sexta-feira, maio 28, 2010


Instituto Hesed


“Como é bela a vocação que tem por finalidade conservar o sal destinado às almas...
...pois o único fim de nossas orações e sacrifícios é ser apóstola dos apóstolos”.
(Santa Teresinha do Menino Jesus)


A exemplo do Santo Profeta de Deus Elias, vivemos numa contínua busca da Face Amorosa de Deus, O desejando em plenitude. Separados do mundo, subimos o Monte, para nesta solidão e silêncio “nos consumir de zelo pelo Senhor Deus dos Exércitos”.
Como Moisés que, de braços erguidos decidiu a sorte das batalhas de Israel, os Irmãos e Irmãs heseditas, por meio da clausura, na união esponsal com Deus, palpitam no Coração da Igreja, irrigando-a com a graça de Deus, requerida através da oração. Por meio da solidão, oração e sacrifício somos essencialmente missionários, irradiando o Santo Amor misericordioso de Deus e o Santo Evangelho, sustentando a Igreja peregrina, ajudando e animando os pregadores, fortalecendo o Santo Padre, bispos e sacerdotes, atraindo as almas para Deus.

Conscientes do nosso lugar na Santa Igreja, velamos vigilantes à espera Daquele que vem, em perpétua adoração ao Santíssimo Sacramento, favorecendo as almas com as graças que Dele recebemos.
Maria, nosso modelo e nossa Mestra da vida interior, representa o silêncio contemplativo que acolheu a Palavra, o Verbo Encarnado. Usando o escapulário, afirmamos nossa consagração a Virgem do Carmo e o desejo de sermos revestidos de suas virtudes, para refletirmos, no mundo, sua imagem.

À imitação de Cristo, que em Nazaré quis trabalhar com as próprias mãos, e acatando as disposições da Regra, os Irmãos e Irmãs heseditas submetem-se de bom grado à lei comum do trabalho.
Apesar de vida prevalentemente contemplativa, temos abertura para missão àqueles que sentem o chamado a momentos de vida missionária, ao ministério de música e a um contato maior com as pessoas. Trabalhamos na divulgação da espiritualidade que vivemos através de retiro, palestras, livraria, evangelização pela música, cenáculos, show’s e animação de adoração ao Santíssimo, entre outras eventuais atividades. Buscamos através destes meios ensinar às almas o caminho da intimidade divina cultivado pela oração.

quarta-feira, maio 26, 2010


Frases de São João da Cruz

São João da Cruz foi um dos santos mais desconcertantes e ao mesmo tempo mais transparentes da mística moderna. Grande mestre da vida espiritual, transformou todas as cruzes em meios de santificação para si e para os irmãos.

Três coisas pediu e acabou recebendo de Deus: primeiro, dar-lhe força para trabalhar e sofrer muito; segundo: não o fazer sair deste mundo como superior de uma comunidade; e terceiro: deixá-lo morrer desprezado e escarnecido pelos homens. Pregador, místico, escritor e poeta, João da Cruz faleceu após uma penosíssima enfermidade, em 1591 com 49 anos de idade e o Papa Pio XI o declarou Doutor da Igreja.

Confira um pouco de sua riqueza espiritual expressa em suas frases:

"Não se contentar com o que diz o confessor é orgulho e falta de fé."

"A mosca que pousa no mel não pode voar; a alma que fica presa ao sabor do prazer, sente-se impedida em sua liberdade e contemplação."

"O mais leve movimento de uma alma animada de puro amor é mais proveitoso à Igreja do que todas as demais obras reunidas."

"Por causa de prazeres passageiros, sofrem-se grandes tormentos eternos."

"Meus são os Céus e minha é a Terra, meus são os homens, e os justos são meus; e meus os pecadores. Os Anjos são meus, e a Mãe de Deus, todas as coisas são minhas. O próprio Deus é meu e para mim, pois Cristo é meu e tudo para mim." (Sobre a Eucaristia)

"Não faça coisa alguma, nem diga palavra alguma que Cristo não faria ou não diria se encontrasse as mesmas circunstâncias."

"Renuncie aos desejos e encontrará e encontrará o que seu coração deseja."

"Que felicidade o homem poder libertar-se de sua sensualidade! Isto não pode ser bem compreendido, a meu ver, senão por quem o experimentou. Só então se verá claramente como era miserável a escravidão em que se estava."

"Quem se queixa ou murmura não é cristão perfeito, nem mesmo um bom cristão."

"Senhor, quero padecer e ser desprezado por amor de Vós."

"A pessoa que está presa por algum afeto a alguma coisa, mesmo pequena, não alcançará a união com Deus, mesmo que tenha muitas virtudes. Pouco importa se o passarinho esta com um fio grosso ou fino... ficará sempre preso e não poderá voar."

"Para possuir Deus plenamente é preciso nada ter; porque se o coração pertence a Ele, não pode voltar-se para outro."

"O demônio teme a alma unida a Deus como ao próprio Deus."

"O afeto e o apego da alma à criatura torna-a semelhante a esta mesma criatura. Quanto maior a afeição, maior a identidade e semelhança, porque é próprio do amor tornar aquele que ama semelhante ao amado."

"Dar tudo pelo tudo."

"A pessoa que caminha para Deus e não afasta de si as preocupações, nem domina suas paixões, caminha como quem empurra um carro encosta a cima."

"A constância de ânimo, com paz e tranqüilidade, não só enriquece a pessoa, como a ajuda muito a julgar melhor as adversidades, dando-lhes a solução conveniente."

"O amor não consiste em sentir grandes coisas, mas em despojar-se e sofrer pelo amado."

"O progresso da pessoa é maior quando ela caminha às escuras e sem saber."

"Deus quer mais de ti um mínimo de obediência e docilidade, do que todas as ações que realizas por ele."

"Mesmo carregado de grandes e molestas tentações, o homem pode ir a Deus, desde que sua razão e vontade não consintam nelas."

"Queira torna-te, no padecer, algo semelhante a este nosso grande Deus, humilhado e crucificado, pois que esta vida só tem razão de ser se for para imitá-lo."

"Quando a alma se acha livre e purificada de tudo, em união com Deus, nenhuma coisa poderá aborrecê-la. Daqui se origina para ela, neste estado, o gozo de uma contínua vida e tranqüilidade, que ela nunca perde nem jamais lhe falta."

"Tal é a alma que está enamorada de Deus. Não pretende vantagem ou prêmio algum a não ser perder tudo e a si mesma, voluntariamente, por Deus, e nisto encontra todo seu lucro."

"Não fujas dos sofrimentos, porque neles está a tua saúde."


Frases de Santa Tereza De Ávila

Santa Teresa de Jesus"Compararei a Divindade com um polido diamante muito maior que o universo. Todas as nossas ações refletem-se nele, por que Ele encerra todas as coisas, tanto que fora da sua amplitude nada existe"

"Ó Senhor, experimento tanta alegria ao pensar que as minhas infidelidades fazem com que melhor conheça a vossa misericórdia, que sinto suavizar-se a dor pelas graves ofensas que vos fiz"

"A oração consiste em tratar a Deus como um pai, um irmão, um Senhor e um Esposo"

"A oração é onde o Senhor ilumina para entender as verdades"

"Jamais creiais que adquiristes uma virtude, enquanto não a tiverdes provado com aquilo que lhe é contrario"

"Tão logo Sua Majestade o quer, Deus e a alma se compreendem, como dois amigos que não precisam de palavras para manifestar-se a grande afeição que os une"

"No nosso próximo, procuremos ver tão somente as virtuides e as boas obras e cubramos os seus defeitos considerando os nossos pecados"

"Diante da Sabedoria infinita, mais vale um breve desejo de humildade com algum ato da mesma, do que toda a ciência do mundo"

"Tenho como certo que uma alma de oração, que se entretenha com homens doutos, jamais será enganada pelo demônio, a não ser que deseje enganar-se a si mesma. O demônio tem muito medo da força interior humilde e virtuosa, por que sabe que seria descoberto e levaria a pior"

"Deus tem cuidado dos nossos interesses muito mais do que nós mesmos, sabendo o que convém a cada um"

