenções de oração pela internet

JERUSALÉM, domingo, 29 de agosto de 2010 (ZENIT.org)
Comunidades contemplativas da Terra Santa ofereceram sua disponibilidade para rezar pelas pessoas que queiram comunicar-lhes suas intenções por meio do correio eletrônico.

Trata-se de uma iniciativa que acaba de ser proposta pelo Patriarcado Latino de Jerusalém, neste momento de preparação do primeiro sínodo da história do Oriente Médio, que será realizado em Roma no próximo mês de outubro.

O patriarcado ofereceu uma lista de 9 destinatários de correio eletrônico, cada um pertencente a uma comunidade religiosa presente na terra do Senhor.

"Podeis confiar-lhes vossas intenções, indicando os detalhes que desejais comunicar-lhes. Tudo isso ficará entre vós e a comunidade!", garante o Patriarcado.

As comunidades e seus e-mails são:

Clarissas de Nazaré: clairemarie1884@bezeqint.net

Carmelitas do Monte Carmelo, Haifa: zanotiel@netvision.net.il

Mosteiro de Emanuel, Belém: community@emmanuelmonastery.org

Irmãs Brigidinas de Belém (em inglês e italiano): brigida@p-ol.com

Silenciosas Operárias da Cruz - Mater Misericordiae, Jerusalém: betaniasilenziosi@yahoo.com

Beneditinas, Monte das Oliveiras, Jerusalém (francês, inglês, italiano): benetur@netvision.net.il

Clarissas de Jerusalém: mi.yesh@gmail.com

Carmelo de Pater, Jerusalém: edcarmelpn@live.com

Irmãzinhas de Belém, Bet Gemal, Bet Shemesh: midbar@gmail.com

Pequena Família da Ressurreição, Jerusalém: pfrjer@alqudsnet.com

A clarissa Madre Virgínia e Santa Teresinha


A força da oração, uma chuva de rosas
Decorria o ano de 1897, ano da morte de Teresinha do Menino Jesus. A Irmã Virgínia da Paixão, a humilde religiosa clarissa do Mosteiro de Nossa Senhora das Mercês no Funchal, em Portugal, encontrava-se gravemente doente, devido a uma queda nas escadas. Esta enfermidade fazia-a sofrer imenso, não só pelas dores físicas, mas pela relutância que experimentava em deixar-se examinar pelo médico. Com a força das dores não conseguia conciliar o sono. Na noite de 30 de Setembro, sentindo aumentar os sofrimentos, pediu ao Senhor que a curasse por intercessão da primeira alma que entrasse naquele momento no Paraíso. A resposta do céu não se fez esperar. Narra-nos a Madre Virgínia nos seus escritos: “Senti uma mão invisível que me tocava e vi junto do meu leito uma religiosa vestida de hábito pardo, manto branco e véu preto na cabeça. Conheci que não era a nossa enfermeira. Era manhã, mas ainda fazia escuro, e reconheci à luz bruxuleante da lâmpada, que era uma religiosa nova e muito formosa. Referiu que Jesus, respondendo à minha súplica, a tinha enviado para lhe dizer ser Sua vontade me submetesse ao exame clínico prescrito e me deixasse tratar. Ela seria a minha fiel enfermeira. Perguntei-lhe quem era. Por fim, sorriu e disse: eu sou uma religiosa carmelita, chamada Teresa do Menino Jesus e da Santa Face, que acabo a vida mortal e entro já no Paraíso. Recomendou-me segredo até ao tempo que aprouvesse ao di¬vino Senhor revelar (o milagre) e desapareceu” (Apontamento Biográfico do Padre João Prudêncio da Costa).
A Madre Virgínia relata que o médico fez a intervenção cirúrgica conveniente e que Santa Teresinha do Menino Jesus foi a sua fiel e dedicada enfermeira, tirando-lhe todas as dores. “Fiquei perfeitamente boa. Fui curada milagrosamente. Isto deu-se no dia 30 de Setembro para 1 de Outubro de 1897. No dia 4, festa do meu Pai S. Francisco, já pude tomar parte nas funções da comunidade”. Clinicamente era inexplicável como em tão pouco tempo se realizou a prodigiosa cura. Mistérios de Deus: nesse mesmo dia, em Lisieux, realizava-se o funeral de Santa Teresinha do Me¬nino Jesus e da Santa Face.

Amizade sacramental
Madre Virgínia Brites da Paixão e Santa Teresinha do Menino Jesus nunca se conheceram pessoalmente nesta vida. As duas contemplativas pertenciam a famílias religiosas distintas: uma foi clarissa e a outra carmelita. Privilegiavam uma herança comum na diversidade e riqueza carismática: a vida contemplativa que é património espiritual da humanidade. A clausura das religiosas contemplativas não impede o abraço universal do amor fraterno e cósmico até à doação da própria vida; antes o potencia admiravelmente. A partir daquele feliz 30 de Setembro, Teresa de Lisieux e Madre Virgínia ficam juntas para fazer descer sobre o mundo uma chuva de rosas. Nos escritos da clarissa madeirense encontrámos vários testemunhos que confirmam esta comunhão fraterna. Durante a primeira Guerra Mundial, com Santa Teresinha já na eternidade, a Madre Virgínia é interpelada na mesma Fonte do Amor, a rezar e a acompanhar os soldados que se encontravam sob os horrores da guerra. Foi assim que, em oração, a Madre Virgínia viu a Ir. Teresinha do Menino Jesus ajudar e consolar, com “extremo carinho”, os soldados prestes a morrer no meio de grandes sofrimentos.
A Madre Virgínia fez longas orações e grandes sacrifícios pela paz do mundo. Foi impulsionadora na devoção a Santa Teresinha do Menino Jesus e da sua poderosa intercessão junto de Deus. Colaborou mesmo no envio de relíquias da santa Carmelita aos soldados portugueses, que partiam de Lisboa para combater na primeira grande guerra mundial.
A religiosa clarissa, ainda na terra, oferecendo os seus sofrimentos, orações e sacrifícios por todos os irmãos vivos e defuntos, partilha, com Cristo e com a sua terna Irmã do Carmelo, o admirável mistério da Redenção. O livro, Uma vida de Amor, da Irmã Otília Rodrigues Fontoura, narra-nos que Santa Teresinha curou milagrosamente a Madre Trindade, religiosa da Apresentação de Maria, através das orações da Madre Virgínia à sua querida benfeitora.

A Eucaristia – fonte de comunhão
A Eucaristia é o maior milagre do Amor que realiza de uma forma singular a admirável comunhão entre o céu e a terra. A caridade do Sangue de Cristo é fonte inesgotável de Vida em comunhão, que, nos santos, é intensamente teste-munhada e revelada. Santa Teresinha do Menino Jesus e Madre Virgínia da Paixão, configuradas com Cristo, não se distanciaram de nós pela irmã morte nem na contemplação da visão trinitária. Pelo contrário, vivem a verdadeira Vida e continuam connosco, louvando, intercedendo e derramando bênçãos divinas sobre o mundo.
A graça da visita das suas relíquias à nossa diocese do Funchal evoca a missão de passar o céu a fazer bem sobre a terra. Santa Teresinha traz um sorriso no olhar, um cântico de Amor no coração e um recado urgente a todos os filhos da Igreja, em especial às crianças e aos jovens: «Sede pequeninos e vivei o Evangelho. Não tenhais medo. Entregai-vos sem reservas ao Amor de Jesus Cristo!».

domingo, agosto 29, 2010

O verdadeiro bem é ficar perto de Deus, explica Bento XVI


Da Redação, com Rádio Vaticano


Reuters
Papa saúda peregrinos reunidos em Castel Cangolfo para o Ângelus deste domingo
Olhar para Cristo “como um modelo de humildade e de gratuidade”. É o convite feito pelo Papa Bento XVI no Ângelus deste domingo, 29, comentando a parábola do Evangelho de hoje onde Jesus afirma que “quando você for convidado para uma festa de matrimônio, não se coloque no primeiro lugar, porque talvez exista um convidado mais digno do que você, e aquele que o convidou pedirá para que você dê o seu lugar".

O último lugar – disse o Papa aos peregrinos reunidos no pátio interno da Residência Apostólica de Castel Gandolfo – pode “de fato, representar a condição da humanidade degradada pelo pecado, condição da qual só a encarnação do Filho Único pode reerguê-la”.

“Por isso, Cristo mesmo tomou o último lugar no mundo - a cruz - e, precisamente com esta humildade radical nos redimiu e nos ajuda constantemente", acrescentou Bento XVI citando sua encíclica ‘Caritas in veritate'.

“Mais uma vez, portanto, - disse o Santo Padre - olhamos para Cristo como modelo de humildade e de gratuidade: d’Ele aprendemos a paciência nas tentações, a mansidão nas ofensas, a obediência a Deus na dor, esperando que Aquele que nos convidou nos diga: ‘Amigo, vem mais perto!’; o verdadeiro bem, de fato, é ficar perto d’Ele”.

O Papa citou em seguida São Luis IX, Rei da França que colocou em prática o que está escrito no Livro de Sirácida (ou Eclesiástico): “Quanto maior você for mais humilde deve ser, e você encontrará graça diante do Senhor”.

Bento XVI lembrou ainda que hoje recordamos o martírio de São João Batista, “o maior entre os profetas de Cristo, que soube renegar a si mesmo para dar espaço ao Salvador, e sofreu e morreu por causa da verdade”. E concluiu pedindo a São João e à Virgem Maria que nos guiem no caminho da humildade, para nos tornarmos dignos da recompensa divina.

