sábado, setembro 29, 2012

A Santa Missa



A Santa Missão é a atualização do Mistério Redentor de Nosso Senhor Jesus Cristo realizado no alto da Cruz, mas de forma incruenta, ou seja, se o derramamento de sangue. A Santa Missa é o mesmo sacrifício de da cruz, não uma cópia ou uma representação, assim, um sacrifício incruento não precisa de diretores fantásticos, nem de expectadores animados, precisa de devoção, silêncio e entrega para viver o mistério renovado.
O Concilio Vaticano II iniciou um grande processo de abertura da Igreja Católica para a realidade dos povos, sua cultura, e não intenção de dar um novo ardor á pregação do Evangelho. Apesar da sua boa intenção em tentar atualizar a Igreja, os resultados deste Concílio, para alguns estudiosos, ainda não foram totalmente entendidos nos dias de hoje, enfrentando por isso vários problemas que perduram, um desses problemas é devido a celebração da Santa Missa. O Vaticano II fez grande modificações acerca da celebração do Santo Sacrificio, modificações essas que foram mal interpretadas pelos Padres e fieis., umas das modificações foi a introdução da língua vernácula na Liturgia, o uso facultativo do véu para as mulheres e a celebração do Sacrifício com o celebrante voltado para o povo.
Quando houver abalos na fé houve em geral subversões na Liturgia. As extravagâncias doutrinais dos gnósticos no século II, fizeram-nos cair em extravagâncias litúrgicas. Entre eles, Valentim servia-se dos hinos litúrgicos para neles vazar as suas doutrinas, como refere Tertuliano (...). As grandes heresias que nos séculos IV e V sacudiram a Igreja, buliram também a Liturgia. E assim ao longo de toda a história da Igreja. Hoje a grande extravagância que ocorre a é alguns padres e fieis querem transformar a Santa Missa – sacrifício renovado da cruz – em um show, um espetáculo fantástico, onde eu controlo e ela deve adaptar-se a minha vontade e ás minhas condições – e o pior de tudo é que alguns dizem que essa foi à proposta do Vaticano II. Mas o que o Vaticano II quis propor foi um acesso livre aos tesouros da fé por parte dos fieis. Podemos dizer que antes os fieis tinha que se submeter à Verdade da Igreja, não que hoje seja diferente, mas hoje a Igreja busca como Mãe que caminha junto aos seus filhos educa-los na fé e leva-lo ao conhecimento da Verdade através de uma compreensão e aceitação de livre vontade.
Desde que assumiu a Cátedra de Pedro o Sumo Pontífice Bento XVI tem buscar renovar o espirito litúrgico da Igreja, e em relação a esses abusos cometidos, principalmente por parte de alguns padres, em relação a celebração do Santo Sacrifício ele nos diz:
“A liturgia não é um show, um espetáculo que necessite de diretores geniais e de atores de talento. A liturgia não vive de surpresas simpáticas, de invenções cativantes, mas de REPETIÇÕES SOLENES. Não deve exprimir a ATUALIDADE e o seu EFÊMERO, mas o mistério do Sagrado.” - Benedictus PP. XVI
Vocês podem estar se perguntando porque enfatizo que os maiores “culpados” pelos exageros e até muitas vezes absurdos cometidos na Liturgia, principalmente na renovação do Santo Sacrifício, são os Padres. Digo que são os Padres porque eles são responsáveis pela Comunidade paroquial, diocesana e consequentemente universal. Pois se os Padres “baseados” na doutrina exposta pelo Vaticano II incentivam esses espetáculos fantásticos essas criações mirabolantes durante a Santa Missa, como os fieis iram tomar uma consciência que o que se realiza ali, diante dois seus próprio olhos, é o mistério da Cruz?
Esse ano celebramos 50 anos do Concilio Vaticano II, e por essa ocasião iremos viver o Ano da Fé convocado por Sua Santidade Bento XVI, esse se iniciará no dia 11 de outubro e via até a Solenidade de Cristo Rei do Universo – 23 de novembro de 2013. Esse ano da fé tem o desejo de levar os fieis a redescobrirem, ou melhor, descobrirem o verdadeiro espirito do Vaticano II e de como expressar verdadeiramente a minha fé – sem exageros ou coisas mirabolantes.


Não precisamos de coisas fantásticas para expressar a nossa fé, pois a vontade de Deus é “que creiamos naquele que Ele enviou” (Jo 6,29). Vivamos o mistério da Santa Missa como se estivéssemos no calvário ao lado da Santissima Virgem das Dores – e lá estamos, pois o calvário é trazido até nós; “Durante a Missa o Senhor é levantado, a árvore da Cruz se levanta e o Senhor é erguido. A elevação da Missa é elevação do Cristo no Calvário.” (Pe. Roberto Littiere). Durante a Missa o sacerdote é o Cristo, é o persona Cristo, e não um direitor de cinema, teatro, novelas ou espetáculos. A Santa Missa não pode transforma-se em reunião fraterna, pois o mistério do Calvário não pode ser subvertido ou diminuído. Hoje é tudo muito automático, muito frio, alguém manda eu faço, ou eu achou bonito e faço.
Nos últimos meses durante suas celebrações na Praça de São Pedro, o Papa Bento XVI, através do seu porta voz, pediu aos fieis que não agitassem as bandeiras nem batessem palmas, mas conservassem o silêncio durante a santa Missa. Nesse contexto do silêncio na Santa Missa alguns se perguntam como ficará a Renovação Carismática Católica, iremos dialogar sobre essa situação na próxima postagem.




Por Jackson Silva