"O edifício da oração deve sempre alicerçar-se na humildade: quanto mais uma alma se mostra humilde na oração, tanto mais Deus a exalta"

"A todos que tudo abandonam por amor de Deus, Ele se entrega totalmente"

"Construir grandes casa com o dinheiro dos pobres é muito desconveniente, e o Senhor jamais o perdoará"

"Em assunto de contemplação, muitas vezes Deus leva vinte anos para dar a alguém aquilo que a outros dá em apenas um ano. O motivo disso somente Ele o sabe"

"Tenho certeza de que Deus jamais deixa de favorecer as almas firmemente decididas a ser dele"

"O caminho da cruz é o que Deus reserva aos seus escolhidos: quanto mais os ama, mais os sobrecarrega de tribulações"

"Existem almas tão simples que nada sabem sobre os costumes e os assuntos do mundo, mas que, no entanto, muito entendem das relações com Deus"

"A coragem em sofrer muito ou sofrer pouco está sempre na proporção do amor"

"Quem pede a perfeição é inundado de tantas graças a ponto de atingir aquele elevado grau que é próprio dos que já alcançaram"

"As cruzes dos contemplativos são muito pesadas, e o Senhor só as manda para as almas já provadas desde muito tempo"

"Não há melhor meio para descobrir as insídias do demônio e obrigá-lo a dar-se a conhecer, do que o da oração"

Santa Teresa de Jesus"As palavras de Deus fixam-se tão profundamente no espírito que não mais é possível esquecê-las, ao passo que aquelas do intelecto assemelham-se a um pensamento fugaz que subitamente se esvai da mente"

"Ó Senhor! Como os cristãos pouco vos conhecem!"

"Almejemos e pratiquemos a oração já não para desfrutar, mas para ter a força de servir ao Senhor"

"O proveito da alma não consiste em muito pensar mas em muito amar"

"É uma grande virtude saber ter concórdia com todos e suportar-lhes os defeitos"

"Achegando-nos do Santíssimo Sacramento com grande espírito de fé e de amor, creio que uma única comunhão é suficiente para deixar-nos ricas. O que dizer, então, de tantas que já recebemos?"

"O Senhor não se contenta em igualar os seus dons aos nossos modestos desejos"

"O Senhor sabe o que cada pessoa pode fazer e, quando se encontra com uma alma forte, não cessa de impor nela a sua vontade"

"Senhor, como são amenos os vossos caminhos! Mas, quem os palmilhará sem medo?"

"Gosto de insistir mais no exercício das virtudes, do que na prática das austeridades corporais"

"Jamais me cansei em falar ou em ouvir falar de Deus: e isto desde que comecei a prática da oração"

"A quantos tudo abandonam por amor de Deus, Ele se entrega totalmente"

"Quanto mais santas fordes, mais amáveis devereis mostrar-vos"

"Como é bom o Senhor! Parece que se regozija em manifestar o seu poder, enaltecendo e enriquecendo com grandes favores almas tão mesquinhas como as nossas"

"Conhecem-se melhor os mistérios concernentes à oração quando se examinam os efeitos e as obras que deles derivam: com efeito, não há têmpera melhor para prová-los"

"Quando a alma está verdadeiramente ferida pelo amor de Deus, desvencilha-se sem nenhuma dor do amor das criaturas, isto é, ela não se sente prisioneira de nenhum afeto. Sem dúvida, a isso não se pode chegar sem o amor de Deus, porque as coisas criadas, se muito desejadas, causar-nos-iam sempre algum sofrimento, especialmente se quiséssemos abandoná-las, ao passo que, se o Senhor se apoderasse duma alma, esta acabaria dominando todas as criaturas"

Santa Teresa de Jesus"Da mesma forma que no céu há muitas ocupações, também existem muitos caminhos para a oração"

"Quem começou a rezar não deve interromper a oração, em que pesem os pecados cometidos. Com a oração poderá logo soerguer-se, ao passo que sem ela ser-lhe-á muito difícil. Não deixe que o demônio o tente a abandonar a oração por humildade"

"A porta por onde me vieram tantas graças foi somente a oração: se ela estivesse fechada, eu não saberia de que outra maneira poderia recebê-las. Quando Deus quiser entrar numa alma para ali se deleitar e preenchê-la de bens, apenas esta possibilidade existe porque ele a quer sozinha, pura e desejosa de recebê-lo"

"A companhia do bom Jesus é proveitosa demais para que nos afastemos dela, o mesmo acontece com a da sua Santíssima Mãe!"

"A alma deve abandonar-se nas mãos de Deus, para que Ele faça o que quiser dela. Ela deve esquecer-se de todos os seus interesses e fazer o possível para resignar-se à sua divina vontade"

"Quem começa a servir verdadeiramente o Senhor, o mínimo que lhe pode oferecer é a própria vida."

"O Senhor deve também vir em nosso socorro na proporção das fadigas que aguentamos por causa do seu amor. E visto que essas angústias são grandes, menores não devem ser as graças"

"Não consigo compreender que haja ou possa haver humildade sem amor, e amor sem humildade. Mas nenhuma destas duas virtudes jamais poderá subsistir numa alma sem um profundo despego de todas as coisas"

"Sem dúvida, não é preciso pedir a cruz, porque Deus, aos que Ele ama, a dá espontaneamente, como a deu a seu Filho"

"Muitas vezes o Senhor permite uma queda a fim de manter a alma na mais profunda humildade. Se ela se arrepende e volta a Ele com sinceridade, mais progredirá, conforme sabemos de muitos santos"

"Deus tem cuidado dos nossos interesses muito mais do que nós mesmos, sabendo o que convém a cada um."

"As coisas da alma sempre devem ser consideradas com amplitude, extensão e magnificência, sem medo de exagerar, porque a capacidade da alma ultrapassa toda humana imaginação"

"Por mais profunda que seja, a verdadeira humildade nunca inquieta, nem agita, nem perturba a alma, mas a inunda de paz, de suavidade e de repouso"

"Podemos considerar a nossa alma como um castelo incrustado num só diamante ou num cristal muito polido no qual há muitas moradas, como as que existem no céu"

"Quem ama verdadeiramente o Senhor, gosta de tudo, quer tudo, louva tudo, favorece o que é bom e só anda na companhia dos bons para ajudá-los e defendê-los. Numa palavra só ama a verdade e o que é digno de ser amado"

"Não creias que seja possível a quem ama verdadeiramente o Senhor, amar ao mesmo tempo as vaidades da terra"

"Não há nada que se possa comparar com a grande beleza duma alma e com a sua imensa capacidade!"

"Jamais chegaremos a conhecer-nos, se juntos não procurarmos conhecer a Deus"

"O único desejo ardente de quem quer entregar-se à oração deve ser o de fazer todo o possível para decidir-se e melhor dispor-se para conformar a sua própria vontade àquela de Deus"

"Uma ou duas pessoas que digam a verdade valem mais do que muitas reunidas."

"A oração mental não é senão uma íntima relação de amizade, um frequente entretenimento a sós com Aquele que sabemos nos amar"

"O Senhor quer mostrar à alma que Ele pretende unir-se a ela numa amizade tão íntima de modo que, entre eles, não exista coisa alguma dividida"

"Devemos guardar-nos em querer entender as coisas de Deus e procurar quais são as suas razões"

"A alma que Deus expõe aos olhos do público deve se preparar para ser mártir do mundo: embora não queira morrer para o mundo, ele a fará fenecer"

"Quando Deus assim o quer, nós só podemos estar sempre com Ele"

"A dor pelos pecados cresce em proporção aos favores que o Senhor nos concede: e julgo que só desaparece quando coisa alguma pode suscitar compaixão"

"O amor de Deus não está nos deleites espirituais, mas em estar firmemente resolvidos a contenta-lo em todas as coisas, tentando todo esforço para não ofendê-lo, e rezando pelo aumento da honra e da glória do seu Filho e pela exaltação da Igreja Católica"

"Só porque derramamos muitas lágrimas, não devemos pensar que já alcançamos a perfeição. Antes, pratiquemos muitas obras e exercitemos a virtude, pois estas são as coisas que mais convém para o nosso caso"

