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sábado, setembro 29, 2012

A Santa Missa



A Santa Missão é a atualização do Mistério Redentor de Nosso Senhor Jesus Cristo realizado no alto da Cruz, mas de forma incruenta, ou seja, se o derramamento de sangue. A Santa Missa é o mesmo sacrifício de da cruz, não uma cópia ou uma representação, assim, um sacrifício incruento não precisa de diretores fantásticos, nem de expectadores animados, precisa de devoção, silêncio e entrega para viver o mistério renovado.
O Concilio Vaticano II iniciou um grande processo de abertura da Igreja Católica para a realidade dos povos, sua cultura, e não intenção de dar um novo ardor á pregação do Evangelho. Apesar da sua boa intenção em tentar atualizar a Igreja, os resultados deste Concílio, para alguns estudiosos, ainda não foram totalmente entendidos nos dias de hoje, enfrentando por isso vários problemas que perduram, um desses problemas é devido a celebração da Santa Missa. O Vaticano II fez grande modificações acerca da celebração do Santo Sacrificio, modificações essas que foram mal interpretadas pelos Padres e fieis., umas das modificações foi a introdução da língua vernácula na Liturgia, o uso facultativo do véu para as mulheres e a celebração do Sacrifício com o celebrante voltado para o povo.
Quando houver abalos na fé houve em geral subversões na Liturgia. As extravagâncias doutrinais dos gnósticos no século II, fizeram-nos cair em extravagâncias litúrgicas. Entre eles, Valentim servia-se dos hinos litúrgicos para neles vazar as suas doutrinas, como refere Tertuliano (...). As grandes heresias que nos séculos IV e V sacudiram a Igreja, buliram também a Liturgia. E assim ao longo de toda a história da Igreja. Hoje a grande extravagância que ocorre a é alguns padres e fieis querem transformar a Santa Missa – sacrifício renovado da cruz – em um show, um espetáculo fantástico, onde eu controlo e ela deve adaptar-se a minha vontade e ás minhas condições – e o pior de tudo é que alguns dizem que essa foi à proposta do Vaticano II. Mas o que o Vaticano II quis propor foi um acesso livre aos tesouros da fé por parte dos fieis. Podemos dizer que antes os fieis tinha que se submeter à Verdade da Igreja, não que hoje seja diferente, mas hoje a Igreja busca como Mãe que caminha junto aos seus filhos educa-los na fé e leva-lo ao conhecimento da Verdade através de uma compreensão e aceitação de livre vontade.
Desde que assumiu a Cátedra de Pedro o Sumo Pontífice Bento XVI tem buscar renovar o espirito litúrgico da Igreja, e em relação a esses abusos cometidos, principalmente por parte de alguns padres, em relação a celebração do Santo Sacrifício ele nos diz:
“A liturgia não é um show, um espetáculo que necessite de diretores geniais e de atores de talento. A liturgia não vive de surpresas simpáticas, de invenções cativantes, mas de REPETIÇÕES SOLENES. Não deve exprimir a ATUALIDADE e o seu EFÊMERO, mas o mistério do Sagrado.” - Benedictus PP. XVI
Vocês podem estar se perguntando porque enfatizo que os maiores “culpados” pelos exageros e até muitas vezes absurdos cometidos na Liturgia, principalmente na renovação do Santo Sacrifício, são os Padres. Digo que são os Padres porque eles são responsáveis pela Comunidade paroquial, diocesana e consequentemente universal. Pois se os Padres “baseados” na doutrina exposta pelo Vaticano II incentivam esses espetáculos fantásticos essas criações mirabolantes durante a Santa Missa, como os fieis iram tomar uma consciência que o que se realiza ali, diante dois seus próprio olhos, é o mistério da Cruz?
Esse ano celebramos 50 anos do Concilio Vaticano II, e por essa ocasião iremos viver o Ano da Fé convocado por Sua Santidade Bento XVI, esse se iniciará no dia 11 de outubro e via até a Solenidade de Cristo Rei do Universo – 23 de novembro de 2013. Esse ano da fé tem o desejo de levar os fieis a redescobrirem, ou melhor, descobrirem o verdadeiro espirito do Vaticano II e de como expressar verdadeiramente a minha fé – sem exageros ou coisas mirabolantes.


Não precisamos de coisas fantásticas para expressar a nossa fé, pois a vontade de Deus é “que creiamos naquele que Ele enviou” (Jo 6,29). Vivamos o mistério da Santa Missa como se estivéssemos no calvário ao lado da Santissima Virgem das Dores – e lá estamos, pois o calvário é trazido até nós; “Durante a Missa o Senhor é levantado, a árvore da Cruz se levanta e o Senhor é erguido. A elevação da Missa é elevação do Cristo no Calvário.” (Pe. Roberto Littiere). Durante a Missa o sacerdote é o Cristo, é o persona Cristo, e não um direitor de cinema, teatro, novelas ou espetáculos. A Santa Missa não pode transforma-se em reunião fraterna, pois o mistério do Calvário não pode ser subvertido ou diminuído. Hoje é tudo muito automático, muito frio, alguém manda eu faço, ou eu achou bonito e faço.
Nos últimos meses durante suas celebrações na Praça de São Pedro, o Papa Bento XVI, através do seu porta voz, pediu aos fieis que não agitassem as bandeiras nem batessem palmas, mas conservassem o silêncio durante a santa Missa. Nesse contexto do silêncio na Santa Missa alguns se perguntam como ficará a Renovação Carismática Católica, iremos dialogar sobre essa situação na próxima postagem.




Por Jackson Silva

domingo, agosto 19, 2012

Assunção da Santissima Virgem

"A gloriosíssima Mãe de Cristo, Deus e Salvador nosso, dador da vida e da imortalidade, foi glorificada e revestida do corpo na eterna incorruptibilidade, por aquele mesmo que a ressuscitou do sepulcro e a chamou a si duma forma que só ele sabe"


Hoje celebramos a Grande festa da dormição da Santissima Virgem Maria. Maria "a cheia de graça", a única criatura preservada por Deus da mancha original do pecado.