Em seguida o Papa concedeu a todos a sua Benção Apostólica.

Antes de se despedir dos fiéis e peregrinos reunidos em Castel Gandolfo, Bento XVI destacou que no próximo dia 1º de setembro celebra-se na Itália o Dia da Salvaguarda da Criação, promovido pela Conferência Episcopal Italiana. É um evento já habitual, importante também no âmbito ecumênico.

“Este ano nos recorda que não pode existir paz sem o respeito pelo ambiente. De fato, temos o dever de entregar a terra às novas gerações em um estado tal que também elas possam dignamente habitá-la e conservá-la. Que o Senhor nos ajude nesta tarefa”.

Saudando os fiéis de língua espanhola o Papa recordou com afeto os mineiros que se encontram soterrados na mina de São José, na região chilena de Atacama.

“Confio eles e seus familiares à intercessão de São Lourenço, assegurando-lhes minha proximidade espiritual e minhas contínuas orações, para que mantenham a serenidade na espera de uma feliz conclusão dos trabalhos que estão sendo feitos para o seu resgate. E a todos – concluiu o Papa - convido a acolher hoje a Palavra de Cristo, para crescer na fé, na humildade e generosidade”.

terça-feira, agosto 24, 2010

Homilia da missa do Papa na solenidade da Assunção da Bem-Aventurada Virgem Maria

O céu é o amor de Deus
onde há lugar também para o homem



O amor de Deus é tão grande, a ponto de reservar um lugar também para o homem, recordou o Santo Padre durante a homilia da missa celebrada na paróquia de S. Tomás de Vilanova em Castel Gandolfo, na manhã de domingo 15 de Agosto, solenidade da Assunção de Maria ao céu. 
Eminência Excelência 
Autoridades
 
Caros irmãos e irmãs
 
Hoje, a Igreja celebra uma das mais importantes festas do ano litúrgico, dedicadas a Maria Santíssima:  a Assunção. No final da sua vida terrena, Maria foi levada de corpo e alma ao Céu, ou seja, à glória da vida terrena, à comunhão completa e perfeita com Deus.
 
No corrente ano celebra-se o sexagésimo aniversário da data em que o Venerável Papa Pio XII, no dia 1 de Novembro de 1950, definiu solenemente este dogma, e gostaria de ler embora seja um pouco complicado a forma da dogmatização. O Papa afirma:  "De tal modo, a augusta Mãe de Deus, arcanamente unida a Jesus Cristo desde toda a eternidade com um único decreto de predestinação, Imaculada na sua Conceição, Virgem pura na sua maternidade divina, Sócia generosa do Redentor divino que alcançou o triunfo total sobre o pecado e sobre as suas consequências, no final, como coroação suprema dos seus privilégios, obteve a graça de ser preservada da corrupção do sepulcro e, vencendo a morte, como já o seu Filho, de ser elevada de corpo e alma à glória do Céu, onde resplandece como Rainha à direita do seu Filho, Rei
 imortal dos séculos" (Constituição apostólicaMunificentissimus Deus, em aas 42 [1959], 768-769). 
Por conseguinte, este é o núcleo da nossa fé na Assunção:  nós acreditamos que Maria, como Cristo seu Filho, já venceu a morte e já triunfa na glória celeste, na totalidade do seu ser, "de corpo e alma".
 
Na segunda Leitura de hoje, São Paulo ajuda-nos a lançar um pouco de luz sobre este mistério, partindo do acontecimento central da história humana e da nossa fé:  ou seja, o acontecimento da ressurreição de Cristo, que é "primícias daqueles que já morreram". Mergulhados no seu Mistério pascal, nós tornamo-nos partícipes da sua vitória sobre o pecado e sobre a morte. Eis o segredo surpreendente e a realidade-chave de toda a vicissitude humana. São Paulo diz-nos que todos nós estamos "incorporados" em Adão, o primeiro e antigo homem, todos nós temos a mesma herança humana, à qual pertence:  o sofrimento, a morte e o pecado. Mas a esta realidade, que todos nós podemos ver e viver todos os dias, acrescenta algo de novo:  nós encontramo-nos não apenas nesta herança do único ser humano, encetado com Adão, mas somos "incorporados" também no novo homem, em Cristo ressuscitado, e assim a vida da Ressurreição já está presente
em nós. Portanto, esta primeira "incorporação" biológica e incorporação na morte, incorporação que gera a morte. A segunda, nova, que nos é conferida mediante o Baptismo, é a "incorporação" que dá a vida. Volto a citar a segunda Leitura hodierna; São Paulo diz:  "Porque, assim como por meio de um homem veio a morte, também a ressurreição dos mortos veio por através de um homem. Porque, assim como todos morrem em Adão, também em Cristo todos serão vivificados. Cada qual, porém, na sua ordem:  Cristo, como primícias; depois, os que são de Cristo, por ocasião da sua vinda" (1 Cor 15, 21-23). 
Pois bem, aquilo que São Paulo afirma a respeito de todos os homens, a Igreja, no seu Magistério infalível, é dito por Maria, de um modo e num sentido específicos:  a Mãe de Deus é inserida em tal medida no Mistério de Cristo, a ponto de ser partícipe da Ressurreição do seu Filho com todo o seu ser, já no final da vida terrena; vive aquilo que nós esperamos no final dos tempos, quando for aniquilado "o último inimigo", a morte (cf.
 1 Cor 15, 26); já vive aquilo que proclamamos no Credo:  "Espero a ressurreição dos mortos e a vida do mundo que há-de vir". 
Então, podemos perguntar-nos:  quais são as raízes desta vitória sobre a morte, prodigiosamente antecipada em Maria? As raízes estão na fé da Virgem de Nazaré, como testemunha o trecho do Evangelho que há pouco ouvimos (cf.
 Lc 1, 39-56):  uma fé que é obediência à Palavra de Deus e abandono total à iniciativa e à obra divina, segundo quanto lhe é anunciado pelo Arcanjo. Por conseguinte, a fé é a grandeza de Maria, como proclama alegremente Isabel:  Maria é "bendita entre as mulheres", "bendito é o fruto do seu ventre", porque é "a Mãe do Senhor", porque acredita e vive de maneira singular a "primeira" das bem-aventuranças, a bem-aventurança da fé. Isabel confessa-o na alegria, sua e do menino que salta de alegria no seu seio:  "Feliz aquela que acreditou que teriam cumprimento as coisas que lhe foram ditas da parte do Senhor" (Lc 1, 45). Queridos amigos, não nos limitemos a admirar Maria no seu destino de glória, como uma pessoa muito distante de nós:  não! Somos chamados a contemplar aquilo que o Senhor, no seu amor, desejou também para nós, para o nosso destino final:  viver através da fé na comunhão perfeita de amor com Ele e, deste modo, viver verdadeiramente. 
A este propósito, gostaria de meditar sobre um aspecto da afirmação dogmática, onde se fala de assunção à glória celestial. Hoje, todos nós estamos perfeitamente conscientes de que, com o termo "céu" não nos referimos a um lugar qualquer do universo, a uma estrela ou a algo de semelhante:  não. Referimo-nos a algo de muito grande e difícil de ser definido com os nossos limitados conceitos humanos. Com este termo, "céu", queremos afirmar que Deus, o Deus que se fez próximo de nós, não nos abandona nem sequer na morte e além da morte, mas tem um lugar para nós e nos concede a eternidade; queremos afirmar que em Deus existe um lugar para nós. Para compreender um pouco mais desta realidade, olhemos para a nossa própria vida:  todos nós experimentamos que, quando uma pessoa morre, continua a subsistir de alguma maneira na memória e no coração daqueles que a conheceram e amaram. Poderíamos dizer que neles continua a viver uma parte de tal pessoa, mas é como uma "sombra", porque também esta sobrevivência no coração dos próprios entes queridos está destinada a terminar. Deus, no entanto, nunca passa e todos nós existimos em virtude do seu amor. Existimos porque Ele nos ama, porque Ele nos pensou e nos chamou à vida. Existimos nos pensamentos e no amor de Deus. Existimos em toda a nossa realidade, não apenas na nossa "sombra". A nossa tranquilidade, a nossa esperança e a nossa paz fundamentam-se precisamente nisto:  em Deus, no seu pensamento e no seu amor, e não sobrevive unicamente uma "sombra" de nós mesmos, mas nele, no seu amor criador, nós somos conservados e introduzidos com toda a nossa vida, com todo o nosso ser na eternidade.
 