"A oração não é senão um fato de amor, e é insensato pensar que só se faz oração quando se dispõe de tempo e solidão"

Santa Teresa de Jesus"Ó Senhor, experimento tanta alegria ao pensar que as minhas infidelidades fazem com que melhor conheça a vossa misericórdia, que sinto suavizar-se a dor pelas graves ofensas que vos fiz"

"No nosso próximo, procuremos ver tão somente as virtuides e as boas obras e cubramos os seus defeitos considerando os nossos pecados"

"Tenho como certo que uma alma de oração, que se entretenha com homens doutos, jamais será enganada pelo demônio, a não ser que deseje enganar-se a si mesma. O demôniotem muito medo da força interior humilde e virtuosa, por que sabe que seria descoberto e levaria a pior"

"Deus tem cuidado dos nossos interesses muito mais do que nós mesmos, sabendo o que convém a cada um"

"A todos que tudo abandonam por amor de Deus, Ele se entrega totalmente"

"Em assunto de contemplação, muitas vezes Deus leva vinte anos para dar a alguém aquilo que a outros dá em apenas um ano. O motivo disso somente Ele o sabe"

"Tenho certeza de que Deus jamais deixa de favorecer as almas firmemente decididas a ser dele"

"O caminho da cruz é o que Deus reserva aos seus escolhidos: quanto mais os ama, mais os sobrecarrega de tribulações"

"Quando é o coração que reza, Ele sem dúvida nos atende"

"Existem almas tão simples que nada sabem sobre os costumes e os assuntos do mundo, mas que, no entanto, muito entendem das relações com Deus"

"A coragem em sofrer muito ou sofrer pouco está sempre na proporção do amor"

"Oração e maneiras sofisticadas não combinam"

"Quanto mais santas fordes, mais afáveis devereis mostrar-vos"

"As cruzes dos contemplativos são muito pesadas, e o Senhor só as manda para as almas já provadas desde muito tempo"

"Não há melhor meio para descobrir as insídias do demônio e obrigá-lo a dar-se a conhecer, do que o da oração"

"Muitas vezes, quando menos se pensa e sequer estamos preocupados com Deus, Sua Majestade agita a alma ugual a um relâmpago ou semelhante a um cometa que passa rapidamente"

"O Senhor dirige cada pessoa segundo o que julga ser melhor"

"Não há nada mais útil e mais agradável a Deus do que esquecermo-nos de nós mesmos, dos nossos interesses, das nossas satisfações pessoais, para ocuparmo-nos da sua honra e da sua glória"

"Deus distribui os seus bens como quer, quando quer e a quem quer, sem fazer discriminação com ninguem"

"É um fato que, embora saibamos que estamos sempre na presença de Deus, muitas vezes negligenciamos em pensar nisso"

"Ele exige que nada reserveis. Seja pouco ou muito o que tendes. Ele quer tudo para si: por maiores ou menores que sejam as graças que tiverdes, sempre serão, porém, em proporção com aquilo que houverdes dado. Para saber se a nossa oração chega ou não à unificação não há prova melhor"

"A vida é longa e é tão cheia de tribulações que para suportá-las com perfeição sempre é preciso considerar como as assimilaram Cristo, nosso modelo, os seus Apóstolos e os Santos"

"Rezar pelos que estão em pecado mortal é uma esmola muito grande"

"Ó Senhor! Em que angústias colocais quem vos ama! No entanto, tudo é pouco diante da maneira com que logo o favoreces"

"No dia de Ramos, acabando de comungar, entrei em grande suspensão, de modo que nem podia engolir a Espécie, e, tendo-a na boca, senti verdadeiramente, ao voltar um pouco a mim, que toda ela se enchera de sangue"

"A humildade é o alicerce do edifício, e o Senhor nunca o elevará demasiado, se dita virtude não for verdadeiramente sólida"

"Almejemos e pratiquemos a oração já não para desfrutar, mas para ter a força de servir ao Senhor"

"O proveito da alma não consiste em muito pensar mas em muito amar"

"É uma grande virtude saber ter concórdia com todos e suportar-lhes os defeitos"

"Em matéria de fé, eu morreria mil vezes do que me oporia a qualquer coisa da Igreja ou a qualquer verdade da Sagrada Escritura"

"O Senhor quer obras. Por exemplo, deseja que não te preocupes em perder aquela aquela devoção para consolar uma doente a quem vês que podes servir de alívio, fazendo teu o seu sofrimento, jejuando, se preciso for, para dar-lhe de comer; e isso não tanto por ela, mas porque sabes que esta é a vontade de Deus. Eis em que consiste a verdadeira união com a vontade de Deus"

"Se avançarmos com humildade, a misericórdia de Deus nos servirá sempre de ajuda"

"Jamais se peca sem sabê-lo"

"O espírito de Deus - se verdadeiro - sempre produz humildade"

"Somente o amor dá valor às obras"

"Depois disso, ao me aproximar para comungar, eu me lembrava da imensa Majestade que vira e me dava conta de que era Ele que estava no Santíssimo Sacramento, o que fazia os meus cabelos arrepiarem e me dava a impressão de estar toda desfeita"

"Podemos suportar qualquer luta ou inquietação, quando nos encontramos em paz intimamente"

"Quanto mais as almas se adiantam na oração e mergulham em maiores delícias com Deus, mais se dedicam às necessidades do próximo, especialmente às carências daquelas que parecem estarem preparadas a sacrificar mil vidas conquanto arranquem uma só do pecado mortal"

"O Senhor não se contenta em igualar os seus dons aos nossos modestos desejos"

"Amor e temor a Deus! É dizer pouco? São dois castelos fortes a partir dos quais se faz guerra ao mundo e aos demônios"

"Não posso deixar de crer que é por falta de humildade que algumas pessoas tanto se afligem por causa das insensibilidades que sofrem"

"O Senhor sabe o que cada pessoa pode fazer e, quando se encontra com uma alma forte, não cessa de impor nela a sua vontade"

"Quanto mais recebe, mais é obrigado a dar. E então, que podemos nós fazer por um Deus tão generoso que chegou a morrer por nós, que nos criou e nos conserva a vida, senão retribuir, ao menos em parte, o muito que lhe devemos em vista dos grandes serviços que nos prestou?"

"O Senhor nos ama mais do que nós mesmos nos amamos"

"Quem não ama o próximo não vos ama, pois Vós, meu Senhor, como sabemos, demonstraste vosso amor pelos pobres filhos de Adão com toda a efusão do vosso sangue"

"Jesus só quer a nossa amizade"

"Os sofrimentos são premiados com o amor de Deus. Em consequência, quem os anseia, se valem tamanho preço?"

"Ei-lo aqui, sem sofrimento, cheio de glória, confortando uns, animando outros, antes de subir aos céus, nosso companheiro no Santíssimo Sacramento, porque parece que Ele não poderia afastar-se um momento de nós"

"Oh, não entendemos que o pecado é uma guerra campal de todos os sentidos e faculdades da alma contra Deus!"

"Até então eu estava muito contente, porque é para mim um grandíssimo consolo ver uma igreja mais onde esteja o Santíssimo Sacramento. Mas a minha alegria durou pouco. Terminada a missa, fui a uma janela e olhei o pátio; não havia paredes sem partes desmoronadas"

segunda-feira, maio 24, 2010

Horário de um dia durante a semana
para um monge do claustro

Um é um horário-tipo que, na realidade, varia de acordo com as Casas. Se tem colocado na cor cinza os ofícios litúrgicos na igreja.

Matinas, Laudes, Prima, Terça, Sexta, Noa, Vésperas e Completas são os nomes dos ofícios que dão o ritmo fundamental ao dia. Cada hora do ofício do dia é precedida ou seguida do ofício da Santíssima Virgem.