Na Igreja celebramos 4 grandes solenidades em honra de Maria Santissima: a Natividade, a Anunciação, a Purificação e a Dormição. Maria é aquela que é apresentada como modelo de perfeição, a obra acabada de Deus. Aquela que foi preservada antes, durante e após o parto, não poderia, na ordem da graça, de maneira alguma conhecer a corrupção da morte. Se Elias foi arrebato num carro de fogo, Maria Santissima foi elevada ao céu pelo seu único Filho, Nosso Senhor. Com esta festa não comemoramos somente a incorrupção do corpo morto da Santíssima Virgem, mas principalmente o triunfo por ela alcançado sobre a morte e a sua celeste glorificação à semelhança do seu Filho unigênito, Jesus Cristo.

A Igreja não criou algo, "uma verdade", mas o Espirito Santo agiu d emaneira particular na expressão da fé do povo. Assim a Sé Apostólica, herdeira do múnus confiado ao Príncipe dos apóstolos de confirmar na fé os irmãos, com sua autoridade foi tornando cada vez mais solene esta celebração.

"S. João Damasceno, que entre todos se distingue como pregoeiro dessa tradição, ao comparar a assunção gloriosa da Mãe de Deus com as suas outras prerrogativas e privilégios, exclama com veemente eloqüência: "Convinha que aquela que no parto manteve ilibada virgindade conservasse o corpo incorrupto mesmo depois da morte. Convinha que aquela que trouxe no seio o Criador encarnado, habitasse entre os divinos tabernáculos. Convinha que morasse no tálamo celestial aquela que o Eterno Pai desposara. Convinha que aquela que viu o seu Filho na cruz, com o coração traspassado por uma espada de dor de que tinha sido imune no parto, contemplasse assentada à direita do Pai. Convinha que a Mãe de Deus possuísse o que era do Filho, e que fosse venerada por todas as criaturas como Mãe e Serva do mesmo Deus".

Maria Santissima é a Nova Arca da Aliança, a qual nos esconde O Senhor, por isso os homens não conhecerm ao Senhor, porque não conhecer a Santissima Virgem: “Por Maria Jesus Cristo vem a nós, e por Ela devemos ir a Ele.” - São Luis Maria Montfort.

Para vim o Reino de Jesus é preciso que venha o Reino de Maria. Se Nosso Senhor foi submisso a Maria durante anos na terra,sejamos então sumisso a essa tão boa Mãe. Maria é a grande medianeira entre Deus e os homens, nosso irmãos protestantes negam essa verdade por ignorância. A saber, Nosso Senhor Jesus Cristo é o único mediator de salvação entre Deus e os homens, mas a Virgem Maria e todos os santos de Deus são mediatores de intercesão entre Deus e os homens - pois se podemos rezar pelos outros, porque a Santissima Mãe de Deus que achou graça diante de Deus não pode.

Peçamos a Santissima Virgem, assunta ao céus que interceda por nós!



Gaude, Maria Virgo!
Gaude Millies! 

Da Constituição Apostólica Munificentíssimus Deus, do papa Pio XII


 
Teu corpo é santo e cheio de glória

Nas homilias e orações para o povo na festa da Assunção da Mãe de Deus, santos padres e
grandes doutores dela falaram como de uma festa já conhecida e aceita. Com a maior clareza a expuseram; apresentaram seu sentido e conteúdo com profundas razões, colocando especialmente em plena luz o que esta festa temem vista: não apenas que o corpo morto da Santa Virgem Maria não sofrera corrupção, mas ainda o triunfo que ela alcançou sobre a morte e a sua celeste glorificação, a exemplo de seu Unigênito, Jesus Cristo.

São João Damasceno, entre todos o mais notável pregoeiro desta verdade da tradição,
comparando a Assunção em corpo e alma da Mãe de Deus com seus outros dons e privilégios, declarou com vigorosa eloqüência: “Convinha que aquela que guardara ilesa a virgindade no parto, conservasse seu corpo, mesmo depois da morte, imune de toda corrupção. Convinha que aquela que trouxera no seio o Criador como criancinha fosse morar nos tabernáculos divinos. Convinha que a esposa, desposada pelo Pai, habitasse na câmara nupcial dos céus. Convinha que, tendo demorado o olhar em seu Filho na cruz e recebido no peito a espada da dor, ausente no parto, o contemplasse assentado junto do Pai. Convinha que a Mãe de Deus possuísse tudo o que pertence ao Filho e fosse venerada por toda criatura como mãe e serva de Deus”.

São Germano de Constantinopla julgava que o fato de o corpo da Virgem Mãe de Deus estar incorrupto e ser levado ao céu não apenas concordava com sua maternidade divina, mas ainda conforme a peculiar santidade deste corpo virginal: “Tu, está escrito, surges com beleza (cf. Sl 44,14); e teu corpo virginal é todo santo, todo casto, todo morada de Deus; de tal forma que ele está para sempre bem longe de desfazer-se em pó; imutado, sim, por ser humano, para a excelsa vida da incorruptibilidade. Está vivo e cheio de glória, incólume e participante da vida perfeita”.

Outro antiqüíssimo escritor assevera: “Portanto, como gloriosa mãe de Cristo, nosso Deus
salvador, doador da vida e da imortalidade, foi por ele vivificada para sempre em seu corpo na incorruptibilidade; ele a ergueu do sepulcro e tomou para si, como só ele sabe”.

Todos estes argumentos e reflexões dos santos padres apóiam-se como em seu maior
fundamento nas Sagradas Escrituras. Estas como que põem diante dos olhos a santa Mãe de Deus profundamente unida a seu divino Filho, participando constantemente de seu destino.

