domingo, junho 13, 2010

Santa Joana de Valois

Santa Joana de Valois, filha do rei Luís XI, nasceu muito feia e com deformações físicas. Em contrapartida, o Céu revelou nela, desde muito cedo, uma alma superior. Sua piedade e devoção para com a Virgem Maria marcou sua alma com o selo dos predestinados. Quando Joana tinha apenas cinco anos de idade, a Mãe de Deus dignou-se comunicá-la que ela era chamada a fundar, em Sua honra, uma Ordem cujo objetivo principal seria a imitação de Suas virtudes.
Contra a sua vontade, Joana teve que se casar com um príncipe que lhe tinha aversão e jamais a olharia como sua esposa. Após alguns anos repletos de provações, o rei Luís XI morreu e esta união, contraída em condições deploráveis, a pedido do marido, foi anulada pelo Sumo Pontífice. Na ocasião, Joana disse: “Que Deus seja glorificado, minhas cadeias foram quebradas; foi Ele quem o quis, a fim de que, doravante, eu possa servi-Lo melhor, como não pude fazer até agora.”
Sua despedida do príncipe foi tocante : “Eu lhe sou muito grata, pois você me retira da servidão ao mundo. Perdoe-me meus erros; doravante, minha vida será dedicada a orar por você e pela França.”
Desde então, a oração tornou-se companheira inseparável de Joana. Seu amor ardente por Jesus Cristo fez com que abraçasse as mortificações voluntárias, sendo vista mais de uma vez ajoelhada diante de um Crucifixo, batendo no peito com uma pedra e chorando copiosamente, pensando em seus pecados e nos sofrimentos de Jesus Cristo. Ela jejuava e prolongava suas vigílias, orações e macerações ao menos três vezes por semana.
Consolar os pobres, servi-los à mesa, lavar e beijar-lhes os pés, eis algumas das ocupações que lhe eram queridas ao coração. Sua humildade queria esconder a todos os olhos os prodígios de sua caridade. Joana queria por testemunha somente Deus, pois, praticando todas as virtudes, ela buscava apenas o Senhor.
A Eucaristia era a sua força misteriosa ; ela sempre A recebia banhada em lágrimas, e era aos pés do Tabernáculo que ela encontrava todos os tesouros da sua devoção.
Joana pôde, antes de morrer, fundar a Ordem da Anunciação, segundo a promessa que a Virgem Maria lhe fizera. No momento de sua morte, uma claridade extraordinária surgiu em seu quarto, perdurando mais de uma hora. Quando foram preparar o corpo de Joana, descobriram que ela portava um cilício com uma corrente de ferro.

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