23h30 Levantar-se - Oração na cela Esta Oração na cela, no centro da noite é um dos momentos mais ricos do dia.
0h15 Matinas seguidas das Laudes Na igreja. Dependendo dos dias, estes ofícios duram entre duas e três horas.
Laudes da Santíssima Virgem Na cela. A seguir, deitar-se sem demora.
6h30 Levantar-se A hora é indicativa. Somente é preciso estar preparados para a hora de Prima às 7h00.
7h00 Prima - Angelus O tempo que segue ao Angelus está consagrado à Oração ou à Lectio Divina (por exemplo: preparação das leituras da missa).
8h00 Missa Conventual Na igreja.
Ação de graças - Lectio Divina Lectio Divina é a leitura meditada da Bíblia. Também se pode dedicar este tempo à Oração.
10h00 Terça A jornada está regulada, mais ou menos, pelos ofícios cada duas horas.
Estudo - trabalho manual Não se faz trabalho manual antes de Terça. O tempo de trabalho manual pode ser dividido em dois, pela manhã e pela tarde, ou fazê-lo tudo seguido pela tarde.
12h00 Angelus
Sexta
Almoço - Recreação A recreação é um tempo que não tem uma estrutura particular; pode-se ocupar pela leitura, o trabalho ou simplesmente estar ao sol, etc.
14h00 Noa
Trabalho manual (uma hora) - Estudo O equilíbrio estudo-trabalho manual depende de cada um e deve ser tratado com o Padre Prior (ou o Mestre de noviços).
16h00 Vésperas da Santíssima Virgem
16h15 Vésperas Na igreja
Colação
Leitura - Oração
Aqui a leitura pode-se tirar dum livro espiritual ou da Palavra de Deus. A frugal refeição pode-se tomar em qualquer momento entre Vésperas e Completas.
18h45 Angelus - Completas
19h30 Deitar-se (entre 19h30 e 20h00)

O Caminho Cartusiano

O fim : a contemplação

...descobrir a imensidão do amor. (Estatutos 35, 1)

O fim principal do caminho cartusiano é a CONTEMPLAÇÃO. Viver tão continuamente quanto seja possível à luz do amor de Deus para conosco, manifestado em Cristo, pelo Espírito Santo.
Isto supõe de nossa parte a pureza de coração, ou a caridade: «Ditosos os limpos de coração, porque eles verão a Deus.» (Mt 5, 8)
A tradição monástica chama a este fim a oração pura e contínua.

Os frutos da contemplação são: a liberdade, a paz, a alegria. O Bonitas! ¡Oh Bondade!, era a exclamação de alegria que brotava do coração de Bruno. Mas a unificação do coração e a entrada no repouso contemplativo supõem um longo caminho. Os nossos Estatutos o descrevem da maneira seguinte :

Aquele que persevera firme na cela e por ela é formado, tende a que todo o conjunto de sua vida se unifique e converta numa constante oração. Mas não poderá entrar neste repouso sem ter-se exercitado no esforço de duro combate, já pelas austeridades nas que se mantém por familiaridade com a cruz, já pelas visitas do Senhor mediante as quais o prova como ouro no crisol. Assim, purificado pela paciência, consolado e robustecido pela assídua meditação das Escrituras, e introduzido no profundo de seu coração pela graça do Espírito, poderá já não só servir a Deus, senão também unir-se a Ele. (Estatutos 3, 2)

Portanto, toda a vida monástica consiste nesta marcha para o fundo do coração e todos os valores de nossa vida estão orientados para esse fim. Estes valores ajudam o monge a unificar a sua vida na caridade e a introduzi-lo no profundo de seu coração.

Falando com propriedade, este fim não nos distingue dos demais monges contemplativos (Cistercienses, Beneditinos...), mas é o caminho empreendido, cujas características essenciais são as seguintes :

  • a solidão
  • certa combinação de vida solitária e de vida comunitária
  • a liturgia cartusiana

A solidão

Compartilhamos alguns valores monásticos com outros monges contemplativos: a ascese (vigílias e jejuns), o silêncio, o trabalho, a pobreza, a castidade, a obediência, a escuta da Palavra, a oração, a humildade. Outros, são-nos próprios.

A primeira característica essencial da nossa vida é a vocação à solidão, à qual somos especialmente chamados. O monge Cartuxo procura a Deus na solidão.

A nossa principal aplicação e propósito consistem em nos dedicar ao silêncio e à solidão da cela. Esta é a terra santa e o lugar onde o Senhor e o seu servo conversam frequentemente como dois amigos. É nela que muitas vezes a alma fiel se une ao Verbo de Deus, a esposa convive com o Esposo, as coisas da terra se ligam às do Céu, as humanas às divinas. (Estatutos 4, 1)

A solidão se vive a três níveis :

  1. a separação do mundo
  2. a guarda da cela
  3. a solidão interior, ou a solidão do coração

1. A separação do mundo se leva a cabo pela clausura. Não saímos do mosteiro senão para um passeio semanal (espaciamento). Não recebemos visitas nem exercemos apostolado exterior algum. No mosteiro não temos rádio nem televisão. O Prior é quem recebe as notícias e transmite aos monges o que não devem ignorar. Assim se encontram reunidas as condições necessárias para que se desenvolva o silêncio interior que permite à alma permanecer atenta à presença de Deus.

2. A Cela é uma moradia acondicionada para proporcionar ao Cartuxo a solidão tão completa quanto seja possível, assegurando-lhe o necessário para a vida. Cada cela consiste num pequeno apartamento de um ou dois pisos, rodeado de um pequeno jardim, onde o monge permanece em solidão a maior parte do dia durante toda a sua vida.

Devido a esta solidão, a cada uma de nossas casas se chama deserto ou ermo.

3. No entanto, a clausura e a guarda da cela não asseguram mais do que uma solidão exterior. É o primeiro passo que favorece a solidão interior, ou a pureza do coração: manter seu coração afastado de quanto não é Deus ou não conduz a Deus. É a este nível que o Cartuxo se enfrenta com as veleidades da sua imaginação e as flutuações da sua sensibilidade. Enquanto o monge disputar com o seu 'eu', suas sensibilidades, seus pensamentos inúteis, seus desejos irreais, ainda não está centrado em Deus. É aqui que ele experimenta realmente a sua fragilidade e o poder do Espírito Santo e onde aprende pouco a pouco «...o costume da tranqüila escuta do coração, que deixe entrar a Deus por todas suas portas e sendas.» (Estatutos 4, 2 )

Acolhida ?
Na Cartuxa, as celebrações litúrgicas não incluem um fim pastoral. Assim se explica por que não se admitem a participar na Missa ou nos ofícios celebrados na igreja dos nossos mosteiros as pessoas que não pertencem à Ordem. Por vocação à solidão, a acolhida se limita à família dos monges (2 dias ao ano) e aos aspirantes a nosso gênero de vida (exercitantes).

Vida solitária e vida comunitária

Uma comunhão de solitários

A graça do Espírito Santo congrega aos solitários para formar uma comunhão no amor, à imagem da Igreja, que é uma e se estende por todas as partes. (Estatutos 21, 1)

O característico da Cartuxa se deve, em segundo lugar, à parte de vida comum que está indissoluvelmente unida ao aspecto solitário. Este foi o rasgo genial de S. Bruno, inspirado pelo Espírito Santo: ter sabido combinar desde o princípio uma proporção equilibrada de vida solitária e de vida comum, de forma que a Cartuxa chegasse a ser uma comunhão de solitários para Deus. Solidão e vida fraterna se equilibram mutuamente.

A vida comunitária tem cada dia sua manifestação concreta na liturgia cantada na igreja. E todas as semanas, em reuniões da comunidade: ao domingo, no momento da comida do meio-dia tomada em silêncio no refeitório e, depois da comida, durante a recreação semanal. Além disso, no primeiro dia da semana, um passeio longo, de cerca de quatro horas (o espaciamento) durante o qual falamos; permite-nos conhecermo-nos melhor. Estas recreações e passeios têm como fim cultivar o mútuo afeto e favorecer a união dos corações, ao mesmo tempo em que asseguram o equilíbrio físico.

