Estava-se nos últimos dias do carnaval, Catarrina encontrava-se sozinha em sua cela e rezava pelos que se divertiam. Sua vida nunca deixava de ser um perpétuo jejum. Sentia-se triste, pois não ignorava que, nesses dias em que o povo se entregava aos prazeres dos sentidos, muitos dos seus concidadãos se desembaraçavam dos escrúpulos que uma piedade convencional lhes impunha, para se precipitarem voluntariamente no pecado mais grosseiro.
Catarina rezava, flagelava-se, suplicando ao Mestre que perdoasse a quantos O ofendiam. D'Eles recebeu esta resposta:
"Por minha causa rejeitaste as vaidades do mundo e os prazeres dos sentidos, e Me escolhestes para delícia de teu coração. Eis porque, no dia de hoje, enqaunro os demais membros de tua casa se divertem e cuidam de si mesmos, comendo e bebendo á vontade, Eu celebrarei com tua alma um noivado solene e farei de ti Minha esposa na fé, como te prometi".
Nessa ocasião, apareciam em torno de Cristo, sau bem-aventurada Mãe, os Apostolos São João Evangelista e São Paulo, e o rei-poeta, David. Este último empunhava uma harpa, da qual estría suaves melodias. Tal como é de uso nas cerimônias de casamento, a Virgem Maria adiantou-se e tomou a mão direita de Catarina, que entregou a Seu Filho, pedindo-Lhe recebesse-a como esposa na fé, segundo Sua promessa. Jesus colocou no dedo de Catarina um belo anel, ornado de um diamante cercado por quatro pérolas enormes. O Senhor pronunciou então os termos rituais do compromisso matrimonial: "Declaro-re Minha noiva para a eternidade, na fé perfeita que te conservará pura e imaculada até que na alegria festejemos nossas bodas no céu. deste momento em diante, Minha filha, serás capaz de realizar sem hesitação todas as tarefas que receberes de Mim. Munida das armas da fé, triunfarás de todos os teus adiversário."