De modo especial é de lembrar que, desde o segundo século, os santos padres apresentam a
Virgem Maria qual nova Eva para o novo Adão: intimamente unida a ele – embora com
submissão – na mesma luta contra o inimigo infernal (como tinha sido previamente anunciado no proto-evangelho [cf. Gn 3,15]), luta que iria terminar com a completa vitória sobre o pecado e a morte, coisas que sempre estão juntas nos escritos do Apóstolo das gentes (cf. Rm 5 e 6; 1Cor 15,21-26.54-57). Por este motivo, assim como a gloriosa ressurreição de Cristo era parte esencial e o último sinal desta vitória, assim também devia ser incluída a luta da santa Virgem, a mesma que a de seu Filho, pela glorificação do corpo virginal. O mesmo Apóstolo dissera: Quando o que é mortal se revestir de imortalidade, então se cumprirá o que foi escrito: A morte foi tragada pela vitória (1Cor 15,54; cf. Os 13,14).

Por conseguinte, desde toda a eternidade unida misteriosamente a Jesus Cristo, pelo mesmo desígnio de predestinação, a augusta Mãe de Deus, imaculada na concepção, virgem
inteiramente intacta na divina maternidade, generosa companheira do divino Redentor, que
obteve pleno triunfo sobre o pecado e suas conseqüências, ela alcançou ser guardada imune da corrupção do sepulcro, como suprema coroa dos seus privilégios. Semelhantemente a seu Filho, uma vez vencida a morte, foi levada em corpo e alma à glória celeste, onde, rainha, refulge à direita do seu Filho, o imortal rei dos séculos.

terça-feira, junho 05, 2012

Milagres Eucaristicos


Em preparação para a Solenidade de Corpus Christi apresento algums milagres extraordinário da Santissima Eucaristia:


Lanciano – Itália – no ano 70


Em Lanciano – séc. VIII. Um monge da ordem de São Basílio estava celebrando na Igreja dos santos Degonciano e Domiciano. Terminada a Consagração, que ele realizara, a hóstia transformou-se em carne e o vinho em sangue depositado dentro do cálice. O exame das relíquias, segundo critérios rigorosamente científicos,, foi efetuado em 1970-71 e outra vez em 1981 pelo Professor Odoardo Linoli, catedrático de Anatomia e Histologia Patológica e Química e Microscopia Clínica, Coadjuvado pelo Professor Ruggero Bertelli, da Universidade de Siena. Resultados:

1) A hóstia é realmente constituída por fibras musculares estriadas, pertencentes ao miocárdio.

2) Quanto ao sangue, trata-se de genuíno sangue humano. Mais: o grupo sangüíneo ‘A’ que pertencem os vestígios de sangue, o sangue contido na carne e o sangue do cálice revelam tratar-se sempre do mesmo sangue grupo ‘AB’ (sangue comum aos Judeus). Este é também o grupo que o professor Pierluigi Baima Bollone, da universidade de Turim, identificou no Santo Sudário.

3) Apesar da sua antigüidade, a carne e o sangue se apresentam com uma estrutura de base intacta e sem sinais de alterações substanciais; este fenômeno se dá sem que tenham sido utilizadas substâncias ou outros fatores aptos a conservar a matéria humana, mas, ao contrário, apesar da ação dos mais variados agentes físicos, atmosféricos, ambientais e biológicos.


Orvieto – Bolsena – Itália – 1263: 

 Jesus tinha pedido à Beata Juliana de Cornillon (†1258) a introdução da festa de “Corpus Domini” no calendário litúrgico da Igreja. O Pe. Pedro de Praga, da Boêmia, celebra uma Missa na cripta de Santa Cristina, em Bolsena, e então, ocorre o milagre: da hóstia consagrada caem gotas de sangue sobre o corporal… O Papa Urbano IV (1262´1264), residia em Orvieto e ordena ao Bispo Giacomo levar as relíquias de Bolsena a Orvieto. O Papa emitiu a Bula Transiturus de mundo, em 11/08/1264, onde prescreveu que na 5ª feira após a oitava de Pentecostes, seja celebrada a festa em honra do Corpo do Senhor. São Tomás de Aquino foi encarregado pelo Papa para compor o Ofício da celebração. Em 1290 foi construída a Catedral de Orvieto, chamada de “Lírio das Catedrais”.


Ferrara – 28/03/1171


Aconteceu este milagre na Basílica de Santa Maria in Vado, no século XII. Propagava-se com perigo a heresia de Berengário de Tours (†1088), que negava a Presença real de Cristo na Eucaristia. Aos 28 de março de 1171, o Pe. Pedro de Verona, com três sacerdotes celebravam a Missa de Páscoa; no momento de partir o pão consagrado, a Hóstia se transformou em carne, da qual saiu um fluxo de sangue que atingiu a parte superior do altar, cujas marcas são visíveis ainda hoje. Há documentos que narram o fato: um “Breve’ do Cardeal Migliatori (1404). – Bula de Eugênio IV (1442), cujo original foi encontrado em Roma em 1975. Mas, a descoberta mais importante deu-se em Londres, em 1981, foi encontrado um documento de 1197 narrando o fato.


Offida – Itália – 1273


Ricciarella Stasio – devota imprudente, realizava práticas supersticiosas com a Eucaristia; em uma dessas profanações, a Hóstia se transformou em carne e sangue. Foram entregues ao pe. Giacomo Diattollevi, e são conservadas até hoje. Há muitos testemunhos históricos sobre este fato.


Sena – Cáscia – Itália – 1330


Hoje este milagre é celebrado em Cássia, terra de Santa Rita de Cássia. Em 1330, um sacerdote foi levar o viático a um enfermo e colocou indevidamente, de maneira apressada e irreverente, uma Hóstia dentro do seu Breviário para levá-la ao doente grave. No momento da Comunhão, abriu o livro e viu que a Hóstia se liquefez e, quase reduzida a sangue, molhou as páginas do Livro. Então o sacerdote negligente apressou-se a entregar o livro e a Hóstia a um frade agostiniano de Sena, o qual levou para Perúgia a pagina manchada de sangue e para Cáscia a outra página onde a Hóstia ficou presa. A primeira página perdeu-se em 1866 mas a relíquia chamada de “Corpus Domini” é atualmente venerada na basílica de Santa Rita.