Padres e Irmãos

Uma comunidade cartusiana está formada por monges do claustro, sacerdotes ou aqueles que são destinados a sê-lo (Padres) e por monges conversos ou donatos (Irmãos). Os monges do claustro vivem uma solidão mais estrita. Não saem de sua cela fora das ocasiões previstas pela Regra (ordinariamente três vezes ao dia para a liturgia; algo mais freqüentemente no domingo). Ali se ocupam na oração, na leitura e no trabalho (serrar madeira para aquecer-se no inverno, cultivar o jardim, datilografia, carpintaria...). Os Irmãos asseguram, com seu trabalho fora da cela, os diferentes serviços da comunidade (cozinha, carpintaria, lavagem de roupa, exploração do bosque...). Trata-se de um mesmo ideal, vivido de duas maneiras diferentes. Os Irmãos, quanto é possível, também trabalham em silêncio e solidão. Têm sua parte de vida na cela, mas não tanto como os Padres. As duas fórmulas se completam para formar a única Cartuxa e correspondem a aptidões diferentes daqueles que desejam entrar na vida cartusiana

Na forma de vida dos Irmãos, ainda existem duas opções possíveis, a dos religiosos chamados Conversos (monges que emitem exatamente os mesmo votos que os Padres) e a dos Donatos.
Estes são monges que não pronunciam votos mas, por amor a Cristo, entregam-se à Ordem por um compromisso (contrato recíproco). Têm costumes próprios que diferem dos costumes dos conversos: sua assistência aos Ofícios, sobretudo ao Ofício da noite, é menos estrita, estão menos obrigados a orações vocais, etc. Vivem sem ter nada como próprio, conservam, no entanto, a propriedade e disposição de seus bens. Ao cabo de sete anos podem comprometer-se definitivamente, fazendo a doação perpétua, ou entrar num regime de renovação trienal de sua doação. Sua oferenda não é menos sincera do que a dos demais monges, sendo que cumprem trabalhos dificilmente compatíveis com as observâncias dos conversos.
As monjas admitem os mesmos tipos de vocação com os nomes de monjas de coro, monjas conversas e monjas donatas.

A liturgia cartusiana

Características da liturgia cartusiana

Desde sua chegada à Cartuxa, S. Bruno e seus colegas formaram uma liturgia particular adaptada a sua vocação eremítica e à dimensão reduzida de sua comunidade. Ao longo dos séculos, nossos pais trataram de conservar esta liturgia acomodada à nossa vida solitária e contemplativa.
Em comparação com a liturgia romana, o rito cartusiano se caracteriza por uma grande simplicidade e uma sobriedade a nível de formas exteriores que, além das expressões visíveis e sensíveis, favorecem a união da alma com Deus.

Alguns elementos da nossa liturgia :

  • muitos tempos de silêncio
  • a proibição de todo instrumento musical
  • o canto gregoriano, que fomenta a interioridade

A celebração cotidiana da liturgia

A celebração do sacrifício eucarístico é o centro e o cume da vida comunitária:
os monges se reúnem para celebrar a Páscoa do Senhor. Esta eucaristia não pode ser concelebrada mais do que nos dias em que a vida cartusiana reveste um caráter especialmente comunitário: domingos e grandes festas. Ordinariamente, não há mais do que um celebrante no altar, e a prece eucarística se diz em voz baixa. A comunidade participa nesta liturgia eucarística pelo canto gregoriano, a oração interior e a comunhão.
A outra hora, cada monge sacerdote celebra os santos mistérios numa capela solitária, fazendo sua a aplicação universal própria do sacrifício eucarístico.

Outro tempo forte do dia eucarístico é o ofício celebrado na igreja à meia noite (Matinas e Laudes): durante duas ou três horas, segundo os dias, alternam o canto dos salmos e leituras da sagrada escritura ou Padres da Igreja, tempos de silêncio e preces de intercessão. Este longo ofício é particularmente apreciado por todos os cartuxos. Nele, cada um, unido a seus irmãos, ainda que de uma maneira pessoal, pode viver uma intensa e profunda comunhão com Deus.

O canto com notas (antífonas, responsórios, hinos, próprio da missa, Kyrial) canta-se sempre em latim, segundo as antigas e formosas melodias gregorianas próprias dos cartuxos. A salmodia se pode cantar na língua própria do país (português, espanhol, italiano, francês e inglês). As leituras, dizem-se na língua própria. Na cela se pode dizer o ofício em latim ou em língua vernácula.

Ao fim do dia, os monges se encontram de novo na igreja para celebrar o oficio de Vésperas. As demais partes do oficio divino são celebradas por cada monge na sua cela, exceto aos domingos e em certos dias de festa, em que se cantam na igreja. Os cartuxos, além do oficio divino, recitam diariamente na cela o oficio de Nossa Senhora e, una vez por semana, um oficio especial em sufrágio dos defuntos: É o momento em que intercedem perante Deus para que acolha no seu Reino eterno a todos os que já deixaram este mundo.

Graças à liturgia, a Cartuxa não é um grupo de solitários isolados entre si, senão que formam una verdadeira comunidade monástica, manifestando desta forma o mistério da Igreja e dando um lugar ao culto público que com sua oração tributa a Deus.


No coraçao da Igreja e do mundo

Separados de todos, unimo-nos a todos, para, em nome de todos, permanecer na presença do Deus vivo. (Estatutos 34, 2)

O louvor

O Cartuxo não escolheu a solidão por si mesma, senão porque vê nela um excelente meio para ele, de chegar à mais íntima união com Deus e com todos os homens. É entrando na profundidade de seu coração que o Cartuxo chega a ser solitário, em Cristo, presente em todo o ser humano. Faz-se solitário por querer ser solidário. Os contemplativos estão no coração da Igreja. Cumprem uma função essencial da comunidade eclesial: a glorificação de Deus. O Cartuxo se retira ao deserto, antes de mais nada, para adorar a Deus, louva-lo, contempla-lo, deixar-se seduzir por Ele, entregar-se a Ele, em nome de todos os homens. A Igreja lhe encarregou-o de que, em nome de todos, seja uma alma de contínua oração.

A intercessão

Desde sempre a Igreja reconhece que os monges, entregues unicamente à contemplação, desempenham o ofício de intercessores. Como representantes de toda a criação, cada dia, em todos os ofícios litúrgicos e no momento da Eucaristia rezam pelos vivos e defuntos.

Testemunho

Tendendo por nossa Profissão unicamente para Aquele que é, damos testemunho perante um mundo demasiado implicado nas coisas terrenas, de que fora dele não há outro Deus. Nossa vida manifesta que os bens celestiais estão presentes já neste mundo, prenuncia a ressurreição e antecipa de algum modo a renovação do mundo. (Estatutos 34, 3)

Para o solitário, ser portador de semelhante testemunho não o leva a cabo nem pela palavra, nem pelo contato pessoal. Unicamente só pela sua presença, o monge testemunha que Deus existe e que pode encher o coração do homem.

A penitência

O caminho ascético associa o Cartuxo à obra de Cristo, para a salvação do mundo:

Pela penitência participamos na obra de salvação de Cristo o qual redimiu o mundo escravo do pecado, especialmente com sua oração ao Pai e sacrificando-se a Si mesmo. Por isto, os que pretendemos viver este aspecto cristão da missão de Cristo, ainda que não nos dediquemos a nenhuma ação externa, no entanto exercitamos o apostolado de uma maneira preeminente. (Estatutos 34, 4)


Chama viva de amor



Oh! Chama viva de amor que feres ternamente
De minha alma no seu centro mais profundo
Pois já não és esquiva, acaba agora se queres
Ah! Rompe a tela deste doce encontro

Oh! Cautério suave!
Oh! Regalada chaga!
Oh! Branda mão!
Oh! Toque delicado!

Que a vida eterna sabe
e paga toda a dívida
Matando, morte em vida me tens trocado.
Oh! Lâmpadas de fogo em cujos resplendores

As profundas cavernas do sentido
Estava cego e escuro com estranhos primores
Calor e luz dão junto a seu querido

Oh! Quão manso e amoroso, despertas em meio seio
Onde tu só secretamente moras
Nesse aspirar gostoso, de bens e glória cheio.

Quão delicadamente me enamoras
Quão delicadamente me enamoras
Quão delicadamente me enamoras
Noite Escura
São João Da Cruz

Em uma noite escura

De amor em vivas ânsias inflamada

Oh! Ditosa aventura!

Saí sem ser notada,

Estando já minha casa sossegada.

Na escuridão, segura,

Pela secreta escada, disfarçada,

Oh! Ditosa aventura!