É o seu Amor que vence a morte e nos confere a eternidade, e é este amor ao qual chamamos "céu":  Deus é tão grande, a ponto de reservar um lugar também para nós. E o homem Jesus, que é ao mesmo tempo Deus, constitui para nós a garantia de que o ser-homem e o ser-Deus podem existir e viver eternamente um no outro. Isto quer dizer que de cada um de nós não continuará a existir somente uma parte que nos é, por assim dizer, arrebatada, enquanto outras caem em ruína; quer dizer principalmente que Deus conhece e ama o homem todo, o que nós somos. E Deus acolhe na sua eternidade aquilo que
 agora, na nossa vida feita de sofrimento e amor, de esperança, alegria e tristeza, cresce e se realiza. O homem todo, toda a sua vida é tomada por Deus e nele, purificada, recebe a eternidade. Caros amigos, penso que esta é uma verdade que nos deve encher de profunda alegria. O Cristianismo não anuncia somente uma qualquer salvação da alma num além indefinido, no qual tudo o que foi precioso e querido para nós neste mundo seria eliminado, mas promete a vida eterna, "a vida do mundo que há-de vir":  nada daquilo que nos é precioso e querido cairá em ruínas, mas encontrará a plenitude em Deus. Todos os fios de cabelo da nossa cabeça estão contados, disse certo dia Jesus (cf. Mt 10, 30). O mundo definitivo será o cumprimento também desta terra, como afirma São Paulo:  "E também ela [a criação] será libertada da servidão da corrupção para participar, livremente, da glória dos filhos de Deus" (Rm 8, 21). Assim, compreende-se como o Cristianismo incute uma esperança forte num porvir luminoso e abre o caminho para a realização deste futuro. Precisamente como cristãos, nós somos chamados a edificar este mundo novo, a trabalhar a fim de que um dia se torne o "mundo de Deus", um mundo que há-de ultrapassar tudo aquilo que nós mesmos poderíamos construir. Em Maria Assunta ao Céu, plenamente partícipe da Ressurreição do Filho, nós contemplamos a realização da criatura humana segundo o "mundo de Deus". 
Oremos ao Senhor a fim de que nos faça compreender como toda a nossa vida é preciosa aos seus olhos; fortaleça a nossa fé na vida eterna; faça de nós, homens da esperança, que trabalham para construir um mundo aberto a Deus, homens repletos de alegria, que sabem vislumbrar a beleza do mundo futuro no meio dos afãs da vida quotidiana e nesta certeza vivem, acreditam e esperam.
 
Amém!

A escada para o Paraíso de SANTA ROSA DE LIMA

"sem a cruz não há caminho que leve ao céu.

1. depois da tribulação se seguirá a graça;
2. sem o peso das aflições não se pode chegar ao cimo da graça;
3. a medida dos carismas aumenta em proporção da inten
sificação dos trabalhos;
4. Acautelem-se os homens contra o erro e o engano.

É esta a única verdadeira escada do paraíso
.

Não podemos obter a graça, se não sofrermos aflições; cumpre acumular trabalhos sobre trabalhos, para alcançar a íntima participação da natureza divina, a glória dos filhos de Deus e a perfeita felicidade da alma."

Ao mesmo tempo e com a mesma intensidade com que fala de aflições, trabalhos e sofrimentos, Santa Rosa fala da beleza da graça divina. Pois que as aflições, os trabalhos e os sofrimentos são condições vitais para se alcançar tal benefício. E mais: se descobríssemos o valor da graça, não fugiríamos, mas, ao contrário, nos empenharíamos para encontrar penas e aflições.

Na vida dos santos é que encontramos o reflexo das bem-aventuranças do evangelho: "Bem-aventurados os que sofrem...".

São Domingos de Gusmão: O santo que recebeu das mãos de Nossa Senhora o Santo Rosário

Domingos nasceu na Espanha, em Calaruega, perto de Burgos e da abadia de Silos, em 1170. Era filho de Félix de Guzman e de Joana de Aza, mulher que se distinguiu pela grande piedade.
A Domingos, o que o fez santo, foi a educação cristã que recebeuSanto Domingo - Prado_.jpg. Instruído primeiramente na piedade, pela bem-aventurada Joana, e depois pelo preceptor, deu-se ao estudo, com afinco, à oração, com calor, às leituras piedosas, com carinho, e às obras de caridade, com afã.
Por espírito de penitência privava-se dos divertimentos permitidos à idade. Assim, enquanto os jovens da cidade, em bandos ruidosos, buscavam o espairecimento, Domingos, recolhido, procurava a Deus.
Estudando nas escolas públicas, vigiavam, com a maior atenção, o coração e os sentidos. Sempre ocupado com as coisas de Deus, falava pouco e, quando a isto era levado, fazia-o com moderação. Conversar, conversava somente com pessoas virtuosas. Era, então, circunspecto e doce ao mesmo tempo.
Os exemplos da mãe inspiraram-lhe grande devoção a Nossa Senhora e um amor pelos pobres fora do comum. Pelos desprotegidos privava-se de tudo o que possuía. Desfazia-se de dinheiro, de livros, de roupas, para ajudar os infelizes. Destarte, aos vinte anos, já despertava, na cidade em que nasceu, a caridade dos condiscípulos e de todos os habitantes daquela Calaruega de 1190.
A todos os filhos, Joana propiciou sólida educação cristã, imprimindo-lhes o selo de Deus, tanto assim que os três filhos que teve se tornaram religiosos: Domingos seria aquele decantado Domingos que atravessaria os séculos; o mais velho professaria na ordem de São Tiago; e o caçula na ordem dos Irmãos Pregadores, fundada pelo grande irmão.
Joana de Aza, quando o trazia ainda em gestação, sonhou, certa feita, que carregava, no ventre, um cão em cuja boca se prendia, e bem preso entre os dentes, um archote de vivo fogo, fogo esse que se destinava a abrasar o mundo.
Que significava tão estranho sonho? Era um símbolo: na Idade Média, o cão designava os pregadores.
Também a madrinha de Domingos teve um presságio quanto à futura posição do afilhado: viu, uma vez, sobre a cabeça do menino, uma estrela, que dava a entender "que um dia o pequeno seria a luz das nações, e que havia de esclarecer os que jaziam nas trevas e à sombra da morte."
É a estrela que aparece nos quadros do Angélico.
Educado, pois, primeiramente pela mãe, Domingos, depois aos cuidados dum tio, que era arcipreste na vizinhança de Calaruega, aos catorze anos, foi enviado a Palência. Ali estudou com ardor, principalmente teologia, distinguindo-se pela vivacidade, amor ao trabalho e virtudes. A caridade, sobretudo, pairava acima das demais qualidades que o adornavam.
O rumor daquele mérito não tardou a chegar aos ouvidos do bispo de Osma. Assim apenas conheceu o jovem Domingos, agregou-o, sem hesitar, ao seu capítulo.
Depois do ano de 1194, terminados com sucesso os estudos, o predestinado jovem de Calaruega foi residir em Osma, onde se tornou um dos suportes da reforma introduzida pelo bispo.
Por nove anos, o Pai dos pregadores levou vida de claustro. Desta fase da vida de São Domingos nada sabemos, senão que foi para todos os que com ele privavam modelo de piedade e regularidade. Giordano da Saxônia, autor de Libellus de pincipiis ord. Praed., conta-nos que o Santo "vivia confinado ao mosteiro", donde saiu para, com Diego de Acebes, então bispo de Osma, cumprir uma nova missão delicada: pedir para o filho de Afonso IX de Castela, a mão duma princesa das Marcas.
Tudo correu maravilhosamente, e ambos tornaram à Espanha a dar conta do sucesso. O rei, satisfeito, fez com que os dois se incumbissem de trazer a princesa, de modo que o bispo e Domingos, de novo, demandaram as Marcas, para, muito tristemente, constatarem que a jovem que iria desposar o príncipe falecera repentinamente. Ao invés de buscar Castela, Diego enviou mensageiro a Afonso IX, para pô-lo ao par do acontecido, e, com Domingos, rumou para Roma.
O objetivo de Diego de Acebes, em Roma, era tratar com o Papa uma questão que, de há muito vinha acalentando: ver-se livre do bispado, porque queria dar-se todo inteiro à evangelização das tribos nômades e idólatras dos Cumanos, na região do Don e do Volga, desejo que o bom bispo não viu satisfeito, em vista das heresias que então devastavam a cristandade: Inocêncio III, simplesmente, recusara-se tratar do caso de Diego de Acebes, já que outros campos de ação se ofereciam ao zelo do bispo e do companheiro.
Em Languedoc, por exemplo, uma nova heresia surgira que devia ser combatida - a albigense.
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Apenas estabeleceu-se a religião cristã, surgiram-lhe no seio diversas heresias.
Os primeiros séculos da Igreja foram os que produziram maior número de sectários, a cuja frente se encontravam, quase sempre, bispos e arcebispos.
Aparicao de Nossa Senhora a S Domingos_1.jpgNaqueles tempos apareceram sucessivamente os gnósticos, que ensinavam que bastava a fé sem as boas obras, e cujos adeptos se arrogavam um conhecimento sublime da natureza e dos atributos divinos; os nicolaítas, que defendiam que as mulheres deviam ser comuns; os arianos, que negavam a consubstancialidade, ou seja, a igualdade de substância do Filho e do Pai na Trindade... (...)
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Do século XII para o século XIII, vivia tranquila e pacificamente entre o Garona e a margem esquerda do Ródano uma população composta de homens simples, sensatos e valorosos, que a história, mais tarde, designaria com o nome de albigenses, homens que, contaminando por pregações apaixonadas que ameaçavam a Igreja, tornaram-se heréticos, rejeitando a autoridade papal e não admitindo a maior parte dos sacramentos. Pelo ano de 1200, estes hereges de Albi, achavam-se espalhados por quase toda a Europa, mas em maior número e, pois, mais perigosamente, ao longo do curso inferior do Danúbio, no norte da Itália e ao sul da França.
A doutrina filosófica da seita calcava-se num velho princípio pagão: a existência de duas divindades, uma boa, que criara as almas, e outra má, que criara o mundo dos corpos. E, ensinando que os homens deviam resguardar-se de tudo aquilo que fosse corpóreo, acabavam os seus adeptos, a rejeitar o matrimônio, a vida de família, tudo aquilo, enfim, que julgavam fosse de encontro com a pura espiritualidade.
Destarte, os mais ardorosos, os mais zelosos, passavam, muitas vezes, a desejar a morte.
Tanto pela filosofia como pelo modus vivendi, tais hereges eram, pois, naturais inimigos da Igreja Católica.
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O Papa Lúcio III, alarmado com a consistência que tomavam os albigenses, os valdenses, restauradores do donatismo, e outras heresias, reuniu, em 1184, um grande concílio em Verona, do qual participou, espontaneamente, o imperador Frederico I.
Aquele concílio de Verona tomou as mais severas disposições contra os hereges: decretou que os condes, barões e outros senhores jurassem ajudar, e de mão armada, a Igreja, para descobrir e castigar os hereges, sob pena de serem excomungados e perder bens e direitos.
Os demais, que prometessem, também debaixo de juramento, denunciar ao bispo ou aos delegados, todas as pessoas que se suspeitasse viviam, na heresia ou formavam sociedade secretas.
A disciplina canônica, decretada pelo concílio de Verona daquele ano de 1184, faz crer que o estabelecimento da Inquisição datava daquela época.
O advento de Inocêncio III ao pontificado, em 1198, marcou a fase memorável da história da Inquisição. Este Papa, ao ver que a heresia dos albigenses triunfava das bulas apostólicas, insatisfeito com a maneira com que os bispos e delegados executavam as medidas decretadas pelo concílio de Verona, acabou por optar pela adoção de comissários que seriam encarregados de reparar o mal que os prelados não haviam extirpado. E, se não se atreveu, prontamente, a privá-lo da intervenção nos assuntos relativos aos hereges, achou meios de fazer com que a autoridade episcopal se tornasse quase nula.
Em 1203, Inocêncio III encarregou Pedro de Castelnau e a um Raul, ambos monges de Cister, de pregar contra os albigenses. Tais pregações tiveram êxito. Assim, pareceu ao Papa ser favorável o momento para introduzir na Igreja inquisidores dependentes dos bispos, que tivessem o direito de perseguir os hereges.
Diego de Acebes e Domingos de Gusmão, tornaram-se famosos perseguindo hS
 Domingos de 