Turim – Itália – 1453


Na Alta Itália ocorria uma uma guerra furiosa pelo ducado de Milão. Os Piemonteses saquearam a cidade; ao chegarem a Igreja, forçaram o Tabernáculo. Tiraram o ostensório de prata, no qual se guardava o corpo de Cristo ocultando-no dentro de uma carruagem juntamente com os outros objetos roubados, e dirigiram-se para Turim. Crônicas antigas relatam que, na altura da Igreja de São Silvestre, o cavalo parou bruscamente a carruagem – o que ocasionou a queda, por terra, do ostensório – o ostensório se levantou nos ares “com grande esplendor e com raios que pareciam os do sol”. Os espectadores chamaram o Bispo da cidade, Ludovico Romagnano, que foi prontamente ao local do prodígio. Quando chegou, “O ostensório caiu por terra, ficando o corpo de Cristo nos ares a emitir raios refulgentes”. O Bispo, diante dos fatos, pediu que lhe levassem um cálice. Dentro do cálice, desceu a hóstia, que foi levada para a catedral com grande solenidade. Era o dia 9 de junho de 1453. Existem testemunhos contemporâneos do acontecimento (Atti Capitolari de 1454 a 1456). A Igreja de “Corpus Domini” (1609), que até hoje atesta o prodígio.


Sena – Itália – 1730


Na Basília de São Francisco, em Sena, pátria de Santa Catarina de Sena, durante a noite de 14 para 15 de março de 1730, foram jogadas no chão 223 hóstias consagradas, por ladrões que roubaram o cibório de prata onde elas estavam. Dois dias depois, as Hóstias foram achadas em caixa de esmolas misturas com dinheiro. Elas foram limpadas e guardadas na Basílica de São Francisco; ninguém as consumiu; e logo o milagre aconteceu visto que com o passar do tempo as Hóstias não se estragaram, o que é um grande milagre. A partir de 1914 foram feitos exames químicos que comprovaram pão em perfeito estado de conservação.


Milagre Eucarístico de Santarém – Portugal (1247)


Aconteceu no dia 16 de fevereiro de 1247, em Santarém, 65 km ao norte de Lisboa. O milagre se deu com uma dona de casa, Euvira, casada com Pero Moniz, a qual sofrendo com a infidelidade do marido, decidiu consultar uma bruxa judia que morava perto da igreja da Graça. Esta bruxa prometeu-lhe resolver o problema se como pagamento recebesse uma Hóstia Consagrada. Para obter a Hóstia, a mulher fingiu-se de doente e enganou o padre da igreja de S. Estevão, que lhe deu a sagrada Comunhão num dia de semana. Assim que ela recebeu a Hóstia, sem o padre notar, colocou-a nas dobras do seu véu. De imediato a Hóstia começou a sangrar. Assustada, a mulher correu para casa na Rua das Esteiras, perto da Igreja e escondeu o véu e a Hóstia numa arca de cedro onde guardava os linhos lavados. À noite o casal foi acordado com uma visão espetacular de Anjos em adoração à sagrada Hóstia sangrando. Varias investigações eclesiásticas foram feitas durante 750 anos. As realizadas em 1340 e 1612 provaram a sua autenticidade. Em 5 de abril de 1997, por decreto de D. Antonio Francisco Marques, Bispo de Santarém, a Igreja de S. Estevão, onde está a relíquia, foi elevada a Santuário Eucarístico do Santíssimo Sangue.


Faverney, na França, em 1600


O Milagre Eucarístico que aconteceu em Faverney, na França consistiu numa notável demonstração sobrenatural de superação da lei da gravidade. Faverney está localizado a 20 quilômetros de Vesoul, distante 68,7 quilômetros de Besançon.Um dos noviços chamado Hudelot, notou que o Ostensório que se encontrava junto Santíssimo Sacramento sobre o Altar, elevou-se e ficou suspenso no ar e que as chamas se inclinavam e não tocavam nele. Os Frades Capuchinhos de Vesoul também apressaram-se para observar e testemunhar o fenômeno. Embora os monges com a ajuda do povo, conseguiram apagar o incêndio que queria consumir toda a Igreja, o Milagre não cessou, o Ostensório com JESUS Sacramentado continuou flutuando no espaço.


Em Stich, Alemanha, 1970


Na região Bávara da Alemanha, junto à fronteira suíça, em 9 de junho de 1970, enquanto um padre visitante da Suíça estava celebrando uma Missa numa capela, uma série incomum de eventos aconteceu. Depois da Consagração, o celebrante notou que uma pequena mancha avermelhada começou a aparecer no corporal, no lugar onde o cálice tinha estado descansando. Desejando saber se o cálice tinha começado a vazar, o padre correu a mão dele debaixo do cálice, mas achou-o completamente seco. A esta altura, a mancha crescera, atingindo o tamanho de uma moeda de dez centavos. Depois de completar a Missa, o padre inspecionou todo o altar, mas não conseguiu encontrar qualquer coisa que pudesse ser remotamente a fonte da mancha avermelhada. Ele trancou o corporal que apresentava a mancha num local seguro, até que pudesse discutir o assunto com o pároco.




Prof. Felipe Aquino

segunda-feira, maio 28, 2012

Depoimento sobre o Milagre Eucaristico de Buenos Aires


Agora vou entrar em um tema que é muito interessante e que com certeza vou tratar com mais profundidade: 
Eu fui chamado pelo Cardeal de Buenos Aires, retrato isso por depois de muitos anos de trabalho a Igreja valoriza minhas investigações.

Então me chamam porque em Buenos Aires acontece que existe a moda de que muitas pessoas recebam a comunhão nas mãos.

Resultando que deixaram cair a Hóstia, e como a Hóstia estava "suja " ninguém a quis recolher. CONSAGRADA !

Então alguém avisa o Sacerdote e ele a recolhe e a deposita em uma fonte e a deposita em água para que ela se dissolva, é uma norma que eles tem depois molham as plantas.


Depois de uns cinco ou seis dias que estava no Tabernáculo, eles vão abrem o Tabernáculo e vêem que em vez de haver se desintegrado existem umas manchas vermelhas.

Em diferentes formas vêem que o liquido aumenta nos dias sucessivos, nesse momento me convidam a pegar algumas amostras e saber do que se trata.

