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quinta-feira, abril 07, 2011

Ir. Maria Addolorata

Evidenciamos três períodos da vida de Ir. Maria Addolorata. O primeiro na casa paterna, em Montegranaro (AP), onde nasceu a 2 de maio de 1920, e depois mudou-se para Morrovale (MC), onde encontrou serenidade, simplicidade de vida e profunda fé; o segundo no Mosteiro das Passionistas em Ripatransone (AP), no ardor constante de chegar a perfeição da vida religiosa; o terceiro na crucifixão da doença em várias clínicas de tratamento.

Aos 25 anos pôde realizar o sonho que trazia em si há tanto tempo: consagrar-se totalmente a Deus. Apesar de ter pequena estatura, tinha uma graciosidade que não passava despercebido a seus contemporâneos. O seu coração porém deveria ser só de Deus, indiviso o seu amor.

O primeiro contato com a vida claustral foi maravilhoso. Escrevia à sua família: “Neste Mosteiro encontrei todo o bom, o Paraíso na terra!”.

Veste o hábito religioso em 22 de agosto de 1942; um ano depois, em 15 de novembro, emite a profissão religiosa.

“Fará como São Gabriel de Nossa Senhora das Dores”, escreveu uma Irmã. Lembrava-se de verdade em São Gabriel ao vê-la sempre atenta à oração, ao trabalho, à penitência, ao sacrifício de si mesma. Mas sob aquela santidade que se construía rapidamente viria a doença que como um furacão consumiria tudo.

Irmã Maria Addolorata entendeu que o sofrimento da doença era a estrada principal a percorrer para chegar àquela perfeição de vida que lhe era proposta: a sua veste de Passionista sabia estar marcada da dor dos membros feridos, das humilhações de seu espírito tendo que deixar o Mosteiro para receber os tratamentos no Hospital de Macerata e Ripatransone, depois no Sanatório de Groppino (BG), no Hospital maior de Bérgamo e finalmente no Sanatório de Teramo.

Mas os sofrimentos e humilhações tinham por fim transformá-la; aqueles que em Teramo puderam aproximar-se dela foram unânimes em dizer: “Irmã Maria Addolorata é uma santa”. Terminou os seus dias a 23 de julho de 1954 no sanatório de Teramo.

Suas últimas palavras foram: “Meu Jesus, te amo com todo o coração, coma toda a alma e com todas as forças. Ofereço-te a mim mesma, até as mais intimas fibras do coração!”.

Lembrança do translado dos restos mortais

de Irmã Maria Addolorata Luciani na Igreja do Mosteiro.

Ripatransone, 3 setembro de 1990.

As Passionistas

ITINERÁRIO ESPIRITUAL DE IR. MARIA ADDOLORATA

I.X.P. – O que me falta?
O meu alimento: a vontade do Pai.
A minha luz: a fé.
A minha arma: a cruz.
A minha riqueza: a graça.
A minha fortaleza: a oração.
A minha grandeza: a humildade.
A minha pérola: as lágrimas.
O meu ar: dor e amor.
O meu raio de ação: o mundo.
O meu canto: Fiat!
Quando sou mais forte? Quando sou mais...fraca.
Quando sou mais potente? Quando mais... sofro.
Quando estou menos só? Quando estou mais só.
O meu tudo? O Rei e a Rainha dos mártires.
Quem me conforta? O Pai.
Quem me sustenta? Jesus.
Que me guia? O Espírito Santo.
Tenho uma mãe? Maria.
Como é? A melhor das mães.
O que me falta? Nada. Porque em Deu tenho tudo!
Sobre a via dolorosa que conduz ao calvário eu te peço, ó Jesus, de fazer-me companhia... Ensina-me como se abraça a cruz e como, quando se ais sob seu peso, se possa levantar... Ensina-me Tu, ó Jesus Crucificado, a ver na dor um desígnio do amor. Enamora-me do sofrer... Jesus e Maria, faz-me santa.


Irmã Addolorata – Ripatransone

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