Na escuridão, velada,

Estando já minha casa sossegada.

Em noite tão ditosa,

E num segredo em que ninguém me via,

Nem eu olhava coisa alguma,

Sem outra luz nem guia

Além da que no coração me ardia.

Essa luz me guiava,

Com mais clareza que a do meio-dia

Aonde me esperava

Quem eu bem conhecia,

Em lugar onde ninguém aparecia.

Oh! noite, que me guiaste,

Oh! noite, amável mais do que a alvorada

Oh! noite, que juntaste

Amado com amada,

Amada, já no amado transformada!

Em meu peito florido

Que, inteiro, para ele só guardava,

Quedou-se adormecido,

E eu, terna o regalava,

E dos cedros o leque o refrescava.

Da ameia a brisa amena,

Quando eu os seus cabelos afagava,

Com sua mão serena

Em meu colo soprava,

E meus sentidos todos transportava.

Esquecida, quedei-me,

O rosto reclinado sobre o Amado;

Tudo cessou. Deixei-me,

Largando meu cuidado,

Por entre as açucenas olvidado.

A vida trapista

A vida trapista é orientada totalmente para a experiência do Deus vivo. É contemplativa.

Chamado por Deus, o Trapista se consagra integralmente a buscá-Lo seguindo a Cristo, são a Regra de São Bento, um Abade(ou Prior) e em comunidade estável, na caridade fraterna, na qual são compartilhados todos os bens.

Afastado do mundo, o Trapista purifica seu coração mediante a Palavra de Deus, a oração e uma ascese libertadora que o fazem humilde e obediente à semelhança de Cristo.


Nada antepor ao amor de Cristo
(RB 4)

A jornada monástica se desenvolve entre o equilíbrio da oração pessoal e litúrgica, trabalho manual e estudo.

O estilo de vida é frugal e simples. a própria vida e particularmente o Abade exercem papel fundamental na formação.

Fraterna, laboriosa e escondida, a vida Trapista se abre ao amor de Cristo e á alegre ação transformadora do Espírito Santo


Orai sem cessar (
I TES 5,16)

O clima de solidão e silêncio permite que floresça a lembrança de Deus e a oração pura e contínua.

Pela hospitalidade o mosteiro compartilha o fruto de sua contemplação e trabalho. É uma hospitalidade aberta a todos sem distinção.

Trabalho e sustento

A comunidade se sustenta por seu próprio trabalho com apicultura, agricultura e padaria ( produção de bolo de frutas, pão e biscoito), além de livros, terços, etc...

veja em Produtos a relação de nossos produtos.

Nosso carisma e nossa espiritualidade

Nosso carisma é contemplativo. O que nos orienta são as palavras de São Bento: "Buscar a Deus verdadeiramente" e a convicção de que, através da nossa vida monástica, vamos encontrá-Lo e unir-nos a Ele, aqui nesta vida e por toda a eternidade.

O desejo de ver a Deus face a face fundamenta todas as dimensões de nossa vida: a celebração litúrgica do Ofício Divino e da Missa, as horas da meditação na Bíblia e da oração pessoal, o nosso trabalho manual e o estudo, as renúncias e as alegrias, a convivência fraterna e o recolhimento do silêncio. Em tudo tentamos de tornar-nos pessoas íntegras- homens de coração puro, capazes de contemplar a Deus. Vê-Lo revelado nos sacramentos e nos irmãos, na palavra da Escritura e na palavras dos acontecimentos do dia a dia, nos hóspedes e no povo do nosso País. Nossa esperança porém vai além de tudo isso. Queremos ver a Deus assim como Ele é, segundo a promessa de São João.

Para chegar a esta visão, levamos uma vida enclausurada, observando os três votos da vida religiosa- obediência, castidade e pobreza- dentro de um compromisso da conversão contínua na comunidade. Nossa solidão monástica, contudo, não nos afasta da humanidade.Serve ao contrário para despertar em nós a experiência profunda da solidariedade com todas as pessoas em sua nobreza e em sua fraqueza, e um chamado a ficar de pé diante de Deus em nome de todas elas.


Horário da nossa jornada monástica

2:45 - Levantar-se

3:00 - Vigílias (ofício divino)

4:00 - Oração pessoal, meditação, leitura. Café da manhã.

6:00 - Laudes (ofício divino) com Missa.

7:00 - Ação de graças. Preparação para os trabalhos.

7:45 - Terça (ofício divino)

8:00 - Trabalho

12:15 - Sexta (ofício divino)

12:30 - Almoço. Tempo livre.

14:00 - Noa (ofício divino)

14:15 - Trabalhos ou estudos, aulas, reuniões.

17:15 - Vésperas (ofício divino). Jantar. Tempo livre - leitura, conferências.

19:15 - Completas (ofício divino)

19:30 - Repouso

Nos domingos e solenidades - Missa às 10:00h da manhã.

Pentecostes, infinita misericórdia de Deus!


Amados irmãos e irmãs

Durante todos esses dias que antecedem Pentecostes tenho aumentado minhas súplicas e orações pedindo que verdadeiramente o fervor daquele primeiro e inesquecível encontro com o Senhor possa ser suscitado em todo o vosso ser novamente.

Tenho visto com um enorme pesar que com o passar do tempo o cristianismo tem se tornado para muitos um fardo pesado a carregar. O que deveria constituir-se numa experiência profundamente libertadora acabou-se por se tornar uma experiência altamente castradora e punitiva. As vezes fico a me perguntar o que o cristianismo ainda tem para alguns, de Cristo.

Tal postura lembra mais um psêudo-cristianismo do que o cristianismo autêntico. Um exemplo disso foi o que aconteceu com Martinho Lutero. Lutero foi um homem que se deixou consumir pela imagem de um Deus severo cujo único propósito seria punir implacavelmente os homens pelos pecados cometidos.

Desde que era frade agostiniano assim já se comportava. Tomado por um incomensurável escrupúlo, se confessava toda semana e mesmo assim não acreditava que Deus o havia perdoado. Poderá existir, por acaso, pior pecado do que o de duvidar que Deus possa nos perdoar?

Peçamos que a graça desse Pentecostes possa fazer-nos realmente voltar aquela experiência primeira da infinita misericórdia de um Deus que nos tomou nos braços e nos apertando ao peito nos amou profundamente. Se naquele dia sentimos o amor de um Deus que nos amou na situação de miséria que nos encontrávamos, o cristianismo precisa ser a garantia da perpetuação desse amor e não um pesado fardo a carregar.

Se Ele morreu por nós quando ainda éramos pecadores imagine agora que Ele tem visto nosso esforço em sermos melhores a cada dia. Quem sabe o que nos falta é olharmos para nós mesmos como Deus nos olha; com longanimidade.

A longanimidade é um fruto do Espírito Santo que nos leva a ter uma atitude paciente e respeitosa diante de nossas fragilidades e das fragilidades dos outros. É poder dizer para si mesmo “sei que não vos amo Senhor como gostaria mais sei que chegarei lá”; “sei que meu irmão não é o cristão que deveria ser mais sei que um dia será”.

Santo Agostinho depois de uma vida de erros e buscas assim exclamou quando experimentou o amor misericordioso do Senhor: “Não sou aquilo que gostariam que eu fosse e nem tão pouco sou aquilo que gostaria de ser. De uma coisa, porém, estou certo, eu já não sou mais o mesmo”. Isso é ter sobre si um olhar de longanimidade.

Desejo do mais profundo de minha alma que esse Pentecostes traga para todos vós esse olhar de quem se auto percebe como alguém que hoje mais ama do que odeia, mais acerta do que erra, mais ajuda do que se omite, mais tenta do que se deixa abater por um espírito de derrotismo.

O cristianismo não pode ser um fardo pesado a carregar, mas sim uma jornada segura a ser trihada, passo a passo, em meio a tensão constitutiva dessa aventura que se chama viver.

Portanto não desperdice os teus dias se auto-condenando, Deus te garante o agora para poder recomeçar.

Invista teus dias construindo relacionamentos que te garantam o amor incondicional (expressão maior do amor de Deus) pois são estes que estarão por perto quando você mais precisar.

