Um dia caminhando no centro de Asuncion no Paraguay, me deparei com uma cena que talvez nos paressa muito normal. Um mendigo deitado em um lugar muito sujo e com um mal cheiro "terrivel". Aquele homem desfigurado, de cabelos e barba longos, me olhou, talvez com um pouco de medo, ou por meu habito e pés no chão, ou por ser o primeiro a parar ao seu lado. Arrisquei umas duas palavras em espanhol, mais ele não respondeu nada, só me olhava. Logo percebi que ele não me entendia, não por meu espanhol mal falado, mais porque ele não falava nem espanhol.
Me senti impotente, e esperimentei algo estraordinário. Eu não poderia lhe dar nada, nem minhas palavras, só minha presença.
Me lembrei então daquela presença escondida de Jesus nos pobres, e senti vergonha dele, porque só queria dar-lhe algo e não percebi que ali era Ele que me dava algo. Quando tentei depedir-me, ele, ainda olhando-me fixamente, disse duas palavras: "horaihú paý".
No Paraguay se chama os padres de "paý", que em guarany significa pai ou paizinho. É tão bonito chamar um padre de paizinho!
Aquele Cristo, ali caido e sujo, disse que me amava!!!!
Fazer a experiência do Cristo pobre, nos proporciona um crecimento de alma que não somos capazes de imaginar. Nesta quarema, convido você a fazer essa experiência. Se aprocime de um "Cristo caido", e não lhe dê nada, mais seja com ele. Pegue em suas mãos, olhe nos seua olhos sofridos. Ame-Ô, sem recompensas!
Talvez, conseguissemos acolher todos os pobres do mundo,em belas casas planejadas e perfumadas, com todo o conforto que eles precisam e merecem, e nunca encontremos Jesus neles. Madre Tereza acolheu milhares, mais fez sua experiência da presença escondida, com um pobre que ela nem tocou.
Horaihú em guarany significa eu te amo.
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