Gusmão_1.jpgereges com calorosíssimas pregações.
Em 1208, na França, sob o reinado de Filipe II e sob o pontificado de Inocêncio III, teve lugar o definitivo estabelecimento da Inquisição.
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Alguns meses antes da morte de Inocêncio III, São Domingos, cujo zelo em agir contra os hereges tornara-o estimadíssimo do Santo Padre, apresentou-se à corte romana com o fito de obter a autorização para fundar uma ordem destinada a pregar contra as heresias.
O Papa acolheu a ideia com grande satisfação, não escondendo a alegria que lhe ia na alma.
Dada a autorização, Domingos, imediatamente, pôs mão à obra: organizou o instituto e impôs-lhe a regra de Santo Agostinho, porque o concílio Lateranense de 1215 proibia novas Regras para ordens religiosas.
Em vista das novas Ordens, diz Joergensen que, numerosas haviam surgido em torno do ano de 1200, e para por fim à confusão que daí derivava, o concílio formalmente decretara que, no futuro, nenhuma ordem nova seria aprovada pela Igreja, e que nem quer que quisesse fundar uma nova orem, ou construir um novo convento, seria obrigado a aceitar uma das antigas Regras, já aprovadas.
E continua, falando de São Domingos:
Entre os primeiros fundadores atingidos por este decreto estava São Domingos. E, em nota ao seu Livro III, diz Joergensen:
Este fato bastaria para destruir a asserção do escritor dinamarquês Bierfreund, segundo o qual Domingos, ao contrário de Francisco, teria sido sempre o favorito do Papa e da corte romana, e dele teria sempre obtido os privilégios pedidos. E continua o texto:
Segundo Giordano da Saxônia, o Concílio de Latrão reconheceu tanto os frades dominicanos como os frades menores: mas nem uns nem outros puderam obter a aprovação pontifícia de sua Regra. O próprio Domingos, foi expressamente convidado a voltar para casa, e a deliberar com os seus frades sobre a escolha de uma regra a ase impor, entre as de ordens já existentes.
Como é sabido, os dominicanos escolheram a regra de Santo Agostinho; e Honório aprovou a escolha deles, declarando, de modo bastante explícito, que os dominicanos eram "uma ordem de cônegos segundo a Regra de Santo Agostinho".
Morto Inocêncio III, Honório III subiu ao trono imperecível de São Pedro.
Satisfeito com a conduta de Domingos e dos companheiros, o novo pontífice autorizou a propagação da ordem em toda a Cristandade, de modo que, em pouco tempo, a Espanha e a Itália sentiam os seus efeitos.
Os dominicanos, pois, associados com a Inquisição, foram apóstolos da cruzada contra os albigenses, que o conde de Tolosa, senhor deudal, protegia, conde que chegou ao extremo de, em 1208, assassinar o delegado da Santa Sé, Pedro de Castelnau.
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Um dos meios mais eficazes que São Domingos empregou para obter de Deus a conversão dos hereges, ao mesmo tempo, instruir os fiéis, foi a prática e a instituição do Santo Rosário, prática que consiste em se recitar quinze Pai-Nossos, e depois de cada Pai-Nosso, uma dezena de Ave-Marias, para honrar os quinze principais mistérios da vida de Jesus e de sua Santa Mãe. O terço é a sua terça parte. Rezá-lo bem é unir a oração do coração à oração vocal.
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Sixto V aprovou o antigo costume de recitar o Rosário. Gregório XIII instituiu a festa do Rosário. Clemente VIII introduziu-a no Martirológio. Clemente XI estendeu-a a toda a Igreja. Benedito XIII inseriu-a depois no Breviário Romano.
Leão XIII, na Encíclica Diuturni temporis, de 1891, falando sobre a festa do Rosário, diz:
Nós, em perene testemunho de nosso apreço por esta forma de piedade, além de havermos decretados que dita festa eu seu Ofício sejam celebrados em toda a Igreja, co rito duplo de segunda classe, também quisemos que o mês de outubro inteiro fosse consagrado a esta devoção. Enfim, prescrevemos que nas Ladainhas Lauretanas, se acrescentasse a invocação: "Rainha do sacratíssimo Rosário, como augúrio de vitória na presente luta".
O Papa Leão XIII, sobre o Rosário de Nossa Senhora, deixou-nos várias Encíclicas. Na sua Octobri Mense, entre outras coisas, sobre a excelência do Rosário, origem e glórias, escreve:
Ora, como quer que, entre as diversas formas e maneiras de honrar a divina Mãe, são de preferir aquelas que por si mesmas são julgadas mais excelentes e a ela mais agradáveis, apraz-nos expressamente apontar e vivamente recomendar o santo Rosário.
A este modo de orar doi dado, na linguagem comum, o nome de coroa, porque ela também recorda, num feliz enredo, os grandes mistérios de Jesus e de Maria: as suas alegrias, as suas dores e os seus triunfos.
Se os fiéis meditarem e contemplarem devotamente, na ordem devida, estes augustos mistérios, haurirão deles um admirável auxílio, quer em alimentar a sua fé e em preservá-la da ignorância e do contágio dos erros, quer em elevar e fortalecer o vigor do seu espírito. Com efeito, por esse modo o pensamento e a memória de quem reza são, à luz da fé, atraídos com suavíssimo ardor para esses mistérios. Neles concentrados e imersos, nunca se cansarão de admirar a obra inenarrável da Redenção humana, levada a efeito a tão caro preço e com uma sucessão de tão grandes acontecimentos. E, diante destas provas da divina caridade, a alma se inflamará de amor e de ingratidão, consolidará e aumentará a sua esperança, e avidamente visará à Sao Domingos de Gusmao_.jpgrecompensa celeste, preparada por Cristo para aqueles que se Lhe houverem unido pela imitação dos seus exemplos e pela participação das suas dores.
E enquanto isso, com os lábios se pronunciam as orações ensinadas pelo próprio Cristo, pelo Arcanjo Gabriel e pela Igreja. Orações tão cheias de louvores e de salutares aspirações não poderão ser repetidas, sem produzirem sempre novos e suaves frutos de piedade.
Que, pois, a própria Rainha do Céu haja ligado a esta oração uma grande eficácia, demonstra-o o fato de haver ela sido instituída e propagada pelo ínclito São Domingos, por impulso e inspiração dela, em tempos especialmente tristes para a causa católica, e bem diferentes dos nossos, e instituída como um instrumento de guerra eficacíssimo para combater os inimigos da fé.
Com efeito, a seita herética dos albigenses, ora sorrateira, ora abertamente, invadira numerosas regiões, espantosa descendência dos maniqueus, repetia ela os monstruosos erros destes, e renovada as suas hostilidades, as suas violências e o seu ódio profundo contra a Igreja.
Contra essa turba tão perniciosa e arrogante, já agora pouco ou nada se podia contar com os auxílios humanos, quando o socorro manifestamente de Deus, por meio do Rosário de Maria.
Assim, graças à Virgem, gloriosa e debeladora de todas as heresias, as forças dos ímpios foram abatidas e quebradas, e a fé de muitíssimos ficou salva e intacta. E pode dizer-se que semelhantes fatos se verificaram no seio de todos os povos. Quantos perigos conjurados! Quantos benefícios alcançados! A história antiga e moderna aí está para o demonstrar com os mais luminosos testemunhos."
(Vida dos Santos, Padre Rohrbacher, Volume XIV, p. 94 à 114)
São Domingos de Gusmão

domingo, agosto 22, 2010

"A pequena Menina de Nazaré tornou-se Rainha do mundo", diz Papa


Da Redação, com Rádio Vaticano


AP
Fiéis acolhem o Papa Bento XVI para a oração do Ângelus deste domingo, em Castel Gandolfo
“Deus depõe os orgulhosos e poderosos deste mundo e exalta os humildes”: foi o que recordou o Papa Bento XVI ao meio-dia deste domingo, 22, antes de rezar a oração mariana do Ângelus, no pátio interno da residência de verão em Castel Gandolfo, comentando a festa liturgia de hoje da Realeza de Maria. Oito dias após a solenidade da sua Assunção ao Céu, a liturgia nos convida a venerar a Bem-aventurada Virgem Maria com o título de “Rainha”.