Eu viajo duas vezes e obtenho duas amostras, uma é uma massa gelatinosa.

Porque eu tenho contado a vocês sobre uma Hóstia, mas o mesmo ocorreu à outra, tenho duas amostras que devo analisar uma é esta, a outra é uma que exudou em 1996 e que se formou uma crosta seca.

Então eu viajo à América do Norte a um laboratório na Califórnia levando essa amostra. Eu não lhes digo que vem de uma Hóstia.

O estudo cego consiste em apresentar aos senhores laboratoristas a amostra e dizer analizem-na.

Qual é o resultado?

"Dr, a amostra que o senhor nos trouxe é músculo do Coração, músculo do miocárdio, do ventrículo esquerdo".

Este é o primeiro resultado mais há mais coisas a descobrir. 
Este estudo estamos realizando desde 1999, mas há alguns meses descobrimos que havia um grande expert em cardiologia em patologia e em bioquímica.

È o único professor que escreveu um livro que explica de que foi morta uma pessoa quando o coração foi lesionado.

Este professor é o famoso Dr. Frederick Zugibe.

Então entregamos a ele as amostras e ele nos disse:

Essa pessoa que tinha esse Coração morreu muito mal-tratada, porque seu coração tem lesões que mostram que foi muito golpeada. ESSE HOMEM FOI TORTURADO.

Ele não sabe que é uma hóstia.

E logo ele disse:

Mas tem uma coisa que eu gostaria que vocês me explicassem:

Como é possível que quando eu estava estudando esta amostra, a amostra palpitava, pulsava.

Então expliquem como vocês tiraram o coração de um morto e o trazem vivo ao meu laboratório em Nova York?

"Professor Zugibe, não é o que o senhor pensa, isto é uma Hóstia Consagrada que começou a sangrar".

Imaginem, seus cabelos quase saltaram da sua cabeça.

Imaginem dizer a um homem que um pedaço de trigo se tornou sangue e se coagulou é uma amostra de músculo de coração.

Mas por ai não termina porque ele perguntou, como é possível que esteja vivo ainda?

Mais eu estou lhe dizendo que estou estudando desde 1999. São cinco anos que a amostra está comigo.

Então eu viajo para o laboratório em Buenos Aires, faz poucas semanas e busco os documentos dos primeiros estudos realizados em Buenos Aires e escreveu o laboratorista da primeira analise:

"Se observam alguns líquidos, células vermelhas do sangue, hemoglobina, e o que me chama a atenção é que as células estão se movendo e pulsando".

As células estão palpitando e pulsando.

Alguns dias já haviam se passado! E após 15 minutos as células do sangue morrem, todos os glóbulos brancos e vermelhos se decompõem.

Então me interessou muito o tema do coração e eu me intero que no século VII em Lanciano uma cidade localizada no sul da Itália, um sacerdote celebrava a missa e duvida se Cristo estava presente na Eucaristia.

Ele duvidou e no momento de sua duvida, a Hóstia se transforma em sangue e se coagula, e se torna um pedaço de carne, se vocês viajarem a Lanciano poderão vê-la.

Eu creio que alguns já tenha feito.

O vinho se transforma em cinco coágulos de sangue, que são como cinco algodões de sangue.

Mas são de distintos tamanhos os cinco e cada um pesa igual ao outro!

Os italianos na Conferencia Episcopal da Itália, convidam nos anos 70, isto aconteceu no século VII, mas se conserva, então eles convidam esse professor Dr. Linolli que é um expert em bioquímica e patologia para estudar e este doutor nos disse que " é músculo do coração igual a amostra que você tem ".

Ou seja, a amostra que eu tenho que é dos anos 90 de Buenos Aires é a mesma que esta..

Pertence a mesma Pessoa..

O que opinam disso?

O restante não lhes conto, porque senão não compram meu livro..Mentira, não tenho um livro que fale sobre esse assunto.

Aqui estamos falando eu creio ser a prova de algo extraordinário.

Posso eu comprovar que Jesus Cristo está presente na Eucaristia?

Nosso Senhor disse a uma mística:

" Eu faço milagres para os cegos e surdo, mas eu não quero fazer milagres porque quero que creiam por fé".

Eu não sou nada para dizer está é a prova, mas eu apenas coloco sobre a mesa os resultados de minha pesquisa para que vocês meditem e para que tirem suas próprias conclusões.

Eu não posso explicar porque uma imagem de gesso exuda, porque essa parede de gesso não exuda?

Porque só as imagens sagradas.

Então eu creio que os senhores devem meditar.

O que Nosso Senhor está tentando nos dizer com esses sinais?

E logo me intero que no século XII, havia outra pessoa, outro sacerdote que duvidou que Cristo estava presente na Eucaristia, isto na Itália também e quando estava duvidando se Cristo estava presente ou não, o corporal que tinha se encheu de sangue, mas aqui aconteceu algo impressionante, porque o sangue correu do altar e o sangue correu no chão, e se vocês forem ver hoje, poderão ver que o sangue penetrou no piso de mármore, o sangue corre e entra no mármore.

È devido a esta experiência no século XII, que o Papa Urbano que se encontrava perto de Orvieto, viaja ao lugar e para ver este milagre, e Urbano IV pede a Santo Tomás de Aquino para celebrar uma missa e o ritual para estabelecer a celebração de Corpus Christi.

Então pra que todos saibam que a celebração de Corpus Christi nasce de um milagre Eucarístico.

sábado, maio 26, 2012

O papel de Maria na descida do Espirito Santo

A igreja universal celebra a solenidade de Pentecostes, um momento em que a figura de Maria é de singular importância, revela nesta entrevista concedida a Zenit o padre Jesús Castellano Cervera, carmelita descalço, especialista em estudos marianos e consultor da Congregação vaticana para a Doutrina da Fé.

O tempo que estamos vivendo é também conclusão do tempo pascal e do mês de maio. Este tempo tem uma especial relevância mariana?


