
“Toda Missa implora o teu perdão junto da justiça divina”. (Santo  Agostinho)
Toda a Trindade está presente no  Sacrifício do Altar. Por vontade do Pai e com a cooperação do Espírito  Santo, o Filho se oferece em oblação redentora. Aprendamos a ganhar  intimidade com a Trindade Beatíssima, Deus Uno e Trino: três Pessoas  divinas na unidade da sua substância, do seu amor e da sua ação  santificadora cheia de eficácia.
O homem moderno precisa redescobrir a beleza de participar da Santa  Missa. Precisa redescobrir que sem a Eucaristia desfalecemos,  fracassamos, morremos…
A Santa Missa é o grande legado de Cristo, é por meio dela que nos  encontramos diretamente com o Senhor, nela experimentamos as delicias  que toda corte angelical cobiça e almeja, e a partir deste Sacrifício  somos impulsionados a uma santidade mais plausível.
Se na Santa Missa recebemos todas as graças necessárias para nossa  vida, porque ainda cometemos a insanidade de negligenciarmos este Santo  Sacrifício de amor. Verdadeiramente débil é a alma que comete essa  falta, pois ficará sem a Salutar Hóstia diária, pois um dia não  substitui o outro, Deus prepara uma Hóstia para cada dia.
Na Missa, a oração ao Pai é constante. O sacerdote é um representante  do Sacerdote eterno, Jesus Cristo, que é ao mesmo tempo a vítima. E a  ação do Espírito Santo na Missa não é menos inefável nem menos certa.  Pela virtude do Espírito Santo, escreve São João Damasceno, “efetua-se a  conversão do pão no Corpo de Cristo”.
Somente a “alma fiel” alcançará as maiores graças diante do Senhor.  Deus se agrada de uma alma fiel! Mas eu pergunto o que é uma alma fiel? É  aquela que mesmo diante de ventos e tempestades se coloca aos pés do  Senhor e encontra tempo para participar da solene audiência com o Justo  Juiz, a santa Missa.
O que torna uma alma fiel é nada mais que ter a consciência de que  Ele (Jesus) é aquele que é, e nós não somos um nada, sendo assim somos  acorridos à fonte inexaurível de graça, ao banquete celestial preparado  para os pequenos.
O Santo Sacrifício é ação divina, trinitária, não humana. O sacerdote  que celebra está a serviço dos desígnios do Senhor, emprestando-lhe seu  corpo e sua voz. Não atua, porém, em nome próprio, mas in persona et in  nomine Christi, na Pessoa de Cristo e em nome de Cristo.
Como é triste saber que muitas almas ainda têm deixado este Solene  Sacrifício para viverdes neste mundo encontros passageiro. Sem a  Eucaristia nossa alegria é passageira, sem a Eucaristia a eternidade é  aniquilada pelo amanhã sombrio, sem a Eucaristia o sofrimento é o fim de  tudo. A Missa não é uma conveniência, é questão de sobrevivência!
O tempo que dedicamos ao Senhor nesta vida passageira é a antecipação  do Kairós. Na Missa é o Sacrifício de Cristo, oferecido ao Pai com a  cooperação do Espírito Santo, oblação de valor infinito, que eterniza em  nós a Redenção que os sacrifícios da Antiga Lei não podiam alcançar.
A Santa Missa abrange ou realiza os quatro fins do Sacrifício: o  latrêutico ou de adoração; o eucarístico ou de ação de graças; o  propiciatório ou de expiação; e o impetratório ou de súplica. O fiel,  unindo-se por esses atos a Jesus Cristo, que, na Missa como na Cruz, é  ao mesmo tempo, Sacerdote e Vítima, participa dos frutos da Redenção e  cumpre os seus deveres fundamentais para com Deus. Desses frutos também  participam todos os fiéis espalhados pelo mundo.
O segredo da eternidade está na Santa Missa, tesouro da Igreja que é  Sacramento de Salvação. Se chegar o dia que o Sacrifício da Missa não  for celebrado, o mundo morrerá de frio, fadado ao inverno da alma, pois  “A Missa é o sol da Igreja” como dizia São Francisco de Sales.
Ir. Raphael Estevão da Santa  Cruz, PJC.
Forania Nossa Senhora da Assunção – São Paulo.
Forania Nossa Senhora da Assunção – São Paulo.
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