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sábado, janeiro 28, 2012

A Castidade

Para a castidade ser compreendida, e principalmente vivida, exige um conhecimento exato e aceitação da sexualidade. Nos últimos tempos, a sociedade reduziu a palavra "sexualidade" á genitalidade, ou somente ao sexo. Relações sexuais, ou sexualidade, vai dizer a capacidade que os sexos tem de manter relações entre si, seja essa genital ou não. Além do mais, sexualidade, vai marcar aquilo que somos: homem ou mulher; distinguindo-se totalmente de órgãos genitais - a primeira (sexualidade) irá incluir a segunda (genitalidade) completando e superando grandemente.


Portanto a maturidade afetiva de uma pessoa é, pois, medida pela sua capacidade de estabelecer relações sexuais (sexualidade) - não importa se essas relações iram se traduzir ou não em relações sexuais(genitalidade). Ao contrário do que muitos pensam, a expansão da sexualidade de uma pessoa não exige relações genitais, pelo contrário, muitos problemas -  sexuais ou afetivos - que são vividos no casamento e no celibato evidenciam habitualmente dificuldades de relações com outro sexo (oposto ou igual). É nessa falta de maturidade, e principalmente de conhecimento, que vai levar muitas pessoas a associarem a castidade com a abstenção de relações sexuais genitais.


Á semelhança do animal o homem possui necessidades e instintos. O instinto é precisamente este dinamismo vital que leva o ser a agir para responder á sua necessidade. Mas já a necessidade vai tomar dois rumos: 1º a necessidade de ser no plano do individuo: eu assumo os meus desejos e vontades, e principalmente aceito a minha sexualidade, mas reconheço algo maior que a em mim, que me levar a ir á frente: estudar, trabalhar, e reconhecendo o chamado de Deus na minha vida, sigo-O, seja no casamento, no celibato, na vida religiosa ou no sacerdócio; 2º a necessidade da especie: é aqui que entra, de modo singular, a sexualidade genital - pois eu como ser humano tenho que corresponder ás necessidades do meu corpo, não somente sexual é claro, mas em tantos outros âmbitos, como comer, dormir, andar e tantas outras;


A castidade, por fim, terá seu objetivo próprio os impulsos carnais (a necessidade da espécie), pois a partir de um desejo  de doação total ao Reino de Deus, eu busco no domínio libertador destes impulsos e na autenticidade das relações sexuais a autenticidade do amor.


A castidade em sua totalidade, abrangerá todos os estados de vida (solteiros, casados) mas de maneira particular a cada um. A pessoa engajada no celibato consagrado ( o conhecido "voto de castidade") não tem por objetivo único um relação privilegiada com Deus, ela pode manter amizades eletivas, monossexuadas e heterossexuadas, se estas relaçoes se harmonizarem com o seu estado de vida, e principalmente, forem para ela fonte de libertação.






Dica: busquemos contemplar o novo rosto da Igreja hoje pelas novas comunidades, que em seu seio reúnem todos os estados de vida (casais e leigos).


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