P. Castellano Cervera: O tempo compreendido entre a Ascensão e Pentecostes me parece que é um tempo particularmente mariano. O dado sublinhado nos Atos dos Apóstolos (1,14), que recorda a presença de Maria no Cenáculo, há que ser enfatizado. A iconografia antiga, a liturgia bizantina e as antigas notícias de Maria são unânimes ao recordar a Virgem Maria já no episódio da Ascensão do Senhor ao Céu.


Maria aparece com os discípulos em oração enquanto Jesus sobe ao Céu, e a Mãe se converte assim em testemunha de toda a vida humana de Cristo, desde a vinda do seio do Pai à sua maternidade e desde a ascensão ao seio do Pai com a carne tomada da Mãe.


Qual é o significado da presença de Maria entre os discípulos no Cenáculo?


P. Castellano Cervera: Penso que Jesus confiou seus discípulos a Maria antes da vinda do Espírito Santo. A Virgem Maria, na realidade, em um tempo de «vazio», quando Jesus já não está e o espírito não descendeu, todavia, parece a pessoa mais apropriada para preencher de alguma forma estas duas presenças em um momento de recordação e de espera.


De recordação porque Maria é memória vivente de Cristo, de sua vida desde o princípio, de suas palavras. Sua presença materna fala dEle em tudo. E de espera porque a Virgem Maria, qua recebeu o Espírito Santo em plenitude, converte-se em garantia e esperança de cumprimento da promessa de Jesus. Virá o Espírito prometido --parece assegurar Maria-- assim como veio sobre mim. Deus é fiel a suas promessas.


É talvez esta presença a raiz do título a Ela reconhecido: Rainha dos Apóstolos?


P. Castellano Cervera: Creio que é precisamente assim. Padres da Igreja e autores medievais dizem com clareza que Maria no Cenáculo converte-se em Mãe dos Apóstolos com seu testemunho de Cristo.


João Paulo II fala na Encíclica Redemptoris Mater, no número 26, de tal presença em meio aos discípulos de Jesus como singular testemunho do mistério de Cristo. Seu papel materno neste tempo é evidente.


Podemos pensar que as palavras de At 1, 14 refletem a obra materna de Maria, que ajuda os discípulos a «perseverar» cada dia na esperança do acontecimento prometido da vinda do Espírito, a estar «de acordo e unidos», a abrir seus corações «na oração» com uma atitude de invocação e de confiada espera. Maria molda maternalmente os apóstolos, faz deles irmãos, prepara a comunidade para acolher o Espírito Santo.


Posto que Maria já havia recebido o Espírito Santo, não era talvez para Ela supérfluo esperar Pentecostes?


P. Castellano Cervera: Maria, de acordo com as imagens mais antigas de Pentecostes, aparece aos discípulos e recebe o Espírito Santo com toda a Igreja. Sua circunstância, ligada ao mistério do Filho e sua missão, está agora indissoluvelmente unida ao mistério da Igreja.


Foram parte dela como membro excelentíssimo e como Mãe, como afirma o Concílio Vaticano II. A nova vinda do Espírito sobre Ela a une ainda mais à Igreja, sua comunhão e missão. Não é possível pensar na Igreja sem Maria e em Maria sem a Igreja.


A centralidade da Mãe de Jesus em meio aos discípulos com a mesma chama do Espírito Santo em uma atitude de acolhida do dom e de ação de graças nos fala do «perfil mariano» da Igreja, onde Ela representa a própria essência da Igreja: pura acolhida e transmissão do dom de Deus. Maria é o dever de ser da Igreja e do cristianismo, baixo a ação do Espírito Santo e em profunda comunhão com todos.

O que é a Festa de Pentecostes?

Pentecostes, do grego, pentekosté, é o qüinquagésimo dia após a Páscoa. Comemora-se o envio do Espírito Santo à Igreja. A partir da Ascensão de Cristo, os discípulos e a comunidade não tinham mais a presença física do Mestre. Em cumprimento à promessa de Jesus, o Espírito foi enviado sobre os apóstolos. Dessa forma, Cristo continua presente na Igreja, que é continuadora da sua missão.

A origem do Pentecostes vem do Antigo Testamento, uma celebração da colheita (Êxodo 23, 14), dia de alegria e ação de graças, portanto, uma festa agrária. Nesta, o povo oferecia a Deus os primeiros frutos que a terra tinha produzido. Mais tarde, tornou-se também a festa da renovação da Aliança do Sinai (Ex 19, 1-16).


No Novo Testamento, o Pentecostes está relatado no livro dos Atos dos Apóstolos 2, 1-13. Como era costume, os discípulos, juntamente com Maria, mãe de Jesus, estavam reunidos para a celebração do Pentecostes judaico. De acordo com o relato, durante a celebração, ouviu-se um ruído, "como se soprasse um vento impetuoso". "Línguas de fogo" pousaram sobre os apóstolos e todos ficaram repletos do Espírito Santo e começaram a falar em diversas línguas.


Pentecostes é a coroação da Páscoa de Cristo. Nele, acontece a plenificação da Páscoa, pois a vinda do Espírito sobre os discípulos manifesta a riqueza da vida nova do Ressuscitado no coração, na vida e na missão dos discípulos.


Podemos notar a importância de Pentecostes nas palavras do Patriarca Atenágoras (1948-1972): "Sem o Espírito Santo, Deus está distante, o Cristo permanece no passado, o evangelho uma letra morta, a Igreja uma simples organização, a autoridade um poder, a missão uma propaganda, o culto um arcaísmo, e a ação moral uma ação de escravos". O Espírito traz presente o Ressuscitado à sua Igreja e lhe garante a vida e a eficácia da missão.


Dada sua importância, a celebração do Domingo de Pentecostes inicia-se com uma vigília, no sábado. É a preparação para a vinda do Espírito Santo, que comunica seus dons à Igreja nascente.