“A pequena e simples menina de Nazaré, tornou-se a Rainha do mundo! Esta é uma das maravilhas que revelam o coração de Deus", disse Bento XVI.

“A Mãe de Cristo – explicou ainda o Papa – é contemplada coroada por seu Filho, isto é, associada à sua Realeza universal, como a representam muitos mosaicos e pinturas”. Uma representação que “encontra eco significativo no Evangelho de hoje, onde Jesus diz: “Vejam, há últimos que serão primeiros, e há primeiros que serão últimos”. “Nossa Senhora é o exemplo perfeito de tal verdade evangélica”, disse Bento XVI.

“Na história das cidades e dos povos evangelizados pela mensagem cristã são inúmeros os testemunhos de veneração pública, em certos casos até mesmo institucionais à realeza da Virgem Maria”, continuou o Pontífice chamando a atenção para o fato de que “a realeza de Maria é totalmente relativa à de Cristo”, porque “a Mãe compartilhou com o Filho não só os aspectos humanos” mas “por obra do Espírito Santo” também a “intenção profunda, a vontade divina, de modo que toda a sua vida, pobre e humilde, foi elevada, transformada, glorificada passando através da porta estreita que conduz à salvação, que é o próprio Jesus”.

“Sim, Maria é a primeira a passar através do caminho aberto por Cristo para entrar no Reino de Deus, um caminho acessível aos humildes, àqueles que confiam na palavra de Deus e se comprometem a colocá-la em prática”. Em seguida o Papa concedeu a todos a sua Benção Apostólica.

Na conclusão do encontro com os fiéis e peregrinos em Castel Gandolfo o Papa saudou vários grupos em seus respectivos idiomas. Falando em francês, Bento XVI recordou que faz parte da mensagem cristã a acolhida às pessoas de todas as nações, de todas as culturas.

Os textos litúrgicos de hoje – disse ainda o Pontífice em francês – nos recordam que “todos os homens são chamados à salvação” e contém um convite a acolher as legítimas diversidades humanas seguindo Jesus, que “veio reunir os homens de todas as nações e de todas as línguas”.

O Papa fez ainda uma saudação aos peregrinos de língua portuguesa.

“Saúdo também o grupo brasileiro da paróquia de São Joaquim, diocese de Franca, e demais peregrinos de língua portuguesa, desejando que esta peregrinação vos ajude a fortalecer a confiança em Jesus Cristo e a encarnar na vida a sua mensagem de salvação. De coração vos agradeço e abençôo. Ide com Deus!”

Vimpas

Sendo paramentos usados em muitas dioceses do mundo, incluindo Roma, as Vimpas são pequenas capas servem para portar as insignias episcopais enquanto o bispo não as está endossando. Semelhantes ao véu-umeral, menores e menos enfeitadas, são usadas pelo mitrífero e baculífero que portam mitra e báculo, respectivamente. Suas cores variam conforme a cor litúrgica da cerimônia. Além do significado de respeito com as insignias episcopais, as vimpas possuem um lado prático que é evitar que o suor das mãos dos acólitos sujem ou danifiquem as insignias, mormente o tecido da mitra.





Nesta primeira foto, vemos atrás do Santo Padre, dois acólitos portando vimpas roxas.




Na foto, da celebração de Domingo de Ramos, vemos à esquerda, ao lado do cardeal-diácono, o mitrifero que porta vimpa vermelha com franjas douradas. Ele usá-a para segurar a mitra do Celebrante.




Nesta outra cerimônia, ao lado do diácono, a direita, vemos o baculífero com uma vimpa branca, portando a férula papal.













Na foto à direita, durante um batismo, o baculífero usa-se de uma vimpa branca para portar a férula papal.












Ao lado, têm-se um acólito no qual podemos notar o uso deste mesmo paramento, ao fim da Missa da Ceia do Senhor na 5ª feira Santa.


Embora, em algumas dioceses o librífero usa vimpa ao portar o missal e ao apresentá-lo ao celebrante. Tal prática, é desaconcelhável, pois sugere que o missal possui a mesma dignidade das insignias o que é inverdade, ademais, ao segurar o missal com as mãos envoltas no tecido, corre-se o risco de cobrir parte do texto, amassar a folha ou até mesmo rasgá-la.
Existem casos, inclusive, em que as vimpas foram substituídas por luvas, sob o pretexto de que as vimpas se confundem com o véu-umeral. Todavia esqueceu-se que as vimpas fazem parte do conjunto de paramentos, conservados pela tradição e que as luvas, durante a história da Igreja, foi sempre um privilégio episcopal (que não se estendia nem aos abades). Tais luvas são, portanto, uma imitação descontextualizada das luvas pontificais e substitutas impróprias das vimpas; sendo, portanto, condenável tal uso.
Como podemos observar, as vimpas constituem um exemplo dos muitos paramentos que, além de terem o seu significado litúrgico, são extremamente funcionais. Elas apresentam a dignidade do bispo pelo modo como se segura suas insígnias: não são tocadas diretamente. É, sem dúvida alguma, uma pena que não sejam usadas em muitas missas pontificais: não apenas pela falta de zelo em portar à mitra, sujando-a com o suor das mãos, mas pela abdicação de uma parte do tesouro litúrgico da Igreja Católica.

Mitos Litúrgicos - Mito 16: Vasos Sagrados de qualquer material?



Mito 16. "O cálice e o cibório podem ser de qualquer material"


Não podem.
A Santa Igreja zela pelo material do cálice, cibórios e outros vasos sagrados utilizados nas celebrações. Por exemplo: é expressamente proibido o uso de vasos sagrados de vidro, barro, argila, cristal ou outro material que quebre com facilidade.
Especifica a Instrução Redemptionis Sacramentum (n. 117):

"Os vasos sagrados, que estão destinados a receber o Corpo e o Sangue do Senhor, devem-se ser fabricados, estritamente, conforme as normas da tradição e dos livros litúrgicos. As Conferências de Bispos tenham capacidade de decidir, com a aprovação da Sé apostólica, se é oportuno que os vasos sagrados também sejam elaborados com outros materiais sólidos. Sem dúvida, requer-se estritamente que este material, de acordo com a comum valorização de cada região, seja verdadeiramente nobre, de maneira que, com seu uso, tribute-se honra ao Senhor e se evite absolutamente o perigo de enfraquecer, aos olhos dos fiéis, a doutrina da presença real de Cristo nas espécies eucarísticas. Portanto, reprove-se qualquer uso, para a celebração da Missa, de vasos comuns ou de escasso valor, no que se refere à qualidade, ou carentes de todo valor artístico, ou simples recipientes, ou outros vasos de cristal, argila, porcelana e outros materiais que se quebram facilmente. Isto vale também para os metais e outros materiais, que se corroem (oxidam) facilmente."

O saudoso Papa João Paulo II insiste na utilização dos melhores recursos possíveis nos objetos litúrgicos, como honra prestada ao Corpo e ao Sacrifício de Nosso Senhor. Disse João Paulo II (Ecclesia de Eucharistia, n. 47-48):

"Quando alguém lê o relato da instituição da Eucaristia nos Evangelhos Sinópticos, fica admirado ao ver a simplicidade e simultaneamente a dignidade com que Jesus, na noite da Última Ceia, institui este grande sacramento. Há um episódio que, de certo modo, lhe serve de prelúdio: é a unção de Betânia. Uma mulher, que João identifica como sendo Maria, irmã de Lázaro, derrama sobre a cabeça de Jesus um vaso de perfume precioso, suscitando nos discípulos – particularmente em Judas (Mt 26, 8; Mc 14, 4; Jo 12, 4) – uma reacção de protesto contra tal gesto que, em face das necessidades dos pobres, constituía um « desperdício » intolerável. Mas Jesus faz uma avaliação muito diferente: sem nada tirar ao dever da caridade para com os necessitados, aos quais sempre se hão-de dedicar os discípulos – « Pobres, sempre os tereis convosco » (Jo 12, 8; cf. Mt 26, 11; Mc 14, 7) –, Ele pensa no momento já próximo da sua morte e sepultura, considerando a unção que Lhe foi feita como uma antecipação daquelas honras de que continuará a ser digno o seu corpo mesmo depois da morte, porque indissoluvelmente ligado ao mistério da sua pessoa. (...) Tal como a mulher da unção de Betânia, a Igreja não temeu « desperdiçar », investindo o melhor dos seus recursos para exprimir o seu enlevo e adoração diante do dom incomensurável da Eucaristia. À semelhança dos primeiros discípulos encarregados de preparar a « grande sala », ela sentiu-se impelida, ao longo dos séculos e no alternar-se das culturas, a celebrar a Eucaristia num ambiente digno de tão grande mistério. Foi sob o impulso das palavras e gestos de Jesus, desenvolvendo a herança ritual do judaísmo, que nasceu a liturgia cristã. Porventura haverá algo que seja capaz de exprimir de forma devida o acolhimento do dom que o Esposo divino continuamente faz de Si mesmo à Igreja-Esposa, colocando ao alcance das sucessivas gerações de crentes o sacrifício que ofereceu uma vez por todas na cruz e tornando-Se alimento para todos os fiéis? Se a ideia do « banquete » inspira familiaridade, a Igreja nunca cedeu à tentação de banalizar esta « intimidade » com o seu Esposo, recordando-se que Ele é também o seu Senhor e que, embora « banquete », permanece sempre um banquete sacrificial, assinalado com o sangue derramado no Gólgota. O Banquete eucarístico é verdadeiramente banquete « sagrado », onde, na simplicidade dos sinais, se esconde o abismo da santidade de Deus: O Sacrum convivium, in quo Christus sumitur! - « Ó Sagrado Banquete, em que se recebe Cristo! »"

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Comentário sobre este Mito:

Essa questão do uso de materiais nobres na Sagrada Liturgia é vista com grande pré-conceito por parte de muitos, e considero perfeito o exemplo citado pelo saudoso Papa João Paulo II da mulher que não temeu desperdiçar diante de Nosso Senhor.

