A Santa Missão é a
atualização do Mistério Redentor de Nosso Senhor Jesus Cristo realizado no alto
da Cruz, mas de forma incruenta, ou seja, se o derramamento de sangue. A Santa
Missa é o mesmo sacrifício de da cruz, não uma cópia ou uma representação,
assim, um sacrifício incruento não precisa de diretores fantásticos, nem de
expectadores animados, precisa de devoção, silêncio e entrega para viver o
mistério renovado.
O Concilio Vaticano II
iniciou um grande processo de abertura da Igreja Católica para a realidade dos
povos, sua cultura, e não intenção de dar um novo ardor á pregação do
Evangelho. Apesar da sua boa intenção em tentar atualizar a
Igreja, os resultados deste Concílio, para alguns estudiosos, ainda
não foram totalmente entendidos nos dias de hoje, enfrentando por isso vários
problemas que perduram, um desses problemas é devido a celebração da Santa
Missa. O Vaticano II fez grande modificações acerca da celebração do Santo
Sacrificio, modificações essas que foram mal interpretadas pelos Padres e
fieis., umas das modificações foi a introdução da língua vernácula na Liturgia,
o uso facultativo do véu para as mulheres e a celebração do Sacrifício com o
celebrante voltado para o povo.
Quando houver abalos na fé houve em geral subversões
na Liturgia. As extravagâncias doutrinais dos gnósticos no século II,
fizeram-nos cair em extravagâncias litúrgicas. Entre eles, Valentim servia-se
dos hinos litúrgicos para neles vazar as suas doutrinas, como refere Tertuliano
(...). As grandes heresias que nos séculos IV e V sacudiram a Igreja, buliram
também a Liturgia. E assim ao longo de toda a história da Igreja. Hoje a grande
extravagância que ocorre a é alguns padres e fieis querem transformar a Santa
Missa – sacrifício renovado da cruz – em um show, um espetáculo fantástico,
onde eu controlo e ela deve adaptar-se a minha vontade e ás minhas condições –
e o pior de tudo é que alguns dizem que essa foi à proposta do Vaticano II. Mas
o que o Vaticano II quis propor foi um acesso livre aos tesouros da fé por
parte dos fieis. Podemos dizer que antes os fieis tinha que se submeter à
Verdade da Igreja, não que hoje seja diferente, mas hoje a Igreja busca como
Mãe que caminha junto aos seus filhos educa-los na fé e leva-lo ao conhecimento
da Verdade através de uma compreensão e aceitação de livre vontade.
Desde que assumiu a Cátedra de Pedro o Sumo Pontífice
Bento XVI tem buscar renovar o espirito litúrgico da Igreja, e em relação a esses
abusos cometidos, principalmente por parte de alguns padres, em relação a
celebração do Santo Sacrifício ele nos diz:
“A liturgia não é
um show, um espetáculo que necessite de diretores geniais e de atores de
talento. A liturgia não vive de surpresas simpáticas, de invenções cativantes,
mas de REPETIÇÕES SOLENES. Não deve exprimir a ATUALIDADE e o seu EFÊMERO, mas
o mistério do Sagrado.” - Benedictus PP. XVI
Vocês
podem estar se perguntando porque enfatizo que os maiores “culpados” pelos
exageros e até muitas vezes absurdos cometidos na Liturgia, principalmente na
renovação do Santo Sacrifício, são os Padres. Digo que são os Padres porque
eles são responsáveis pela Comunidade paroquial, diocesana e consequentemente
universal. Pois se os Padres “baseados” na doutrina exposta pelo Vaticano II incentivam
esses espetáculos fantásticos essas criações mirabolantes durante a Santa Missa,
como os fieis iram tomar uma consciência que o que se realiza ali, diante dois
seus próprio olhos, é o mistério da Cruz?
Esse ano
celebramos 50 anos do Concilio Vaticano II, e por essa ocasião iremos viver o
Ano da Fé convocado por Sua Santidade Bento XVI, esse se iniciará no dia 11 de
outubro e via até a Solenidade de Cristo Rei do Universo – 23 de novembro de
2013. Esse ano da fé tem o desejo de levar os fieis a redescobrirem, ou melhor,
descobrirem o verdadeiro espirito do Vaticano II e de como expressar
verdadeiramente a minha fé – sem exageros ou coisas mirabolantes.
Não
precisamos de coisas fantásticas para expressar a nossa fé, pois a vontade de
Deus é “que creiamos naquele que Ele enviou” (Jo 6,29). Vivamos o mistério da
Santa Missa como se estivéssemos no calvário ao lado da Santissima Virgem das
Dores – e lá estamos, pois o calvário é trazido até nós; “Durante a Missa o
Senhor é levantado, a árvore da Cruz se levanta e o Senhor é erguido. A
elevação da Missa é elevação do Cristo no Calvário.” (Pe. Roberto Littiere). Durante
a Missa o sacerdote é o Cristo, é o persona Cristo, e não um direitor de
cinema, teatro, novelas ou espetáculos. A
Santa Missa não pode transforma-se em reunião fraterna, pois o mistério do
Calvário não pode ser subvertido ou diminuído. Hoje é tudo muito automático,
muito frio, alguém manda eu faço, ou eu achou bonito e faço.
Nos últimos meses durante suas celebrações na Praça
de São Pedro, o Papa Bento XVI, através do seu porta voz, pediu aos fieis que
não agitassem as bandeiras nem batessem palmas, mas conservassem o silêncio
durante a santa Missa. Nesse contexto do silêncio na Santa Missa alguns se perguntam
como ficará a Renovação Carismática Católica, iremos dialogar sobre essa
situação na próxima postagem.
Por Jackson Silva