O Pentecostes é, portanto, a celebração da efusão do Espírito Santo. Os sinais externos, descritos no livro dos Atos dos Apóstolos, são uma confirmação da descida do Espírito: ruídos vindos do céu, vento forte e chamas de fogo. Para os cristãos, o Pentecostes marca o nascimento da Igreja e sua vocação para a missão universal.

domingo, maio 20, 2012

Dos Sermões de Santo Agostinho, bispo

Ninguém subiu ao céu a não ser aquele que de lá desceu

Hoje nosso Senhor Jesus Cristo subiu ao céu; suba também com ele o nosso coração.
Ouçamos as palavras do Apóstolo: Se ressuscitastes com Cristo, esforçai-vos por alcançar as coisas do alto, onde está Cristo, sentado à direita de Deus; aspirai às coisas celestes e não às coisas terrestres (Cl 3,1-2). E assim como ele subiu sem se afastar de nós, também nós subimos com ele, embora não se tenha ainda realizado em nosso corpo o que nos está prometido.
Cristo já foi elevado ao mais alto dos céus; contudo, continua sofrendo na terra através das tribulações que nós experimentamos como seus membros. Deu testemunho desta verdade quando se fez ouvir lá do céu: Saulo, Saulo, por que me persegues (At 9,4). E ainda: Eu estava
com fome e me destes de comer (Mt 25,35).

Por que razão nós também não trabalhamos aqui na terra de tal modo que, pela fé, esperança e caridade que nos unem a nosso Salvador, já descansemos com ele no céu? Cristo está no céu, mas também está conosco; e nós, permanecendo na terra, estamos também com ele. Por sua
divindade, por seu poder e por seu amor ele está conosco; nós, embora não possamos realizar isso pela divindade, como ele, ao menos podemos realizar pelo amor que temos para com ele.

O Senhor Jesus Cristo não deixou o céu quando de lá desceu até nós; também não se afastou de nós quando subiu novamente ao céu. Ele mesmo afirma que se encontrava no céu quando vivia na terra, ao dizer: Ninguém subiu ao céu, a não ser aquele que desceu do céu, o Filho do
homem, que está no céu (cf. Jo 3,13).

Isto foi dito para significar a unidade que existe entre ele, nossa cabeça, e nós, seu corpo. E Ninguém senão ele podia realizar esta unidade que nos identifica com ele mesmo, pois tornou-se Filho do homem por nossa causa, e nós por meio dele nos tornamos filhos de Deus.

Neste sentido diz o Apóstolo: Como o corpo é um só, embora tenha muitos membros, e como todos os membros do corpo, embora sejam muitos, formam um só corpo, assim também acontece com Cristo (1Cor 12,12). Ele não diz: “assim é Cristo”, mas: assim também acontece com Cristo. Portanto, Cristo é um só, formado por muitos membros.

Desceu do céu por sua misericórdia e ninguém mais subiu senão ele; mas nele, pela graça, também nós subimos. Portanto, ninguém mais desceu senão Cristo e ninguém mais subiu além de Cristo.

Isto não quer dizer que a dignidade da cabeça se confunde com a do corpo, mas que a unidade do corpo não se separa da cabeça.

sexta-feira, maio 18, 2012

A vida da beata Alexandrina

Quero falar sobre a beata Alexandrina, uma imagem belíssima da pureza da Igreja Católica. Ela foi escolhida pelo Senhor para dar a vida a Ele através de seu corpo e sangue e permaneceu por 13 anos tendo apenas Jesus Eucarístico como seu alimento.

Alexandrina Maria da Costa nasceu em Balazar, uma pequena vila próxima à cidade do Porto, em Portugal, 1904. Desde os 20 anos, ela viveu paralisada na cama devido a uma mielite [inflamação da medula]. Isso aconteceu porque, aos 14 anos, três homens entraram na casa dela e tentaram usar de sua pureza. ela, percebendo isso, saltou de uma janela de 4m de altura e esse salto fez com que seu problema de coluna se agravasse, fazendo com que ela ficasse paralisada para o resto da vida. Na solidão, o Senhor deu a ela uma missão que, naquele momento, ela passou a viver.

O senhor lhe disse que ela seria um anjo consolador em todos os tabernáculos do mundo. Alexandrina foi escolhida pelo Senhor para ser uma das maiores adoradoras de seu corpo, alma e divindade presente nos tabernáculos, nos sacrários. Deus ainda lhe deu a graça de viver a sua paixão como São Padre Pio, Santa Catarina de Sena e tantas outras vidas na Igreja. Ela recebeu a graça de viver no seu corpo a dor da paixão. Alexandrina viveu os mistérios da agonia da paixão do Senhor. Depois, Ele a chamou a dar a vida dela como um ato de reparação a toda profanação que Jesus vivia no Santíssimo Sacramento.

O nosso ato de reparação deve ser muito forte e autêntico. Basta olhar para sua comunidade e você verá como precisamos de atos de adoração a Jesus Cristo. O papa João Paulo II e o papa Bento XVI já disseram que é muito perigosa essa "moda" de arte sacra, na qual nosso Senhor, Jesus, não tem lugar. E quando há lugar para Ele, é colocado no segundo andar, embaixo da igreja, pois ela, hoje, é um lugar de teatro, não havendo lugar para o sacrário. Já antevendo isso, o papa Paulo VI escreveu que a Igreja Católica é o lugar onde estava e deveria estar o Senhor dos senhores. A Igreja tem as suas sacralidades, ela é a casa de Deus. "Onde Deus habita entre os homens, é Igreja". Dói o nosso coração, pois igrejas "lindas", nas quais se gastam milhões de euros, não há o Santíssimo.

A beata Alexandrina pediu para ser enterrada com sua face voltada para o sacrário, pois, de fato, ela adorou o Senhor de sua janela durante toda sua vida.
 
Bento XVI pediu que os tabernáculos voltassem ao seu lugar de honra e distinção, pois lá é o nosso lugar de encontro com Deus. Hoje, o sacrário é tratado como coisa. Por isso, quando você entra na igreja, deve fazer a genuflexão, que é um ato de adoração ao Senhor que está presente ali.

Se você acredita que Deus está no sacrário da sua igreja, qual atitude você deve ter diante dele? Muitos não acreditam que o Senhor está lá, por isso há todo um tratamento de quem não crê. A sua atitude corporal expressa a sua fé, ou seja, o que a sua alma deseja. O Senhor pediu a Alexandrina que se acendesse nos coração a presença d'Ele no sacrário e lhe dizia: "São tantos aqueles que, entrando na igreja, não me saúdam nem se põem a adorar-me".