O que está por detrás de tudo é o zelo da Santa Igreja, em manifestar com sinais visíveis, a sua fé na Presença Real e Substancial de Nosso Senhor Jesus Cristo no Santíssimo Sacramento do Altar, em Corpo, Sangue, Alma e Divindade, nas aparências do pão e do vinho, como afirma o Catecismo da Igreja Católica (Cat.), nos números 1374-1377.

Além deste exemplo Bíblico da mulher, que João Paulo II cita, temos o exemplo dos Reis Magos, que se alegraram diante do Menino Jesus (Mateus 2,10), adoraram o Menino Jesus e se ajoelharam diante Dele (Mateus 10,11) e ofereceram nobres presentes: ouro, incenso e mirra (Mateus 2,11).
Ouro e incenso que até hoje a Santa Igreja utiliza na Sagrada Liturgia; na mirra, que é um vegetal, talvez possamos ver uma figura das flores que a Santa Igreja tradicionalmente utiliza para ornamentar o altar.

Vejo que muitos trazem questões sociais, e se colocam em um dilema:

"Usar materiais nobres OU ajudar os pobres?"

Quando, na realidade, o princípio que guia a Santa Igreja neste aspecto é:

"Usar materiais nobres E ajudar os pobres!"

A história da Santa Igreja está aí para nos mostrar o o seu maravilhoso serviço em matéria de humanização, amor aos pobres, hospitais, escolas, obras de caridade, e assim por diante. A Igreja é a instituição que mais fez e faz caridade na história!

Aliás, historicamente falando, a Santa Igreja foi responsável por trazer para a sociedade a idéia da dignidade intrínseca da vida humana, idéia esta que inexistia na antiquidade.

Em relação a aquilo que a Santa Igreja possui de bens materiais e não aplica nas obras de caridade, ela utiliza para:

- auxiliar a cumprir a sua própria missão (por exemplo, os seus territórios)

- manter um patrimônio cultural, que em última instância, pertence a toda humanidade (por exemplo, quadros de Michelangelo que há no museu do Vaticano

- utilizar no Culto Divino, isto é, na Sagrada Liturgia

Este Esplendor Litúrgico manifesta, com SINAIS VISÍVEIS, que A SAGRADA LITURGIA NÃO É ALGO QUALQUER.

Ignorar o valor desses sinais sagrados é ignorar a própria alma humana, a influência do meio externo e a importância dos elementos simbólicos. A Liturgia católica é extremamente humana: compatível com todas as necessidades do ser humano.
Como vamos convencer o mundo que A HÓSTIA CONSAGRADA É DEUS, se A tratamos de uma forma qualquer?

Há modernistas que, desejando propagar sua teologia litúrgica revolucionária e incompatível coma Doutrina Católica, e conhecendo bem o valor dos símbolos para o ser humano, fazem questão de desprezar os sinais externos da Liturgia que apontam para sua verdadeira essência e para a adoração de Nosso Senhor na Hóstia Consagrada.

Portanto, NÃO é "Usar materiais nobres OU ajudar os pobres?"


E sim:


"Usar materiais E ajudar os pobres!"

Algumas realidades da Santa Igreja, como a Fraternidade Toca de Assis e a Missão Eucarística Voz dos Pobres manifestam, de forma muito concreta, uma conjugação equilibrada destes dois elementos: vivem o amor aos mais pobres, e o Esplendor Litúrgico. Sabem que o mesmo Deus que adoram, na Hóstia Consagrada, de alguma forma também está presente no pobre. Querem viver entre o Altar de Deus e o Altar dos Pobres.

Infelizmente, em muitos lugares que se usa ainda cálices e cibórios de vidro ou de barro, que são materiais que os documentos da Santa Igreja citados acima expressamente o proíbem.

Utilizam para isso um conceito equivocado de "inculturação", que podemos chamar na verdade "banalização", ou, termo queutilizou o saudoso Papa João Paulo II, na sua fabulosa carta Domicae Cenae, "dessacralização" - isto é, tratar o Sagrado como se não fosse Sagrado.

Por exemplo: eu JÁ VI ser utilizado, dentro da Santa Missa, COPINHO DE PLÁSTICO (sim, desses que se toma suco em bar!), para depositar as Hóstias Consagradas...
Santa Terezinha do Menino Jesus, doutora da Santa Igreja, diz:

"Não é para ficar (somente) no cibório de ouro que Jesus desce todos os dias do céu, mas para encontrar outro céu que lhe é intimamente mais caro que o primeiro: o céu da nossa alma, feita à imagem dele, o templo vivo da adorável Trindade."

Isto NÃO significa, evidentemente, que ela se oponha ou que nós devemos nos opor ao ouro nos cibórios, como já demonstramos acima, com os documentos oficiais da Santa Igreja.

Porém, significa uma coisa:

Que não podemos ser hipócritas, e que o ouro dos cibórios precisa expressar o "ouro" de um coração que adora a Deus!

Nas aparições da Santíssima Virgem em Fátima (Portugal, 1917), oficialmente reconhecidas pela Santa Igreja, quando o Anjo apareceu para as crianças, antes da Virgem aparecer, ele trazia consigo uma Hóstia Consagrada. Prostrando-se por terra, ensinou a elas a seguinte oração:

"Meu Deus: eu creio, adoro, espero-vos e amo-vos. Peço-vos perdão por aqueles que não crêem, não adoram, não esperam e não vos amam."

Que a Grande Mãe de Deus, Mãe da Eucaristia, pela Sua Poderosa Intercessão, nos conceda a graça de crer, adorar, amar e zelar pelo Santíssimo Corpo do Deus-Amor Sacramentado, em todos os altares e tabernáculos...

Mitos Litúrgicos Comentados - Mito 13: Comunhão de joelhos e na boca?

 


Mito 13: "É errado comungar na boca e de joelhos"

Não é.

A norma tradicional para receber o Corpo de Nosso Senhor, mantida como a única forma lícita por muito séculos, é que se receba diretamente na boca e estando de joelhos, como sinal de reverência e adoração.

Após o Concílio Vaticano II, Roma permitiu, devido ao pedido de algumas conferências episcopais, que em alguns locais os fiéis que desejassem pudessem receber o Corpo de Nosso Senhor na mão.

Por outro lado, os documentos oficiais da Santa Igreja recomendaram que o costume de comungar na boca fosse conservado, e proíbem expressamente que os sacerdotes e demais ministros neguem o Corpo de Nosso Senhor diretamente na boca a quem deseja receber desta forma.

A instrução Memoriale Domini, publicada pela Sagrada Congregação para o Culto Divino em 1969, afirma que, se na antigüidade, em algum local foi comum a prática dos fiéis receberem o Corpo de Nosso Senhor na mão, houve nas normas litúrgicas um amadurecimento neste sentido para que se passasse a receber o Corpo de Nosso Senhor diretamente na boca.

Diz o documento:

"Com o passar dotempo, quando a verdade e a eficácia do mistério eucarístico, assim como apresença de Cristo nele, foram perscrutadas com mais profundidade, o sentido da reverência devida a este Santíssimo Sacramento e da humildade com a qual ele deve ser recebido exigiram que fosse introduzido o costume que seja o ministro mesmo que deponha sobre a língua do comungante uma parcela do pão consagrado."

Mas quais são as vantagens que há em receber o Corpo de Nosso Senhor diretamente na boca? O mesmo documento fala de duas: a maior reverência à Sua Presença Real e a maior segurança para que não se percam os fragmentos do Seu Corpo. Assim ele afirma:

"Essa maneira de distribuir a santa comunhão deve ser conservada, não somente porque ela tem atrás de si uma tradição multissecular, mas sobretudo porque ela exprime a reverência dos fiéis para com a Eucaristia. Esse modo defazê-lo não fere em nada a dignidade da pessoa daqueles que se aproximam desse sacramento tão elevado, e é apropriado à preparação requerida para receber o Corpo do Senhor da maneira mais frutuosa possível. Essa reverência exprime bem a comunhão, não "de um pão e de uma bebida ordinários" (São Justino), mas do Corpo e do Sangue do Senhor, em virtude da qual "o povo de Deus participa dos bens dosacrifício pascal, reatualiza a nova aliança selada uma vez por todas por Deus com os homens no Sangue de Cristo, e na fé e na esperança prefigura e antecipa obanquete escatológico no Reino do Pai" (Sagr. Congr.. dos Ritos, Instrução Eucharisticum Mysterium, n.3) Por fim, assegura-se mais eficazmente que a santa comunhão seja administrada com a reverência, o decoro e a dignidade que lhe são devidos de sorte que seja afastado todo o perigo de profanação das espécies eucarísticas, nas quais, "de uma maneira única, Cristo total e todo inteiro,Deus e homem, se encontra presente substancialmente e de um modo permanente"(Sagr. Congr. dos Ritos, Instrução Eucharisticum Mysterium, n. 9); e para que seconserve com diligência todo o cuidado constantemente recomendado pela Igreja noque concerne aos fragmentos do pão consagrado."