Um santo e poderoso Pentecostes em tua vida.

Pe. Gilson Sobreiro
Fundador da Fraternidade O Caminho

Vestes Sacerdotais


As vestimentas do sacerdote que vai celebrar a Santa Missa são:
O Amito: Um véu branco que o sacerdote passa sobre a cabeça e com que cobre os ombros. Remete a coroa de espinhos com a qual Nosso Senhor Jesus Cristo foi coroado. O amito recorda – nos que devemos sempre ter pensamentos puros, combatendo, sobretudo aqueles que nos vem contra a castidade.
A Alva: É uma túnica branca, larga que desce até os pés do sacerdote. Remete à túnica branca com a qual Herodes mandou vestir a Cristo, para dizer que era louco. A alva recorda-nos de que seremos chamados de loucos pelo mundo se formos fieis a Cristo, seguindo-lhe os passos, renunciando as ilusões deste mundo, para alcançarmos a nossa recompensa no céu. O fato de a alva descer até os pés, significa que devemos perseverar nas boas obras. É o símbolo da pureza que o padre deve ter ao rezar a Santa Missa e que os fiéis devem também ter ao assisti-la.
O Cíngulo: É uma corda com a qual o sacerdote aperta a alva na altura da cintura. Remete-nos aos açoites da flagelação de Nosso Senhor, bem como a corda com a qual O amarraram para puxá-lo. Lembra-nos as virtudes da fortaleza e da castidade.
O Manípulo: Um pano que o sacerdote trás no braço esquerdo. Remete-nos às cordas que ataram as mãos de Nosso Senhor. Lembra-nos a autoridade que o sacerdote tem para pregar a verdade, bem como de que devemos trabalhar para conseguirmos o céu, fazendo boas obras. Este paramento é pouco usado hoje em dia.
A Estola: Um ornato que o sacerdote trás em torno do pescoço e que cruza sobre o peito. Ela é o símbolo da dignidade e do poder do sacerdote e nos lembra o respeito que devemos ter para com os padres. O fato de a estola ser cruzada no peito (antigamente era usada assim) significa também a troca que os judeus e os gentios fizeram na crucificação de Jesus, passando os judeus da mão direita para a esquerda e os gentios da mão esquerda para a direita de Deus.
A Casula: Um manto aberto dos lados e que o sacerdote coloca por cima de todos os outros paramentos. Remete-nos ao pano vermelho com o qual os soldados romanos vestiram Nosso Senhor, para zombá-lo.Lembra-nos a virtude da caridade que deve animar as nossas boas obras e orações. Lembra-nos, sobretudo, o jugo da cruz de Cristo que assumimos no batismo. É por isso que se desenha uma cruz atrás da casula.
A Santa Igreja em seus documentos, afirma que o uso dos paramentos litúrgicos é indispensável para a celebração da Santa Missa, pois os mesmos também demonstram a unidade da Igreja que celebra o mesmo sacrifício em toda a face da Terra.


Ir. Hariel do Sacrifício Eucarístico,PJC

quarta-feira, maio 19, 2010

Eu preciso fazer uma escolha: viver na carne ou viver no Espírito?

O que ê Vida no Espírito Santo? Vejamos o que São Paulo, mestre na vida no Espírito nos fala em Gálatas 5, 16-25:Eu vos exorto: deixai-vos sempre guiar pelo Espírito, e nunca satisfaçais o que deseja uma vida carnal. Pois o que a carne deseja é contra o Espírito, e o que o Espírito deseja é contra a carne: são o oposto um do outro, e por isso nem sempre fazeis o que gostaríeis de fazer. Se, porém, sois conduzidos pelo Espírito, então não estais sob o jugo da Lei. São bem conhecidas as obras da carne: imoralidade sexual, impureza, devassidão, idolatria, feitiçaria, inimizades, contenda, ciúmes, iras, intrigas, discórdias, facções, invejas, bebedeiras, orgias e outras coisas semelhantes. Eu vos previno, como, aliás, já o fiz: os que praticam essas coisas não herdarão o reino de Deus. O fruto do Espírito, porém, é: amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, lealdade, mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não existe lei. Os que pertencem a Jesus Cristo crucificaram a carne com suas paixões e seus desejos. Se vivemos pelo Espírito, procedamos também de acordo com o Espírito”.

“Com efeito, aquele que Deus enviou fala a linguagem de Deus, porque ele concede o Espírito sem medidas” (Jo 3,34). A Vida Nova que recebemos de Cristo Jesus é o primeiro Fruto do Espírito Santo!

“Todo aquele que está em Cristo é uma nova criatura. Passou o que era velho, eis que tudo se faz novo” (II Cor 5,17).

Este é um itinerário de espiritualidade, de relacionamento com Deus em Jesus Cristo no poder do espírito Santo. É o Querigma, que a Igreja usa desde seus inícios. Depois de ter tido a experiência do Amor de Deus, o encontro pessoal com Jesus Ressuscitado, uma mudança interior em relação ao pecado e ao Senhorio de Jesus, eu preciso fazer uma escolha: viver na carne ou viver no Espírito? O batismo no Espírito Santo me capacita para ser uma nova criatura, isso é caminho de santidade.

Lembrei-me de uma lista de frutos da carta de São Paulo aos Gálatas cap. 5, 19: Ele fala de carne e espírito. A palavra carne é usada num sentido negativo; Pe. Jonas Abib explicou o que significa ‘mundo’, usado pela bíblia como coisa negativa, que se opõe a Deus.

E o sentido que ele usa a palavra ‘carne’ de forma negativa: ‘As obras da carne: imoralidade sexual, impureza, contenda, ciúmes, iras, intrigas, discórdias, facções, invejas, bebedeiras, orgias e outras coisas semelhantes. Eu vos previno, como, aliás, já o fiz: os que praticam essas coisas não herdarão o reino de Deus‘.

Pode já ter acontecido que já tenhamos produzido tais frutos: ou ficamos abatidos, chateados, dizendo ‘como sou mau’, e fico bloqueado, e não caminho. A quem eventualmente possa ter feito toda essa ladainha da carta aos Gálatas, eu digo: levante a cabeça, e comece a produzir os frutos do Espírito.

É necessária, num caminho de conversão e de frutos, a decisão; é necessário fazer uma escolha. Mesmo que neste caminho, neste ideal que eu escolhi eu caia. Mas nesta escolha eu posso levantar. Se eu sou de Deus, se minha vida é patrimônio de Deus, eu vou caminhar e continuar a minha estrada. Vou ‘recomeçar’.

Quando eu falo de escolher, decidir, buscar um rumo, um ideal, onde está o problema? Muitas vezes você decide: passa depressa do sentimento para a ação - dá um salto, perdendo totalmente o controle. Logo após eu ponho a mão na cabeça e peço perdão porque agi sem pensar.

Algo muito simples que quero passar para vocês, que nos ajuda a buscar o rumo da nossa vida. Temos no ato humano, cada forma de agir humana posso distinguir 4 partes: Sentir, pensar, querer, agir.

Se você quer viver, você não pode decidir agir, somente pelo sentimento, esse é o desastre na vida das pessoas. Isso não é vantagem no ser homem ou mulher. Não é vantagem em falar que é franco que tudo vem em sua cabeça, é como um animal - cutucou, deu coice! Aí está o desastre do nosso mundo!

“… o fruto do Espírito Santo é a caridade, alegria, paz, paciência, afabilidade, bondade, fidelidade, brandura, temperança” (Gl 5,22-23).

O Fruto Verdadeiro - fruto do Espírito Santo que nos dá todas as características de Jesus, da vida de Cristo. Parece bom e é bom para a vida de santificação.

O Fruto Artificial ou Falso - tem o mesmo formato, isto é, semelhante ao verdadeiro, mas não vem do Espírito Santo e sim dos conceitos do mundo. Parece bom, mas não é verdadeiro.

O Fruto Podre - tem as características da “carne”, tem as qualidades dos pecados capitais. Parece ruim e é ruim.