Quanto mais Jesus for ultrajado no Santíssimo, mais a natureza revoltar-se-á, porque não se dá a Deus o valor que Ele merece. O seu modo de ir à Missa, de participar dela, de adorar a Deus no sacramento demonstram o valor dela.

Certa vez, um padre foi até Alexandrina para testá-la e levou-lhe uma hóstia não consagrada, mas ela disse ao sacerdote: "Não, padre, pão eu não posso comer". Este ano, completou 50 anos de sua morte. Lembrando que nos últimos treze anos, ela só se alimentava da Eucaristia. A beata Alexandrina gostava muito de flores e seu sorriso transparecia o céu.



Prefiro uma capela de palha com o Santíssimo dentro, a uma grande igreja sem Ele. Se o mais importante não é o Senhor, o que será? Vamos pedir ao Pai que aumente nosso amor no sacrário para que tenhamos um coração adorador. Não deixe o seu coração endurecer, nunca entre em uma Igreja Católica sem ir ao tabernáculo, pois ele disse à beata Alexandrina: "Eu estou no sacrário".




Padre Roberto Lettieri
Fundador da Fraternidade Toca de Assis que tem como principal carisma a adoração ao Santíssimo Sacramento e o acolhimento aos mais necessitados.

sexta-feira, maio 04, 2012

Da Carta aos Coríntios, de São Clemente I, papa

Muitas veredas, um só caminho 

Este é o caminho, caríssimos, onde encontramos nossa salvação: Jesus Cristo, o pontífice de nossas oferendas, nosso defensor e arrimo nas fraquezas.

Por ele nossos olhos se voltam para as alturas dos céus; por ele contemplamos, como num
espelho, o rosto puríssimo e sublime de Deus; por ele abrem-se os olhos de nosso coração; por ele a nossa inteligência, insensata e obscurecida, desabrocha para a luz; por ele quis o Senhor fazer-nos saborear a ciência imortal, pois sendo ele o esplendor da glória de Deus, foi colocado tão acima dos anjos quanto o nome que herdou supera o nome deles (cf. Hb 1,3.4).

Combatamos, portanto, irmãos, com todas as forças, sob as suas ordens irrepreensíveis.

Consideremos os soldados, que combatem sob as ordens dos nossos comandantes. Quanta
disciplina, quanta obediência, quanta submissão em executar o que se ordena! Nem todos sãochefes supremos, ou comandantes de mil, cem ou cinqüenta soldados, e assim por diante; mas cada um, em sua ordem e posto, cumpre as ordens do imperador e dos comandantes. Os grandes não podem passar sem os pequenos, nem os pequenos sem os grandes. A eficiência depende da colaboração recíproca.

Sirva de exemplo o nosso corpo. A cabeça nada vale sem os pés, nem os pés sem a cabeça. Os membros do corpo, por menores que sejam, são necessários e úteis ao corpo inteiro; mais ainda,todos se harmonizam e se subordinam para salvar todo o corpo.

Asseguremos, portanto, a salvação de todo o corpo que formamos em Cristo Jesus, e cada um se submeta ao seu próximo conforme o dom da graça que lhe foi concedido.

O forte proteja o fraco e o fraco respeite o forte; o rico seja generoso para com o pobre e o pobre agradeça a Deus por ter dado alguém que o ajude na pobreza. O sábio manifeste sua sabedoria não por palavras, mas por boas obras; o humilde não dê testemunho de si mesmo, mas deixe que outro o faça. Quem é casto de corpo não se vanglorie, sabendo que é Deus quem lhe dá o dom da continência.

Consideremos, então, irmãos, de que matéria somos feitos, quem éramos e em que condições
entramos no mundo, de que túmulo e trevas nos fez sair aquele que nos plasmou e criou, para nos introduzir no mundo que lhe pertence, onde nos tinha preparado tantos benefícios antes mesmo de termos nascido.

Sabendo, pois, que recebemos todas estas coisas de Deus, por tudo lhe demos graças. A ele a glória pelos séculos dos séculos. Amém.

O Valor do Tempo

Diligência, meu filho, ­ diz o Espírito Santo ­ em empregar bem o tempo, porque é a coisa mais preciosa, riquíssimo dom que Deus concede ao homem mortal. Até os próprios gentios tinham conhecimento de seu valor. Sêneca dizia que nada pode equivaler
ao valor do tempo.

Com maior satisfação ainda o apreciaram os Santos. Afirma São Bernardino de Sena que um só momento vale tanto como Deus, porque nesse instante, com um ato de contrição ou de amor perfeito, pode o homem adquirir a graça divina e a glória eterna.

O tempo é um tesouro que só se acha nesta vida, mas não na outra, nem no céu, nem no inferno. É este o grito dos, condenados: "Oh! Se tivéssemos uma hora!" ... Por todo o preço comprariam uma hora a fim de reparar sua ruína; porém, esta hora jamais lhes será
dada. No céu não há pranto; mas, se os bem­aventurados pudessem sofrer, chorariam o tempo perdido na sua vida mortal, o qual lhes poderia ter servido para alcançar grau mais elevado na glória; porém, já se terá passado a época de merecer.

E tu, meu irmão, em que empregas o tempo? Por que sempre adias para amanhã o que podes fazer hoje? Reflete que o tempo passado desapareceu e já não te pertence; que o futuro não depende de ti. Só dispões do tempo presente para agir...

"Ó infeliz! ­ adverte São Bernardo. Por que ousas contar com o vindouro, como se Deus tivesse posto o tempo em teu poder?" E Santo Agostinho disse: "Como te podes prometer o dia de amanhã, se não dispões de uma hora de vida?" Daí conclui Santa Teresa: "Se não estiveres preparado hoje para morrer, teme morrer mal..." (S. Afonso de Ligório. "Tempo e Eternidade").

Dom Estêvão Tavares Bettencourt, O.S.B.
Pergunte e Responderemos, nº519, p.419.
Rio de Janeiro, setembro 2005.