As normas litúrgicas são bem claras em afirmar que "os fiéis jamais serão obrigados a adotar a prática da comunhão na mão." (Notificação da Sagrada Congregação para o Culto Divino, de Abril de 1985).

Aqueles que comungam na mão precisam atentar, ainda, para que não se percam pequenos fragmentos da Hóstia Consagrada, nos quais também Nosso Senhor esta presente por inteiro - isto seria, de fato, uma profanação. Também se permitiu, em alguns locais, que se receba o Corpo de Nosso Senhor estando em pé. Mas da mesma forma que a Sagrada Comunhão na mão, isto se permitiu como uma concessão à regra tradicional,afirmando-se que os que desejarem receber o Corpo de Nosso Senhor ajoelhados, em sinal de adoração, são livres para fazê-lo. É o que afirma a Sagrada Congregação para o Culto Divino e Disciplina dos Sacramentos:

"A recusa da Comunhão a um fiel que esteja ajoelhado, é grave violação de um dos direitos básicos dos fiéis cristãos. (...) Mesmo naqueles países em que esta Congregação adotou a legislação local que reconhece o permanecer em pé comopostura normal para receber a Sagrada Comunhão, ela o fez com a condição de que os comungantes desejosos de se ajoelhar não seria recusada a Sagrada Eucaristia.(...) A prática de ajoelhar-se para receber a Santa Comunhão tem em seu favoruma antiga tradição secular, e é um sinal particularmente expressivo de adoração, completamente apropriado, levando em conta a verdadeira, real esignificativa presença de Nosso Senhor Jesus Cristo debaixo das espécies consagradas. (....) Os sacerdotes devem entender que a Congregação considerará qualquer queixa desse tipo com muita seriedade, e, caso sejam procedentes,atuará no plano disciplinar de acordo com a gravidade do abuso pastoral."(Protocolo no 1322/02/L)

Tal intervenção foi reiterada em 2003.

Também a instrução Redemptionis Sacramentum, instrução publicada pela mesma congregação em 2004, determina (n. 91):

"Qualquer batizado católico, a quem o direito não o proíba, deve ser admitido à sagrada Comunhão. Assim pois, não é lícito negar a sagrada Comunhão a um fiel, por exemplo, só pelo fato de quererreceber a Eucaristia ajoelhado ou de pé."

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Comentário sobre este Mito (02/07):

O Papa Bento XVI, nosso Santo Padre, surpreendeu a muitos a partir de 2008, quando restaurou o uso do genuflexório para a Comunhão e em suas Missas em Roma, com os fiéis passando a receber dele o Corpo de Deus de joelhos e na boca.

O significado disso é que Nosso Senhor Jesus Cristo que Nosso Senhor Jesus Cristo está presente verdadeiramente no Santíssimo Sacramento do Altar, em Corpo, Sangue, Alma e Divindade, nas aparências do pão e do vinho, como afirma o Catecismo da Igreja Católica (Cat.), nos números 1374-1377.

Sobre este assunto, o Pe. Paulo Ricardo de Azevedo Júnior assim abordou em sua entrevista concedida ao nosso blog, explicando também as razões do Papa para tomar tal atitude:

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"Eu devo confessar uma coisa: eu, durante vários anos como padre, insisti terminantemente que as pessoas comungassem na mão, devido aos meus estudos. Eu estudei as catequeses mistagógicas de São Cirilo, e lá ele ensina a comungar na mão. E eu insistia nisso, porque afinal das contas, são os Santos Padres que estão nos ensinando; é a volta às fontes. E eu insistia nisso, e ficava até com raiva quando um seminarista vinha comungar na boca. Mas vejam: eu sou canonista, e também sabia que o seminarista tinha o direito de receber a comunhão na boca. Por isso, eu não proibia, só ficava incomodado. Tudo isso era o que eu lutava e cria até a pouco tempo atrás, até que Bento XVI me deu uma rasteira.


Bento XVI começou a dar a comunhão na Liturgia do Papa para os fiéis de joelhos, num genuflexório e na boca. Eu fiquei inicialmente chocado com aquilo, até que eu fui estudar. Por que ele é Papa! Se ele está tomando uma atitude, alguma razão tem. Então eu fui estudar quais são as razões, e como é que surgiu a comunhão na mão.


A primeira coisa que me espantou: descobri que a comunhão na mão - que é algo que podemos fazer, porque foi permitido – ela é uma excessão, segundo a lei canônica; ou seja, canonicamente a forma normal, comum, corriqueira , de se comungar, é na boca. É isso que foi colocado na legislação por Paulo VI e está nas várias legislações de João Paulo II. Mas desde que Paulo VI concedeu a comunhão na mão, ela é claramente uma exceção, permitam-me a redundância, excepcionalíssima. Vamos ficar com a verdade: a atual legislação da Igreja diz que a comunhão normal é na boca.


No Missal de Paulo VI , quando ele foi aprovado em 1969 e 1970 – são as primeiras aprovações do Missal que nós celebramos – não existe nenhuma referência à comunhão na mão. A coisa surgiu depois. E investigando, eu descobri que nos países do Norte da Europa – Holanda, Alemanha... – o pessoal começou a comungar na mão por iniciativa própria, por desobediência. O Papa ficou sabendo, e o Vaticano disse: parem com isso! Mas o pessoal continuou. Então chegou uma hora em que, para não ter uma rebelião em massa, o Vaticano deu uma autorização as Conferências Episcopais – como a CNBB, aqui no Brasil, por exemplo – para que elas, se acharem oportuno, peçam permissão a Santa Sé e a Santa Sé então dá permissão para a Conferência receber a comunhão na mão; mas o normal continua sendo a comunhão na boca. E isso eu descobri lendo um livro de um Arcebispo que foi responsável por toda a Reforma Litúrgica: Dom Annibale Bugnini (La Riforma Liturgica 1948 – 1975, Roma: CVL). Foi ele o chefe da comissão responsável por elaborar o Missal que nós temos hoje. E isso ele disse claramente, é ele que narra; eu não ouvi isso de uma fofoca.


Quais são as razões de Bento XVI agora estar dando a comunhão na boca e de joelhos? O Papa já falou algumas vezes, quando ele era cardeal, e ultimamente ele tem falado através dos seus ajudantes. Portanto, as informações que vou passar aqui são de ajudantes do Papa, como seu mestre de cerimônias, Mons. Guido Marini; o ex-secretario da Congregação para o Culto Divino, Dom Ranjith, e o atual Prefeito da Congregação para o Culto Divino, cardeal Cañizares. O Papa acha que nós estamos correndo um risco muito grande de perder a devoção e a fé na Eucaristia. Infelizmente, em alguns lugares da Igreja, a Presença Real de Jesus na Eucaristia está se tornando uma piada: ninguém acredita mais.


São Cirilo de Jerusalém, em suas Catequeses Mistagógicas, recomendava aos seus fiéis que recebessem a comunhão nas mãos, e eu não estou recriminando isso: não é pecado receber a comunhão na mão. Mas São Cirilo não vive nos nossos dias, e eu duvido que na época dele houvesse esse tipo de escândalo que existe hoje, de gente que perdeu a fé na Presença Real de Jesus na Eucaristia. Isso é muito grave e nós precisamos fazer alguma coisa.


Não é uma questão de arqueologia litúrgica: se formos fazer arqueologia, é evidente que a comunhão na mão é muito mais antiga, é muito mais tradicional, do que a comunhão de joelhos e na boca. Mas o problema é que nós estamos em uma época em que a Presença Real de Jesus na Eucaristia está sendo esquecida, deixada de lado, e isso mudou a minha opinião: o Papa tem razão. Uma pessoa que recebe a comunhão de joelhos está se inclinando diante da Majestade de Deus: Deus é Deus, eu não sou nada. A pessoa que está recebendo a Comunhão na boca porque até a migalha mais pequenina da Hóstia Consagrada é preciosa; não somente é pedagógico, mas é verdadeiramente adoração, é verdadeira devoção eucarística, é verdadeira entrega a Deus.


Nos tempos que correm, nós não podemos nos dar ao luxo de arqueologismos litúrgicos. No primeiro milênio não tinha comunhão na boca, mas também não tinha herege que não acreditava na Presença Real de Jesus na Eucaristia. Nós estamos em um tempo diferente, e a Igreja evolui também na sua forma de demonstrar devoção a Cristo. Foi de mil anos para cá que começaram aquelas heresias que negaram a Presença de Cristo na Eucaristia que culminaram com a reforma protestante, que a negou de vez, e agora estamos nessa situação.O Papa está nos dando exemplo de devoção eucarística, de verdadeira união a tradição da Igreja, mas uma tradição que sabe evoluir ao longo dos tempos; a Igreja sabe, como mãe e mestra, colocar o remédio certo na hora certa. E em um tempo em que, infelizmente, acontecem abusos e padres que perdem a fé na Presença de Jesus na Eucaristia, a Igreja como mãe e mestra quer renovar essa fé."