Ó vinde Espírito Criador, as nossas almas visitai e enchei os nossos corações com Vossos dons celestiais. Vós sois chamado o Intercessor, do Deus excelso o dom sem par, a fonte viva, o fogo, o amor, a unção divina e salutar. Sois doador dos sete dons, e sois poder na mão do Pai, por Ele prometido a nós, por nós Seus feitos proclamai. A nossa mente iluminai, os corações enchei de amor, nossa fraqueza encorajai qual força eterna e protetor. Nosso inimigo repeli, e concedei-nos Vossa paz, se pela graça nos guiais, o mal deixamos para trás. Ao Pai e ao Filho Salvador, por Vós possamos conhecer que procedeis do Seu amor, fazei-nos sempre firmes crer.

Vinde Espírito Santo e daí-nos Vida Nova!!!
 Padre Luizinho,
Com. Canção Nova.

terça-feira, maio 18, 2010

Cinco minutos com Maria “A simplicidade de Maria”

maria2 1501 Cinco minutos com Maria A simplicidade de Maria

O que é ser simples?

Ser simples é trazer em si as marcas das bem-aventuranças; é despir-se da vaidade. É ser superior as coisas materiais ou conviver com elas sem se corromper.

Maria nos chama atenção hoje, por sua simplicidade. cujo foi capaz de atrair a atenção de Deus, que a escolheu para seu plano de salvação.

Maria assumiu uma vida pobre e em favor a causa dos pobres. Maria era do povo de Deus porque levava em si mesma a esperança, a fé e o amor de todos.

Maria por seus méritos, inclusive a simplicidade, chega á condição de Mãe do Salvador.

Assim como Maria, saibamos viver com simplicidade.

Feliz e santo dia pra você!

Maria, a mulher do Pentecostes


“O Espírito Santo descerá sobre ti, e a força do Altíssimo te envolverá” (Lc 1,35).
Dizer que Maria é a mulher do pentecostes é entender que Maria assumiu bem essa força que nos é dada por meio do Espírito Santo. Jesus é o ungido do Pai e Ele nos chama. Temos este Espírito que não esmorece, pois só assim venceremos o mundo, “força Eu venci o mundo” (Jo 16,33).
Foi isso que o Anjo disse a Maria: “não temas Maria” (Lc 1,30) e assim aconteceu o primeiro Pentecostes por isso afirmamos Maria é a mulher do Pentecostes. Não há Pentecostes sem Maria, nem Maria sem Pentecostes, porque ela nunca deixou-se esmorecer.
Então levantemo-nos soldados com a força que nos é dada no novo Pentecostes.
Não esmoreçamos, não fraquejemos, não nos permitamos viver sem o Espírito Santo, pois quem tem o Espírito tem tudo, assim disse Nossa Senhora em uma de suas aparições.
Perseveremos na unção, na força, no poder que nos é derramado, sejamos imitadores da mulher do pentecostes. Em meio as dores e sofrimentos não nos deixemos enganar por falsas doutrinas neo pentecostais que se apresentam vendendo o Espírito Santo, prometendo o alívio imediato dos sofrimentos, esquecendo que o Espírito é um Espírito de força e que as tribulações nos fazem depender ainda mais dEle. “Todos eles perseveravam unânimes na oração juntamente com as mulheres entre elas a Mãe de Jesus” (At 1,14).
É um novo ardor, é uma nova unção. São os novos cristãos sendo avivados! Perseveremos, combatamos e defendamos nossa amada Igreja que sendo sempre guiada pelo Espírito Santo é atacada de todos os lados pelos inimigos de Maria, e quem é inimigo de Maria é inimigo do Espírito Santo, pois Maria é a Mulher do Pentecostes a Esposa Santíssima do mesmo Espírito.
“Por meio do vosso coração Mãe, dai-nos o Espírito Santo a força do alto”.

VINDE ESPÍRITO SANTO POR MEIO DO IMACULADO CORAÇAO DE MARIA VOSSA AMADISSIMA ESPOSA.


Ir. Moriá do Espírito Santo. PJC.

Pentecostes: O retorno do Espírito de Jesus Ressuscitado entre os seus



“Chegando o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar. De repente, veio do céu um ruído, como se soprasse um vento impetuoso e encheu toda a casa onde estavam sentados. Apareceu-lhes então uma espécie de línguas de fogo que se repartiram e pousaram sobre cada um deles. Ficaram todos cheios do Espírito Santo e começaram a falar em línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem” (At 2, 1-4).

“Na tarde do mesmo dia, que era o primeiro da semana, os discípulos tinham fechado as portas do lugar onde se achavam, por medo dos judeus. Jesus veio e pôs-se no meio deles. Disse-lhes ele: “Paz a vós! Shalom!” Dito isto, mostrou-lhes as mãos e o lado. Os discípulos alegraram-se ao ver o Senhor. Disse-lhes outra vez: ‘A paz esteja convosco! Como o Pai me enviou, assim também eu vos envio a vós.’ Depois dessas palavras, soprou sobre eles dizendo-lhes: ‘Recebei o Espírito Santo. Àqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados; àqueles a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos’ ” (Jo 20,19-23).

Com essas palavras o evangelista João descreve o Pentecostes joanino, diferentemente do Pentecostes retratado por São Lucas (cf. At 2, 1-4), que é uma maneira distinta de conceber o dom do Espírito. Enquanto Lucas vê o Espírito Santo, sobretudo, como um dom feito à Igreja em vista da sua missão e o coloca no dia de Pentecostes; João, por outro lado, vê o dom do Espírito como o princípio da vida nova, jorrada da Páscoa de Jesus e assim liga a Páscoa a Pentecostes.

Portanto, o Espírito não só reanima a Igreja, como também a empurra no mundo para que comunique a todos o amor experimentado como chamado da salvação universal. Agora podemos compreender melhor a relação íntima entre Cristo e o Espírito e a dimensão progressiva pneumática do quarto Evangelho, vista como a penetração íntima no mistério de Cristo.

Ao início do Evangelho, de fato, é feita uma promessa com a descida do Espírito sobre o Messias: haverá “um batismo no Espírito Santo” (cf. Jo 1,33ss), acontecimento confirmado também no colóquio entre Jesus e a mulher samaritana (cf. Jo 4,14ss). Esta promessa, em seguida, vem apresentada com relação “à glorificação” de Jesus, que indica a Sua morte gloriosa, antecipada no discurso feito por Cristo durante a festa das tendas, (cf. Jo 7,37-39) que depois foi concluída na cruz, quando o Senhor doa o Seu Espírito à Igreja nascente, representada por Maria e pelo discípulo amado (cf. Jo 19,25-27). Enfim, ela é difundida com a Ressurreição de Cristo no dia de Páscoa, quando o Ressuscitado sopra sobre os discípulos fazendo-os protagonistas no mundo da vida nova, que Ele operou neles (cf. Jo 20,22). No Evangelho de João o dom do Espírito Santo inaugura o Pentecostes na Igreja.

Também o nosso tempo é chamado a ser uma nova graça do Espírito e o desejamos com as palavras proféticas do patriarca Ignácio IV de Antioquia: “O acontecimento pascal, que aconteceu de uma vez para sempre, como condiciona o nosso hoje? Por obra d’Aquele que, do fim ao início, é o artífice na plenitude dos templos: o Espírito Santo. Sem Ele, Deus é distante, Cristo permanece no passado, o Evangelho é carta morta, a Igreja, uma simples organização; a autoridade, uma dominação; a missão é propaganda; o culto, uma simples recordação; o agir cristão, uma moral do escravo.

Mas n’Ele há uma sinergia indissociável, o cosmos é elevado e geme no parto do Reino, o homem luta contra a carne, Cristo, ressuscitado, está aqui, o Evangelho é potência da vida, a Igreja quer dizer a comunhão Trinitária, a autoridade é um serviço libertador, a missão é um Pentecostes, a liturgia é memorial e antecipação, o agir humano é deificado. […] Esta sinergia do Espírito Santo introduz ao nosso mundo horizontal um dinamismo novo, a um tempo todo diferente e todo interiorizado”.

Estes são os votos que fazemos por ocasião de Pentecostes: abramos espaço ao Espírito Santo em nosso interior, invocando-O como Consolador, Amigo e Guia de nossa vida cristã.