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Citamos também as palavras de Mons. Albert Ranjith (na época, nada menos que Secretário da Congregação para o culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos), no prefácio do livro "Dominus Est", de autoria do Bispo Athanasius Schneider (o livro é fabuloso, foi publicado recentemente e nós publicamos um comentário em nosso blog):



"O Papa Bento XVI ... esclarece que "receber a Eucaristia significa colocar-se em atitude de adoração d'Aquele que comungamos. ...somente na adoração pode maturar um acolhimento profundo everdadeiro."(Sacramentum Caritatis 66).Seguindo essa tradição, fica claro que se tornou coerente e indispensável tomar ações e atitudes de corpo e espírito que facilitem [entrar em] o silêncio, o recolhimento e a aceitação humilde de nossa miséria face à grandeza e a santidade infinitas Daquele que vem ao nosso encontro sob as espécies Eucarísticas. A melhor forma de expressar nosso senso de reverência para com o Senhorna Missa é seguir o exemplo de Pedro, quem, como nos diz o Evangelho, atirou-se de joelhos ante o Senhor e disse, "Retira-te de mim, Senhor, porque sou um homem pecador." (Lc 5, 8) Atualmente podemos observar que em algumas igrejas essa prática está decrescendo e aqueles responsáveis além de exigirem que os fiéisdevam receber a Santíssima Eucaristia de pé, ainda eliminam todos os genuflexórios, forçando os fiéis a se sentarem ou permanecerem de pé,mesmo durante a elevação e adoração das [Sagradas] Espécies. É irônico que tais medidas tenham sido tomadas em [algumas] dioceses por aqueles que são os responsáveis pela liturgia, ou em igrejas, por pastores, sem sequer fazerem uma mínima consulta aos fiéis, adespeito de hoje em dia, muito mais do que antes, haver um ambientedesejoso de democracia na Igreja. Ao mesmo tempo, acerca da comunhão nas mãos, deve-se reconhecer que aprática foi impropriamente e rapidamente introduzida em algumasdioceses da Igreja logo após o Concílio, mudando aquela antiqüíssima prática, tornando-a uma prática regular em toda a Igreja. [...]
Quaisquer que sejam as razões para esta prática, não podemos ignoraro que está acontecendo no mundo inteiro onde a mesma tem sido implantada. Esse gesto tem contribuído para um gradualenfraquecimento da atitude de reverência para com a sagradas espécies Eucarísticas, enquanto que na prática anterior salvaguardava-semelhor o sentido de reverência."


E referindo-se a Comunhão de joelhos e na boca, afirma:


"Agora eu penso que é o momento ideal para se rever e reavaliar tão boas práticas e, se necessário, abandonar a prática corrente que não foi exigida nem pela Sacrosanctum Concilium nem pelos Padres da Igreja, mas foi apenas aceita depois de sua introdução ilegítima em algum países. Agora, mais do que nunca, nós temos a obrigação deajudar os fiéis em desenvolver novamente uma fé profunda na Presença Real de Cristo nas espécies Eucarísticas a fim de que se fortaleça avida da Igreja e a defenda em meio ás perigosas distorções da fé queesta situação continua causando."
E prosseguindo esta reflexão, vejamos os dois lados da moeda:


Quanto à comungar de joelhos, reforço primeiramente um lado: há, para o Brasil, a concessão para se comungar de pé e na mão. NÃO é o caso de se ver como desobediente alguém por comungar de pé e na mão, onde há autorização para iso.


Por isso, fica claro que NÃO estamos falando aqui, absolutamente, de "legalismo", já que, nestes casos que falamos, comungar de joelhos e na boca vai além do que as normas litúrgicas obrigam; mas sim, procurando entender o valor desses gestos que a tradição católicos tanto valoriza.


Retomamos o que já dissemos anteriormente:


Se eu estou ajoelhado, estou recordando a mim mesmo e a quem me vê que NÃO estou diante de algo qualquer, mas DIANTE DE DEUS. E isso me incentiva a Adorá-lo!


Ignorar o valor desses sinais sagrados é ignorar a própria alma humana, a influência do meio externo e a importância dos elementos simbólicos.


A Liturgia católica é extremamente humana: compatível com todas as necessidades do ser humano.
Passemos a palavra ao Cardeal Ratzinger, hoje Papa Bento XVI, no seu maravilhoso livro "Introdução ao Espírito da Liturgia":


"É possível que a posição de joelhos se tenha tornado estranha à cultura moderna - na medida que esta última se tenha afastado da Fé, não reconhecendo mais Aquele perante o qual o gesto correte é intrínseco é - estar de joelhos. Quem aprende a ter fé, também aprende a ajoelhar-se; uma Fé ou uma Liturgia que desconhecesse a genuflexão seria afetada num ponto central. Onda ela se perdeu, tem que ser reaprendida, para que a nossa oração permaneça na Comunidade dos Apóstolos, dos Mártires, de todo o Cosmos e em união com o próprio Jesus Cristo."


Vivemos em uma sociedade de imagens, e "uma imagem fala mais do que mil palavras"...


No sentido de resgatar o belo gesto litúrgico da Comunhão de joelhos, muitas experiências tem sido feitas em todo Brasil (algumas por nós mesmos, outras que publicamos no blog...) de, ***em ambientes pastoralmente preparados para isso*** (isto é, com um público já tendo recebido uma formação espiritual e catequética básica a respeito da Eucaristia, com o apoio do sacerdote...), se seguir o exemplo do Papa e se colocar um genuflexório para o momento da Comunhão, para que aqueles que desejam comungar de joelhos sintam-se mais a vontade para o fazerem.
 
Vemos que muitos tem esse desejo de comungar de joelhos, mas sentem-se contrangidos para isso. Essa sugestão do genuflexório (repetimos: em ambiente ***pastoralmente preparados para isso***, com o apoio do sacerdote!) seria uma solução para isso. E NÃO se trata, evidentemente, de impor a Comunhão de joelhos; até porque aqueles que desejarem comungar em pé, mesmo com o genuflexório em frente, são livres para o fazer.


Nestes casos, na hora da comunhão pode ser orientado algo como:


"Os que desejaram, poderão se ajoelhar no genuflexório para, em sinal de adoração receber o Corpo de Nosso Senhor de joelhos..."


Mas por outro lado, temos recebido notícias escandalosas, de várias partes do Brasil, de sacertotes e ministros que tem negado ministrar o Corpo de Nosso Senhor à quem deseja recebê-Lo ajoelhado, fazendo-o passar por uma situação humilhante e constrangedora e gerando um escândalo enorme.


Algumas vezes - EU JÁ VI! - com um grosseiro "LEVANTA!", em plena fila da Comunhão...e com o Corpo de Deus na mão! De uma forma grosseira e mal-educada que, socialmente, não seria aceita nem em fila de supermercado...


Como já falamos anteriormente, temos então, nestas situações em que citamos, algo como se fosse uma "joelhofobia" (como já falamos sobre um artigo) em desacordo com o senso litúrgico e em desobediência explícita à lei da Santa Igreja. E escuto para isso argumentações como: "Deve-se estar não de joelhos, mas em pé como sinal de prontidão"; ou "A Eucaristia é banquete e ninguém come ajoelhado"; ou ainda "A Eucaristia é para ser comida, não para ser adorada".Ora, todas estas argumentações estão equivocadas, pois a Hóstia Consagrada é a Presena Real e Substancial de Nosso Senhor!


Por isso mesmo que o citado documento de Roma (da Sagrada Congregação para o Culto Divino e Disciplina dos Sacramentos, Protocolo no 1322/02/L, com reeiteração em 2003) afirma que "a recusa da Comunhão a um fiel que esteja ajoelhado, é grave violação de um dos direitos básicos dos fiéis cristãos."


E ainda afirma o mesmo documento:


"Os sacerdotes devem entender que a Congregação considerará qualquer queixa desse tipo com muita seriedade, e, caso sejam procedentes,atuará no plano disciplinar de acordo com a gravidade do abuso pastoral."


A Instrução Redemptionis Sacramentum afirma ainda que todos tem responsabilidade em procurar corrigir os abusos litúrgicos, mesmo quando isso implica em expor queixa aos superiores. Diz o documento (n. 183-184):


"De forma muito especial, todos procurem, de acordo com seus meios, que o santíssimo sacramento da Eucaristia seja defendido de toda irreverência e deformação, e todos os abusos sejam completamente corrigidos. Isto, portanto, é uma tarefa gravíssima para todos e cada um, excluída toda acepção de pessoas, todos estão obrigados a cumprir este trabalho. Qualquer católico, seja sacerdote, seja diácono, seja fiel leigo, tem direito a expor uma queixa por um abuso litúrgico, ante ao Bispo diocesano e ao Ordinário competente que se lhe equipara em direito, ante à Sé apostólica, em virtude do primado do Romano Pontífice. Convém, sem dúvida, que, na medida do possível, a reclamação ou queixa seja exposta primeiro ao Bispo diocesano. Para isso se faça sempre com veracidade e caridade."
Nas aparições da Santíssima Virgem em Fátima (Portugal, 1917), oficialmente reconhecidas pela Santa Igreja, quando o Anjo apareceu para as crianças, antes da Virgem aparecer, ele trazia consigo uma Hóstia Consagrada. Prostrando-se por terra, ensinou a elas a seguinte oração:


"Meu Deus: eu creio, adoro, espero-vos e amo-vos. Peço-vos perdão por aqueles que não crêem, não adoram, não esperam e não vos amam."


Que pela intercessão da Santíssima Virgem, Mãe da Eucaristia, e dos santos anjos que rodeiam os altares de Deus, nós possamos crer por aqueles que não crêem, adorar por aqueles que não adoram, esperar por aqueles que não esperam em Deus e amar por aqueles que não amam o Deus-Amor Sacramentado..."